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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Ainda sem projeto de pé, Botafogo prepara proposta de orçamento de R$ 200 milhões para 2020


Com cortes em diversos setores, clube deve destinar metade da verba prevista para o futebol. Dirigente do Atlético de Madrid elogia planos do Alvinegro



Em processo de captação de investidores e estruturação do clube para a transição ao modelo de clube-empresa, o Botafogo vai ter orçamento reduzido para 2020. Os dirigentes se debruçam nos números para levar previsão orçamentária de cerca de R$ 200 milhões para este ano.


Este valor é menor do que a previsão orçamentária de 2018 (previsão era de R$ 204 milhões, mas fechou em R$ 183 milhões) e 2019 (previsão de R$ 251 milhões, ainda sem contabilidade final divulgada) e representa o corte de custos que o clube vai promover em meio ao projeto para virar clube-empresa.


A previsão é de que metade disso – cerca de R$ 100 milhões – seja destinada ao futebol, num ano de controle de custo e cintos bem apertados, na expectativa de atrair investimentos para o projeto de sociedade anônima. Caso haja implantação da SA, o clube evidentemente trataria uma readequação orçamentária, com eventuais mudanças.


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Rotenberg, Montenegro, Mufarrej e Agustin em entrevista coletiva: diretoria prepara proposta orçamentária para 2020 com corte de custos — Foto: Emanuelle Ribeiro


A proposta orçamentária deveria ter sido votada até o fim de 2019, como é de praxe nos clubes, mas, com as mudanças e estudos em torno do projeto Botafogo SA, o Conselho Fiscal só deve receber o orçamento 2020 na próxima semana, a última de janeiro


No evento realizado no Centro do Rio, nesta sexta-feira, o secretário do Conselho de Administração do Atlético de Madrid, Pablo Jiménez de Parga, não entrou em detalhes a respeito do projeto do Botafogo, mas se disse bem impressionado com o que viu. Na véspera, o dirigente espanhol teve reunião com o vice-presidente jurídico Domingos Fleury e com Laercio Paiva, que está pilotando o projeto.


- É um projeto muito trabalhado, muito sério, mas que agora está numa etapa de execução e implementação. Creio que existe muita possibilidade de êxitos - disse Parga, lembrando que o aporte de capital de acionistas majoritários contribuiu diretamente no crescimento do Atlético de Madrid.


- As situações são distintas. No caso do Atlético se fundamentou basicamente com sócios majoritários colocando muitos recursos próprios. Mas era preciso que o clube estivesse estruturado como sociedade anônima, ou não seria possível de receber esses recursos.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Raphael Zarko — Rio de Janeiro

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