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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Análise: erros no início não apagam proposta de jogo variado na estreia de Valentim no Botafogo


Em derrota por 2 a 1 no clássico com o Vasco, na casa do rival, Alvinegro tem bons momentos em bolas longas direcionadas a Diego Souza e tabelas pelo chão



Melhores momentos de Vasco 2 x 1 Botafogo pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A



A vitória por 2 a 1 do Vasco sobre o Botafogo em São Januário, nesta quarta-feira, foi justa. Os donos da casa sempre estiveram mais perto do triunfo, porém o Alvinegro apresentou coisas interessantes. A variação de jogo, citada pelo estreante Alberto Valentim após o duelo, foi um dos pontos positivos.


Variação, tabelas e bola longa


Com o gramado em estado ruim, os comandados de Valentim não se limitaram a tocar para o lado a fim de ficar com a posse. Abusaram da bola longa (foram 59 no total, segundo o SofaScore), obtendo sucesso na maioria das ligações diretas entre Cícero e Diego Souza. Tabelas e combinações de jogadas também apareceram. Mas o Botafogo perdeu. E por quê?


Sobretudo pelo início ruim. O Botafogo errou em lances cruciais, e o Vasco marcou seus gols aos sete e 17 minutos de jogo. No primeiro, Bruno Gomes teve sorte ao ver seu chute ser desviado em João Paulo, mas o volante teve espaço de sobra para arriscar. No outro, Ribamar acertou um chutaço, mas também não foi incomodado pela marcação alvinegra.


- A ideia nossa é alternar bem esse jogo de posse com a bola longa direcionada no Diego Souza, manter o jogo controlado porque temos jogadores com características assim, mas de sermos mais agressivos ofensivamente - disse o técnico.




Alberto Valentim, Botafogo — Foto: André Durão


Gol em bom momento para Marcelo


O gol alvinegro saiu na bola parada, e o autor dele precisava muito de um o quanto antes, embora a marcação seja sua função primordial. Marcelo Benevenuto vinha falhando no returno. Fez dois gols contra. Nesta quarta, foi esperto ao se antecipar à zaga vascaína e a Fernando Miguel.


Na retaguarda, Marcelo foi um monstro. Velocidade, recuperação e boas coberturas marcaram sua atuação. Fez nove cortes, um desarme e travou um chute.


Acionado nas bolas longas, Diego Souza vai bem

Diego Souza, contestado pela torcida recentemente, teve boa atuação. Muito acionado por Cícero (que acertou todas as cinco tentativas de bola longa), João Paulo e Marcinho, o camisa 7 ganhou várias pelo alto na busca por combinar jogadas com os laterais e meias.


A melhor delas deu-se aos 30 do segundo tempo. Recebeu de Bochecha e, diante de cinco marcadores, segurou e deu na hora certa para Valencia finalizar com muito perigo.



Diego Souza jogou bem contra o Vasco — Foto: André Durão



Ponto Fraco: mais uma vez as poucas finalizações

O Botafogo manteve o baixíssimo índice de finalizações por jogo - o time tem a pior média do Campeonato Brasileiro, pouco superior a nove. Em São Januário foram 10, três na direção do gol. O rival finalizou 16 vezes, metade deles no gol. Valentim reconheceu que é preciso crescer no quesito.


- Hoje finalizamos se não me engano 10 vezes, queremos mais, não é ser repetitivo, mas é fazendo isso aí, um jogo com posse sendo o mais dinâmico possível com essa posse, com maior número de jogadores no campo ofensivo para as jogadas saírem, e caprichar quando saírem - disse o técnico.


De fato, mais dinamismo e alternância de estilo foram apresentados. Agora é preciso vencer. No returno, são cinco derrotas e apenas uma vitória. É urgente, e a próxima chance está marcada para segunda-feira, às 20h, no Nilton Santos, contra o CSA.



Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

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