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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Assumpção se defende de processo do Botafogo: "Acusações beiram o absurdo"


Acusado de manobra na interdição do Engenhão e cobrado em R$ 50 milhões por perdas e danos, ex-presidente justifica ataque à política: "Fruto de ódio insano aliado à proximidade das eleições"






Maurício Assumpção andava calado, mesmo sendo acusado pelo Botafogo de manobra para favorecimento ao Maracanã na interdição do Nilton Santos e cobrado em R$ 50 milhões por perdas e danos em sua gestão. Quando procurado pela imprensa, o ex-presidente alvinegro se privava de declarações e prometia esclarecer tudo que envolvia seu nome após as eleições do clube. Mas nesta quarta-feira ele rompeu o silêncio.


Um dia depois de o Botafogo comunicar oficialmente do processo que moveu contra ele na 50ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o ex-dirigente resolveu falar, mesmo que rapidamente. Em entrevista ao "UOL", justificou que os ataques que vem sofrendo são pessoais e políticos perto do pleito do próximo dia 25 de novembro.


– Essas denúncias e acusações beiram a inconsequência, o absurdo e a irresponsabilidade. São fruto de um ódio incontrolável e insano aliado à proximidade das eleições no clube. Eu quero e vou falar sobre todas as mentiras que foram disparatadamente dirigidas a minha pessoa, mas o farei no momento e fórum adequados – defendeu-se, mantendo a promessa de coletiva pós-eleição.


O Botafogo apresentou os seguintes motivos pela cobrança de indenização:


Perda dos direitos econômicos do volante Gabriel, do meia Daniel e do lateral-esquerdo Lima;

Prejuízos da exclusão do Ato Trabalhista, que limita penhoras em 15% sobre todas as receitas;

Sobrecarga financeira através de multas e encargos pelo não pagamento de tributos;

Comprometimento de receitas futuras em contratos considerados suspeitos com a Odebrecht.



Dívida de R$ 6 milhões com Lima, Gabriel e Daniel também motivou ação contra Assumpção (Foto: infoesporte)


+ Dívida de R$ 6 milhões de trio ex-Botafogo também motivou ação contra Assumpção


O Botafogo está sendo representado no processo pelo escritório "Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados" e aguarda os próximos passos judiciais. Após entrar com a ação, Assumpção será chamado para se defender dentro de um prazo de 15 dias úteis após a intimação.


Na semana passada, o Botafogo já havia apresentado uma notícia de crime contra seu último presidente, acusado de favorecer a Odebrecht, concessionária do Maracanã, com a interdição do Engenhão em 2013.


Entre os citados na denúncia está Benedicto Barbosa da Silva Júnior, campeão de delações na Lava Jato. O GloboEsporte.com teve acesso ao documento que mostra que ele é quem assina o empréstimo de R$ 20 milhões ao Alvinegro.


Assumpção foi expulso do quadro social em 2016


Em decisão unânime no dia 2 de agosto de 2016, o ex-presidente Maurício Assumpção foi excluído do quadro social do Botafogo. A comissão julgou pertinente o parecer apresentado pelo Departamento Jurídico que apontou irregularidades da gestão anterior.


A denúncia foi montada por Domingos Fleury, vice jurídico do Alvinegro, e teve como base, entre outras acusações, de improbidade administrativa, prejuízo ao patrimônio do clube, favorecimento a amigos e empréstimo sem destino especificado.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro

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