Páginas

sexta-feira, 4 de maio de 2018

"Pão" com açúcar: em cartão-postal, Valentim se declara à namorada e ao Bota


"Clark Kent do Fogão", técnico romântico e "fitness" curte vida nova no retorno ao Rio após 20 anos, é tietado até por torcedores rivais e traça mais metas após primeiro título: "Não quero parar por aqui"








Com pinta de ator e sósia alvinegro do Super Homem Clark Kent, Alberto Valentim teve uma segunda-feira para lá de romântica na última folga do Botafogo. Em passeio pelo Pão de Açúcar, o mineiro de Oliveira estava à vontade. O ponto turístico não era novidade para ele, mas sua namorada, a também mineira Gabriela Andrade, estreava em um dos cartões-postais mais famosos do mundo.


Curiosos, turistas, crianças e mulheres fitavam o técnico botafoguense e perguntavam se era jogador ou um famoso, enquanto ele era só olhares para a amada Gabi. Um beijo aqui, um abraço acolá e elogios aos montes quando ela posava para uma foto. "Tá linda, amor", repetiu várias vezes.


Confira no Globo Esporte o vídeo do passeio do Valentim e a amada no Pão de Açúcar


Mas o "pão", como as mulheres se referem aos bonitões, não era açúcar só com a namorada. Os olhos brilharam quando falou da mãe, do filho, dos irmãos e dos sobrinhos. E deles quase escorreram lágrimas com as lembranças de Dunga, como era apelidado o pai do jogador. Ele não está fisicamente aqui desde 1984, mas segue no imaginário do treinador.


Não faltou carinho também ao Botafogo, com quem vive uma intensa história de amor. Conheça quem é Alberto Valentim no papo abaixo. O gosto por uma cervejinha aliado ao cuidado com o corpo, detalhes sobre a rotina, as preferências e os projetos do técnico são alguns dos pontos.


– Eu sou um cara tranquilo, muito família. Graças a Deus, consegui conservar amizades de muitos anos. Tenho feito amigos novos, lógico, mas consigo manter os amigos de infância mesmo tendo saído de casa aos 16 anos.



O romântico Valentim e o beijo na amada Gabriela Andrade (Foto: Fred Gomes)



Leia o bate-papo na íntegra:

Como é a vida do Valentim nesta volta ao Rio?
Faço atividade física, dou minha corrida na praia, gosto de correr na areia ou no calçadão mesmo.
Ainda está muito corrido, porque saio do Nilton Santos às 19h30, 20h. Frequento alguns restaurantes e barezinhos, mas estou num período muito corrido ainda, trabalhando muito. Ainda não deu tempo de aproveitar essa cidade, não.


Qual as diferenças do Rio de 1998 para 2018?
Cresceu muito a cidade, infelizmente aumentou a violência. É um pecado. Se o Rio melhorar, amanhã isso aqui vira um paraíso. A cidade é maravilhosa, o povo, super alegre e apaixonados por futebol. Tomara que os governantes melhorem essa questão da violência. Do jeito que está não pode ficar.


Qual o roteiro programado quando você tiver tempo para aproveitar?
Tenho ido à praia algumas vezes, eu gosto. E gosto de comer uma carne boa, de tomar uma cerveja quando dá nos dias de folga e quando tem um tempinho. A comissão técnica tem combinado de tomar uma cervejinha.


Cerveja ou vinho?
Cerveja.



Alberto Valentim observa a vista após a primeira parada dos bondinhos do Pão de Açúcar (Foto: Fred Gomes)


Quem são suas companhias aqui no Rio além da sua namorada? Já fez amigos por aqui, têm ex-jogadores amigos seus?
Não, é o pessoal da comissão técnica mesmo, além da minha família. O Fernando (Miranda, auxiliar), que veio comigo e que está sempre comigo. A gente sai para jantar, e eu fico enchendo a cabeça dele mesmo quando a gente sai para tomar uma cerveja (risos). Só o pessoal do Botafogo mesmo.



Quando você veio jogar no Flamengo, em 1998, não chegou com a fama de lateral muso. O tempo te fez bem? Ficou mais bonito?
Essa coisa começou um pouquinho no Palmeiras, meus amigos me mandavam os memes do Clark Kent do Verdão. Tinham essas brincadeiras, e eles pegavam no meu pé. Agora virou o Clark Kent do Fogão. Tem essa coisa de muso agora, mas tranquilo. Quando você é campeão, fica mais bonito também (risos).


Então está melhor do que em 1998?
Ah, eu acho que eu dei uma melhorada também (risos).



O tempo te fez bem? Hoje galã, Valentim concorda com a "evolução" (Foto: Fred Gomes)


Você acha que falar mais de muso do que do Valentim atrapalha um pouco? Teve o desfile do Botafogo no lançamento dos novos uniformes, e você não desfilou. Muita gente disse: "O modelo do Botafogo não vai desfilar". Foi opção sua?
Eu nem queria fazer parte dessa coisa aí, acho que é mais coisa para jogador. Uniforme do time são os jogadores que têm que usar. Eu lido com isso tranquilamente, com exposição. Quando você ganha, tem essa coisa de ficar mais bonito. Sinceramente, fico um pouco sem graça, sou tímido nisso.


O título carioca mudou de que forma o seu dia a dia?

Te dá mais tranquilidade para trabalhar. O moral dos jogadores hoje está muito mais acima, muito legal. E o legal de lembrar do título é que eu perdi jogadores muito importantes no campeonato. Na final mesmo eu perdi dois dos jogadores mais em forma que eu tinha, Moisés e o Luiz (Fernando).



E o legal, que sempre falo e é de verdade, é que todo mundo deu conta do recado. O Matheus Fernandes, que ainda não tinha jogado comigo, jogou a final e foi bem. O Gilson! O Moisés vinha arrebentando, e o Gilson bateu no peito e até pênalti bateu na disputa. Agora ele está fazendo um bom campeonato.


Isso que é legal. Eles se entregam tanto nos treinos, e eu falo: "Vamos lembrar o que vocês fazem no treino e vamos levar para o jogo". O título aumentou essa confiança deles. Quando cheguei, estavam todos com o moral lá embaixo.


E o efeito do título fora de campo?
O carinho do torcedor, é lógico. Legal que tenho recebido carinho até de outros torcedores. O torcedor do Flamengo vem falar, do Vasco e do Fluminense também. É legal, tem um respeito e admiração pelo trabalho que vem sendo feito.


Durante o passeio, dá para reparar que você é muito carinhoso com a sua namorada. Você é romântico? Manda flores para ela?
De vez em quando eu mando uma florzinha para ela (risos). A gente está longe. Quando ela está perto, tenho que aproveitar ao máximo. O bacana é que meu filho se dá super bem com ela, um menino com cabeça boa para caramba. Então é um relacionamento bem saudável.



Valentim não desgrudou da namorada durante o passeio (Foto: Fred Gomes)



É uma mulher que te engrandece, faz feliz e te ajuda a trabalhar melhor?
Ela tem uma cabeça muito boa, apesar de ser muito nova. Me passa bastante tranquilidade, falo que ela me dá uma paz porque o mundo do futebol é uma loucura, né, cara? Eu vivo essa p... intensamente (risos), e ela vem para dar uma acalmada legal.


Alberto é um cara para casar?
Sou e muito. Temos planos de morar junto, casar e ter uma filhinha. Quero ver se consigo ter uma filha, já tenho o Diegão e agora ver se vem uma menina. A Gabi que vai escolher o nome.



Alberto Valentim e Gabriela Andrade (Foto: Fred Gomes)


Todo mundo fala do muso Alberto, mas ela também é muito bonita. Você é ciumento?

É um ciúme tranquilo. Sou no limite. Mas não tentem exagerar, que boto as garras de fora (risos).


O que você está achando do jeito de os botafoguenses torcerem?

A confiança que eu falei dos jogadores, o torcedor do Botafogo está tendo o mesmo. Foi muito legal o que eles passaram para a gente na véspera da final. Ficou um ambiente muito positivo ali, e a gente sentiu mesmo. E estou sentindo que o torcedor está confiante. O botafoguense tem que ir ao estádio nos ajudar, porque a torcida faz diferença. A gente conta com eles.



Você lembra dos jogos da Libertadores no ano passado e o clima com o estádio cheio?

Maravilhoso, vi algumas imagens. Isso que a gente quer, que o Botafogo traga seu torcedor porque ajuda muito, cara. O jogador sente, nós da comissão técnica também sentimos. É um algo a mais.


Para se adaptar ao botafoguense, que é um torcedor diferente e supersticioso, você conversou com pessoas? O Cuca, por exemplo?
Não. É um torcedor muito apaixonado. Às vezes o torcedor vem falar do título ou da campanha e ele diz: "torcer pelo Botafogo é diferente". E o botafoguense é diferente. É apaixonado, essa relação está muito legal, e a gente quer o torcedor cada vez mais perto.


Você tem superstição?

Não, sou bem tranquilo em relação a isso.



Próximo cartão-postal na agenda será o Cristo Redentor (ao fundo) (Foto: Fred Gomes)


Em campo e nos treinos, você é muito regrado. Fora dele, você também é? Tem horário para acordar e fazer as coisas?
Fica um reloginho meu, que já é normal. Durmo pouco, acordo muito cedo. Aí tomo um café, espero um pouquinho, depois vou dar minha corrida. Nos dias seguintes em relação aos treinos, faço tudo. Funciona porque minha rotina é assim. Acordo, tomo café, dou minha corrida. Se tiver que fazer alguma coisa ou ir ao mercado, eu vou e volto. Meu reloginho já obedece. Até coloco o despertador para 8h30, mas antes das 7h eu já estou acordado.



Dorme quantas horas por dia?
Cinco ou seis horas.


Isso diminuiu depois que veio para o Botafogo?Tenho dormido um pouquinho menos, dormia umas sete horas, mas está bom. Eu tenho muita energia de manhã, gosto de fazer todas as minhas coisas. Eu acordo muito elétrico já.


E sua preocupação com a parte física?Eu sempre gostei de treinar. Depois que eu parei, fui fazer muay thai, comprei bicicleta. Eu gosto de praticar esportes, é legal. Tinha uma coisa de querer fazer muay thai, mas quando eu jogava não tinha jeito. Assim que parei, fui fazer.


Levava jeito para o Muay Thai?

Era legal. Quando você para de jogar, no dia seguinte você não vai ter sua atividade física. Eu ia ficar doido, gosto de fazer esportes. Correr é uma terapia para mim. O corpo pede. Trouxe minha bicicleta para o Rio, pedalo.


E ainda joga?
Tenho jogado pouco. Última vez que joguei mesmo foi no Jogo das Estrelas. Dei passe para o Romário (risos).


Em 1998, deu algum passe para ele?

Dei num jogo contra o Vitória (5x2 para o Flamengo, pela Copa do Brasil). Depois sofri um pênalti, e ele fez o gol.


Nos treinos fechados, você bate uma bolinha com os jogadores?
Não. Primeiro que a gente quase não faz rachão. Não gosto muito do rachão. Acho que só fiz um rachão, no treino aberto, antes da final. Também para não misturar as coisas. O que faço de vez em quando é ajudar no cruzamento, mas é trabalho, não é brincadeira.



Torcedor do Palmeiras, César parou Valentim e dise: "Você nunca deveria ter saído" (Foto: Fred Gomes)



Você evita ser boleirão?
No Palmeiras, de auxiliar, às vezes eu participava do rachão ou para completar o time. Como treinador, tenho evitado até para não me machucar. Estou tomando mais cuidado.


E durante o passeio pelo Pão de Açúcar, ouviu-se muito a pergunta: "Ele é jogador do Botafogo?". Te deixou feliz, com a sensação de "Ainda estou garotão"?
Lógico que não tenho mais como ter o corpo de atleta, mas estou bem.

Alberto abraça funcionário a quem deu a camisa que usava no Pão de Açúcar (Foto: Fred Gomes)


Você presenteou o Jefferson, funcionário do Pão de Açúcar, com uma camisa. Ele te pediu ou partiu de você?
Partiu de mim, o cara é botafoguense e está trabalhando aqui. Achei bacana dar a camisa para ele.



Valentim presenteou funcionário do Pão de Açúcar com a camisa que vestia durante o passeio (Foto: Fotos: Fred Gomes)



Com o que você se diverte em casa: gosta de séries ou livros, por exemplo?
Gosto de filmes, vejo o Netflix e leio também. Gosto mais de ler livros direcionados ao futebol.


Qual o próximo livro que você vai ler?
Comprei o novo do Guardiola, mas esqueci o título. Já li o primeiro, mas há outros interessantes. Têm uns de gestão muito interessantes, porque treinador é muito isso aí.


Algum livro te marcou mais?
Tem um que eu dei para o meu filho agora, mas eu não lembro o nome. Quem me presenteou foi o Cícero Souza, do Palmeiras. É um livro espetacular. São dois caminhos: aquele cara que consegue fazer as coisas e o cara que sempre dá desculpas. Li esse livro numa viagem. É pequeno. Gostei tanto que fui procurar e não tinha mais esse livro.


Como o Alberto se define?Eu sou um cara tranquilo, muito família. Graças a Deus, consegui conservar amizades de muitos anos. Tenho feito amigos novos, lógico, mas consigo manter os amigos de infância mesmo tendo saído de casa aos 16 anos.


Meus amigos vêm me visitar, adoro ir para lá para revê-los. E minha família, que é muito importante para mim. Meu filho, minhas irmãs, meus sobrinhos, meu irmão e minha mãe. O meu pai eu perdi muito cedo, aos nove anos. Meu pai - que se chamava Geraldo Eustáquio do Carmo -tinha o apelido de Dunga, porque era nervosinho e pelo tamanho também (risos).


Não abro mão de estar todo mundo junto no Natal. Gosto muito disso aí. Sou muito legal com as pessoas que gosto.


Sua família mora em Oliveira. Todos já vieram te visitar?Já vieram. Minha irmã veio para o título, minha outra irmã não veio. Agora quero trazer meus sobrinhos para cá.


Qual foi a importância de sua mãe (Dona Margarida) na sua formação?
Minha mãe foi uma guerreira, nos criou sozinha. Fez o papel de pai e mãe. Ela é um espelho para mim do tanto que batalhou, nos ajudou e nos educou.


Ligou para ela no título?

Liguei do carro indo para General Severiano, choramos para caramba (risos).


E como você perdeu seu pai?

Ele tinha uma doença respiratória, teve embolia pulmonar. Morreu muito novo, ia completar 37 anos. Foi f... Minha irmã mais velha tinha 12 anos, minha outra irmã, seis, e o meu irmão mais novo tinha só quatro anos.


Você era muito ligado a ele?
Era, por causa do futebol. Meu pai jogou amador. Na minha cidade, todo mundo fala: "Alberto, você não jogou metade do que o seu pai jogava". Acho legal para caramba isso. Falo que a herança que meu pai deixou foi o futebol. Pude ajudar minha família com o dom de jogar futebol.


Quando você ganha os títulos, lembra dele e pensa que queria oferecer a ele?
No Maracanã, eu queria que ele estivesse lá. Cara, vamos parar de falar aqui senão eu vou chorar. Ele estaria muito orgulhoso. Ter sido campeão no Maracanã, meu primeiro título e com o estádio lotado. Pô, é do car..., né?



Você é religioso, né?
Sou católico, tenho muita fé em Deus, não vejo muito essas coisas de doutrinas de igreja. Acredito, tenho meus santos dos quais sou devoto, mas acredito muito em ter fé em Deus e fazer o bem. Não adianta ficar escondido em religião e fazendo mal para as pessoas. Acho uma hipocrisia do c...


Então você acredita que ele viu o título?

Com certeza. Eu, minha irmã e meu irmão estávamos todos emocionados ali no campo, lembrando. A lembrança dele é muito forte.


Por que seu filho não seguiu no futebol: não levava jeito?
Não, ele jogava bem. Jogava de atacante. Não deu certo, mas o futebol é muito difícil. Legal é que estava na faculdade já. Acabamos de fechar a documentação, e ele vai em agosto para os Estados Unidos, para a Califórnia (fazer intercâmbio). Vai em busca dos sonhos dele.



O que o futebol te deu em termos de crescimento como homem?
Futebol fez eu amadurecer muito cedo, porque tive de sair de casa aos 16 anos. Me deu oportunidade de conhecer outras culturas e me relacionar com muitas pessoas. Primeiro você vai morar em alojamento. É a paixão da minha vida. Não sei o que eu seria se não fosse jogador e depois não estar trabalhando com futebol, como estou agora. Não me vejo longe do futebol, é uma coisa muito forte.



Com a camisa do PSG, garoto perguntou: "Você que fez aquele gol no fim contra o Vasco?" (Foto: Fred Gomes)


Você lembra que presente dado por você à Dona Margarida te deu maior satisfação?Meu sítio. Comprei para a minha mãe. Acho que foi o primeiro que ela mais gostou. Eu estava no São Paulo, tinha 22 anos. Comprei um sítio na minha cidade. A paixão dela é o sítio. Ela mexe com leite, tem vacas. Ela gosta. Todo fim de semana ela vai para lá e dorme.


Eu não estava na inauguração, mas ela foi para lá com minhas irmãs e meu irmão. O sítio é dela, a paixão dela é aquele sítio.


Você comentou em uma entrevista logo quando chegou que tem um carinho enorme pelo Palmeiras e um dia pretende voltar, mas não sem antes ser campeão pelo Botafogo. E agora que você já ganhou um título?Não quero parar por aqui, a gente está com um grupo tão legal. O ano está só começando, e eu quero fazer muita coisa boa para o Botafogo, porque é um clube que acreditou em mim e tem um cara espetacular que é o Anderson (Barros, gerente de futebol). Uma das coisas emocionantes do título foi abraçar o cara que acreditou em mim. Devo muito e sou eternamente grato a ele.



O Anderson tinha a ideia de me trazer e conversou com pessoas que já tinham trabalhado comigo, o que é normal não só no futebol. Você tem que procurar algumas referências, e o Cuca foi uma delas. Mas quem bateu no peito e falou "vamos trazer o Alberto Valentim" foi o Anderson.


Falou com o Cuca?
Depois do título liguei para agradecer a ele. Falei: "Cara, obrigado por tudo". O Cuca virou um amigo. Gosto para caramba dele.


E o que dá para projetar para o restante de 2018?
Temos o Brasileiro para fazer bem, temos a Sul-Americana, que nos dá chance de ser campeão. Então vamos fortes. Estou com mais sede do que eu estava antes. Quando voltei do título, eu falei para os jogadores: "Eu vou ser mais chato do que fui antes". Eu quero mais.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes, Karin Duarte e Thiago Lima, Rio de Janeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo. Participe com suas opiniões!