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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Após derrota em Fortaleza, Eduardo Barroca resume momento do Botafogo: "A gente está na guerra"


Treinador volta a valorizar empenho dos jogadores, destaca que time ainda tem "gordura" em relação ao Z-4, mas reafirma necessidade de vencer o Fluminense, no domingo




Melhores momentos de Fortaleza 1 x 0 Botafogo pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro


O Botafogo jogou mal no Castelão e foi superado pelo Fortaleza por 1 a 0 sem incomodar seu adversário. Apesar da atuação ruim, Eduardo Barroca tratou de defender o grupo e, ao fazê-lo, resumiu a situação atual da equipe: "Na guerra".


- Mais uma vez eu estou aqui de peito aberto para defender meus jogadores, estão se dedicando de todas as formas. A gente não está indo para a guerra, a gente já está na guerra.



Eduardo Barroca concede entrevista após derrota em Fortaleza — Foto: Reprodução


- A gente precisa se reerguer, porque a competição tem essa características: em alguns momentos você oscila, e a gente está nesse momento. Tentar fazer grande jogo contra o Fluminense, vencer o Fluminense, quebrar essa sequência.


Embora tenha defendido os jogadores e citado os oito pontos de vantagem que o Botafogo tem em relação à zona de rebaixamento, destacou o quão fundamental é vencer o Fluminense domingo, às 16h, no Nilton Santos.


- A gente ainda tem uma gordura de pontuação de segurança para a zona de baixo, logicamente a gente precisa interromper essa série de resultados negativas para que a gente possa voltar a ter uma série de negativas.


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Tentativa de reação do Botafogo

- A equipe do Fortaleza nos colocou algumas dificuldades principalmente na imposição física, num jogo com muita velocidade com Edinho, Osvaldo, Romarinho e depois o André. No segundo tempo, o Fortaleza voltou com ímpeto grande, fez um gol no início que foi anulado. Depois do seu gol de bola parada, nossa equipe tentou buscar o empate de todas as formas.


- Naturalmente quando você vai buscar o empate, acaba dando uma desorganizada. Não foi suficiente para conseguir o empate. A gente queria muito a vitória, era um jogo muito importante, mas foi insuficiente. Diante dessas circunstâncias, a gente precisa não falar muito, é continuar trabalhando e levantar a moral dos jogadores.


Chegada de Rogério Ceni influenciou?


- No jogo do Rio de Janeiro, a gente já tinha enfrentado uma equipe do Fortaleza bem organizada. Com o Zé Ricardo também entendi que, apesar dos resultados negativos, era uma equipe muito qualificada, com jogadores de muita velocidade, um definidor experiente, uma dupla de zaga experiente. Uma equipe muito bem arrumada, com bons jogadores, sabíamos que enfrentaríamos uma equipe muito difícil, independentemente se seria o Zé ou o Rogério, e hoje o Fortaleza foi feliz.


Objetivo dos 13 pontos no terceiro ciclo

- Faltam ainda seis jogos para eu fechar esse ciclo, são 18 pontos, e a gente precisa pensar no jogo a jogo. Iniciamos o terceiro ciclo de uma forma que não gostaríamos, precisamos quebrar essa sequência, voltar a vencer, principalmente dentro de casa, para buscar o máximo de pontos dentro desses 18 possíveis. Se não der, temos 10 jogos no quarto ciclo para fazer essa compensação.


- Eu divido em ciclos apenas para dar referência. O fundamental nesse momento é se preparar da melhor forma possível, ver se os jogadores que desfalcaram o time voltam. Hoje, começamos a partida com cinco jogadores formados na base, temos feito isso de forma recorrente. Tem sido bom porque temos dado experiência para esses jogadores, mas é fundamental ter todos à disposição para sairmos dessa juntos.


Três derrotas seguidas

- Ainda não tinha enfrentado uma sequência como essa, não estou satisfeito, mas agora cabe a nós buscarmos solução. Não é um momento para apontar erros. Eu sou o treinador, cabe a mim tentar buscar as soluções dentro da equipe que tenho. A gente precisa se reerguer dentro desse contexto em que estamos envolvidos.


Explicando as mexidas

Sobre as substituições, fiz a tentativa com os jogadores de meio-campo, com um poder de criação maior e que pudessem dar certa experiência. Precisávamos arriscar mais, mas o próprio contexto do jogo fez com que todo o potencial deles não fosse colocado em prova, porque a gente foi jogando contra o Fortaleza e contra o tempo.


Posse de bola defensiva e falta de pressão do Botafogo


- Eu entendo que o Botafogo ficou um pouco espaçado, mas para o segundo tempo, quando a gente precisou fazer um jogo mais direto, que não é muito a nossa característica, eu coloquei o Victor com o Diego, já que a gente estava com dificuldade de fazer a transição do meio para a frente. O Fortaleza estava com a vantagem, naturalmente se posicionando atrás da linha da bola e, quando a gente colocava a bola ou em cruzamento ou em conexão por dentro ou em bola disputada por cima, naturalmente nos momentos em que a gente perdia essa bola o jogo ficava um pouco mais de transição e não é uma característica nossa.


Estratégia no primeiro tempo


- Acho que a gente tentou em alguns momentos no primeiro tempo pressionar o Fortaleza. A equipe do Fortaleza, como estratégia, usa uma bola longa direcionada nos laterais e nos pontas, uma bola treinada, o Tinga e o Carlinhos fazem isso muito bem e, quando a gente pressiona, eles conseguem sair dessa pressão com essa bola longa. São agressivos e acabam ganhando essa segunda bola no nosso campo de defesa, mas acho que no primeiro tempo o Botafogo se comportou bem, criou chances.


- No segundo tempo, antes do gol anulado do André Luís, o Luiz Fernando teve uma chance até mais clara e futebol é assim. A gente precisava aproveitar nossa oportunidade, fazer vantagem nesse momento em que estamos vivendo. Não fomos competentes, a responsabilidade é minha como treinador. Agora é recuperar esses jogadores para o jogo contra o Fluminense.


*Mais informações em instantes


Fonte: GE/Por Beatriz Carvalho — Fortaleza

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