Em grande fase no Alvinegro e com contrato até dezembro, centroavante diz que ainda não foi procurado pela diretoria, mas respeita tempo do clube: "Hora ou outra vamos sentar para conversar"
Roger deu coletiva de imprensa após o treino desta segunda-feira (Foto: Divulgação / Botafogo)
Artilheiro do Botafogo na temporada com 16 gols, maior goleador dos clássicos no Brasil este ano, com oito, e referência do time de Jair Ventura, Roger vive grande fase na carreira. Um dos mais experientes do elenco, Já foi até capitão e é a esperança de gols nos duelos com o Grêmio nas quartas de final da Libertadores. Mas ainda não sabe se estará no clube no ano que vem.
+ 8x Roger: atacante se torna o artilheiro dos clássicos no Brasil
Com contrato até dezembro, o centroavante comentou em coletiva de imprensase na tarde desta segunda-feira que ainda não foi procurado pela diretoria alvinegra. Porém, diz estar tranquilo, que respeita o tempo do planejamento do clube, e que cedo ou tarde irão sentar para conversar. Mas não esconde o desejo de ficar.
– Eu ainda não fui procurado pela diretoria. Respeito a ideia deles de esperar um pouco mais. O Botafogo está em uma fase de planejamento que não pode errar. Respeito a ideia do clube de se planejar e achar que talvez eu tenha que mostra algo ainda para renovar. Tranquilo, eles sabem o que estou fazendo. Mas eu também sei o que estou fazendo. Venho trabalhando forte, competindo bastante – afirmou o camisa 9, que completou.
– Preciso trabalhar e espero sim renovar, ficar dois, três anos aqui. A gente sabe como é o futebol, existe um dinamismo muito grande. Hora ou outra vamos sentar para conversar.
Confira outros trechos da coletiva:
VOLTA DOS MACHUCADOS
Isso é ótimo não só para o treinador, mas para o grupo todo. Parte de um princípio de que três que estão retornando são titulares no momento. Jair ganha mais opções, enfim, é muito bom. Todo mundo preparado para um grande jogo na quarta, nesse momento precisa de força 100%. A gente fica triste pelo Leandrinho, vinha treinando forte, notícias que chegaram hoje de uma lesão grave.
ARTILHARIA
Fico feliz, de fazer o que eu amo, pelos gols, por ter vencido o clássico, precisávamos vencer esse adversário. Estava virando motivo de chacota. Traz muito alegria para mim.
LIÇÃO DA COPA DO BRASIL
A semifinal a decepção foi muito grande, da forma como saímos. Ficamos com a sensação de que poderíamos ter feito mais, de ficar com a bola de jogar um pouco mais. Garra, empenho, isso não falta. Às vezes corre um pouco de risco, mas quando sai com a bola dominada tem mais chances de criar mais oportunidades.
GRÊMIO
Acho que é o Luan, cara dinâmico, tem muita qualidade. Eles têm uma grande perda com o Pedro, que foi para fora, fase estava muito boa. Gosto também do Michel, volante, bom passador. É uma grande equipe, bem treinada, jogadores experientes, já rodados. Aqui também uma equipe rodada, malandra, que vai saber jogar o jogo.
GRÊMIO FORA DE CASA
Todas as equipes têm tido o fator casa determinante para uma campanha e se classificar nos mata-matas. Jogando fora você encontra dificuldade. Mas o jogo do Grêmio nos possibilita a fazer nosso melhor jogo, que é contragolpear com excelência. Grande equipe, com posse de bola, aproximação, mas dá espaço. Diante da nossa torcida, é fazer mais um grande jogo.
CONFIANÇA
Está lá em cima, essas duas vitórias trouxeram muita alegria, muita paz. Conseguimos nesses dois jogos o que não fizemos na semifinal. A gente está preparado, tranquilo, sabe que temos plenas condições de vencer o Grêmio e classificar. Não há favorito nessas quartas de final. A gente entra muito forte. Se vier uma desclassificação, vão ter que suar sangue.
A CARA DO BOTAFOGO
Equipe que criou uma identidade, que é se entregar. Nosso lema é treinar com seriedade, fazer seu melhor todos os dias. Eu cobro todos para treinar no limite, assim você vai jogar no limite. Virou uma característica. Não sei dizer a receita, de onde vem, mas nosso time não se entrega, luta por todas as bolas. Ano do Botafogo merece essa classificação. Podemos enfrentar qualquer um de igual para igual.
Roger é o maior artilheiro dos clássicos no Brasil em 2017 (Foto: Divulgação / Botafogo)
FASE RUIM DO GRÊMIO
Eu acho que a Libertadores é outra pegada, não sei como explicar. Mas atmosfera é outra, concentração é outra, a semana nos treinos é outra pegada. Não faz diferença, sabemos que vamos encontrar uma grande equipe. Não vejo vantagem. Talvez por eles terem perdido o Michel, cara que domina por trás, faz a bola girar. Mas não tem uma fraqueza, não. Grande rival.
RIVAL BRASILEIRO
Você começa a deixar 50% a 50%. Já nos enfrentamos no Brasileiro, uma vitória e uma derrota para casa. Eu já vou enfrentar esses caras há 10 anos, quantas vezes já enfrentei o Léo, o Bruno Rodrigo... A diferença é essa, você conhece bem a outra equipe, sabe as características a fundo de cada um. Isso deixa muito parelho. Não vejo vantagem, pois é clássico.
MOTIVAÇÃO
Sim, estou motivado, faz tempo que não marco na Libertadores. Esses dois últimos jogos foram bem legais, consegui marcar, ter boa performance. Essa semana de treinos foi ideal para tirar pressão, voltar forte. Estou pronto, confiante, alegre, leve. Vou botar essa bola para dentro se Deus quiser.
VALENCIA OU JOÃO PAULO?
As características são diferentes. João é mais passador, pensador, cara que ajusta o nosso time. Grande pensador do Botafogo. Valencia é um meia mais agudo, cara que joga para frente, tem o drible, finalização. Quem o Jair escolher vamos estar bem servidos. Leo fez grande jogo ontem, teve tempo para se adaptar. E o João está voltando.
PIMPÃO
Falar do Pimpa é fácil. É a cara do Botafogo. Dificilmente vem conseguindo acabar os jogos porque se entrega muito, ao extremo. Muitas vezes deixa de ser atacante para ser mais marcador. Tudo que ele está vivendo esse ano é merecedor. Cara que treina no seu limite, fico feliz com o sucesso dele. Está de contrato renovado, mais leve, tem mais 24 meses para cuidar das crianças (risos). Vou trabalhar para ele fazer mais um na quarta, está na briga pela artilharia, né? Ser artilheiro da Libertadores coroaria o ano dele e o nosso.
APELIDO "RAJADA"
Foi o Marcelão que colocou esse apelido aí. Fala que sou rajada, que faço gol, brincadeira nossa de vestiário. É um menino especial, com uma história bonita de vida, de superação, amizade bem bacana. Sempre falo das joias, e esse menino é uma. Precisa ser lapidado, mas tem mostrado que é um grande jogador, da conta do recado quando o Carli não joga.
Fonte: GE/Por Thiago Lima, Rio de Janeiro
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