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sexta-feira, 31 de março de 2017

Análise: Bota ganha opções no 4-2-3-1, mas quebra cabeça na ponta esquerda


Joel e Camilo não conseguem render na função e deixam um dilema para Jair Ventura solucionar. Gilson e Fernandes entram bem e ganham pontos com o técnico alvinegro








O Botafogo antecipou o chocolate de Páscoa, deu show sobre a Portuguesa, mostrou evolução física e técnica, voltou a golear depois de um ano e meio... Mas nem tudo saiu a mil maravilhas. De volta ao banco de reservas após cumprir suspensão na rodada anterior, Jair Ventura mostra cada vez mais sua preferência por um esquema tático mais ofensivo e vai consolidando jogo a jogo o 4-2-3-1, formado por um pentágono no meio de campo, onde os pontas são atacantes quando estão com a bola e fecham as laterais no tempo em que o time está sem a posse.


Formação escolhida por Jair para 2017 tem pentágono no meio
 de campo. Falta uma peça (Foto: Arte Esporte)
É justamente ali, em uma lateral ofensiva do campo, que paira a maior dificuldade do técnico por enquanto. Quem escalar como ponta-esquerdo? Contra a Portuguesa, Jair escolheu Joel, que havia feito gol na vitória sobre o Bangu. Mas o camaronês destoou dos demais e não conseguiu render durante os primeiros 45 minutos da goleada por 4 a 1 sobre a Portuguesa (veja os lances no vídeo acima). No segundo tempo, com a saída do atacante, foi a vez de Camilo voltar a cair por ali. E novamente passar despercebido. O camisa 10 pouco participa do jogo com essa improvisação.


É nítida a preocupação de Jair em fazer Camilo e Montillo, grande contratação do clube para a temporada, renderem juntos. É o que todo alvinegro quer ver acontecer, o que deixa a tarefa com ar de obrigação. E a formação que vem sendo adotada é uma forma de se buscar isso, mas com o dilema de que os dois rendem melhor pelo meio, flutuando. Pimpão, que cumpriu suspensão e desfalcou a equipe nesta partida, é um dos jogadores do elenco com o perfil para atuar pelos flancos, porém, sempre jogou do lado direito do campo. E aí, o que fazer?

Joel e Camilo não conseguiram render na ponta esquerda no 4-2-3-1 (Foto: Arte Esporte / mapa de calor: Footstats)

Manter as peças e forçar um pouco mais o entrosamento? Continuar na formação e testar outros jogadores? Ou jogar a toalha e trocar de esquema? Por mais que pese a dúvida, o treinador ganhou novas opções para estudar. Fernandes e Gilson entraram muito bem no time e pediram passagem. O volante, que vem jogando mais perto do ataque, como um meia, substituiu Montillo, poupado: criou jogadas, acertou a trave e foi sempre uma ameaça de gol. Enquanto o lateral-esquerdo brilhou ofensivamente com duas assistências e o primeiro gol pelo Botafogo.


Talvez a solução do problema na ponta esquerda possa ser Gilson, que mostrou levar jeito no apoio. Optar por ele não seria algo inédito, já que o próprio Jair Ventura ousou ao armar o time no ano passado com dois laterais-esquerdos: Victor Luis e Diego Barbosa. A tática pode ser repetida com o mais novo garçom alvinegro, mas esta opção sem alterar o esquema forçaria o técnico a escolher entre Camilo ou Montillo, as suas duas maiores estrelas da equipe.


Mapas de calor de Gilson e Fernandes: dupla aproveitou bem a oportunidade e pede passagem no time (Foto: Footstats)


Com a vitória sobre a Portuguesa, o Botafogo entrou na zona de classificação da Taça Rio – em segundo lugar com 10 pontos, só um a menos que o Flamengo – e também na tabela agregada do Campeonato Carioca – em quarto lugar com 17 pontos. Os jogadores se reapresentam na tarde desta sexta-feira, no Estádio Nilton Santos, e voltam a campo no domingo, às 16h (de Brasília), em casa, para enfrentar o Resende pela última rodada da fase classificatória. O Alvinegro só depende de si para chegar às semifinais do segundo turno e do estadual geral.

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Fonte: GE/Por Thiago Lima/Duque de Caxias, RJ

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