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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Análise: Botafogo encontra na transição a saída para uma partida com pouca criatividade


Alvinegro mostra dificuldades para criar jogadas quando tem a bola, mas melhora ao apostar nos passes verticais que levam o time do ataque para a defesa, principalmente com Caio Alexandre



Melhores momentos de Botafogo 1 x 0 Vasco pela 5ª rodada do Campeonato Carioca


O Botafogo que enfrentou o time reserva do Vasco neste domingo esteve longe de ser o que Valentim espera para 2020. Na pior apresentação do elenco titular na temporada, por vezes parecia que os jogadores não sabiam muito o que fazer quando tinham a bola. A saída para o Alvinegro foi apostar na transição rápida para o ataque, o que só foi acontecer no segundo tempo.


Apesar disso, o Botafogo acertou duas vezes a trave, mas em lances isolados na etapa inicial. O primeiro deles em cobrança de falta de Bruno Nazário e que Kanu cabeceou, enquanto o segundo foi em bonita jogada de Luis Henrique, também com o camisa 10, e que quase marcou um golaço. O problema alvinegro é que tirando esses lances de perigo, faltou criatividade na construção das jogadas, muito ocasionada pelos constantes erros de passe.


No segundo tempo, Valentim continuou vendo seu time errando a hora certa de partir para cima do adversário. Na entrevista coletiva, o treinador comentou que faltou aos comandados encontrar o momento certo de atuar de maneira mais incisiva no ataque.


– O que eu enxerguei no primeiro tempo foi o seguinte: nós estávamos errando alguns passes e, algumas vezes, procurando verticalizar quando não cabia ainda a jogada. Foi um pedido meu na parada técnica e, depois, no intervalo. A ideia é nós fazermos posse sim, mas procurar verticalizar porque temos jogadores com características para isso. No segundo tempo, a ideia era a mesma (posse) fizemos quase 400 passes hoje, mas a ideia de achar no momento certo essa jogada na vertical. O Vasco marcou também, se defendeu bem, com jogadores rápidos lá na frente. Então dificultou nosso jogo ofensivo.



Bruno Nazário foi o jogador mais criativo no meio de campo do Botafogo, mas parecia sobrecarregado — Foto: ANDRÉ DURÃO


Caio Alexandre entra bem

Revelado na base do Botafogo, Caio Alexandre entrou aos 33 do segundo tempo, no lugar de Alex Santana, que substituía Cícero, poupado. Nos cerca de 15 minutos que ficou em campo, o garoto deu dois bonitos passes para frente (verticais). O primeiro gerou o gol alvinegro, após Bruno Nazário dominar e tocar para o meio. O segundo foi a chance que o Botafogo tinha para garantir o resultado, mas faltou capricho a Luis Henrique.


- O professor me ajuda muito, me dá muitos conselhos. Nos treinamentos ele sempre pede para dar dinâmica ao time, de sempre aparecer e pegar na bola. Isso que eu procurei fazer quando entrei hoje. Consegui achar boas bolas ali. Uma para o gol e outra para o Luis Henrique. Os conselhos dele são muito importante para mim - disse o volante na zona mista do estádio. E, ao que tudo indica, ganhou pontos com Valentim, que o elogiou.


- Às vezes eu até fico chateado de não colocar o Caio para jogar, porque é um menino que vem treinando muito bem, mesmo com as duas derrotas que nós tivemos nas duas primeiras rodadas. Ele se destacou, procurou jogar, procurou fazer aquilo que nós queríamos e, hoje, deu um passe maravilhoso para o Bruno fazer, depois, o cruzamento na área no lance do gol.


O que deu certo:


entrada de Caio Alexandre no time deu mais rapidez ao time;
quando bem feita, as transições deram resultado;


O que pode melhorar:


velocidade na saída da defesa para o ataque;
atacantes estavam isolados e não recebiam muitas bolas;


O que não funcionou:


troca de passes; por vezes o time parecia displicente e errava toques simples;
falta de criatividade fez com que o Botafogo não tivesse boas chances;


Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro

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