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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Análise: com novo esquema, Botafogo é encurralado pelo Caxias e mostra poucas virtudes


Alvinegro é obrigado a mudar formação, não joga bem e é dominado pelo time da casa. Zagueiro Marcelo Benevenuto e atacante Pedro Raul são boas notícias na noite ruim



Melhores momentos de Caxias 1 x 1 Botafogo pela Copa do Brasil 2020


O Botafogo viveu em Caxias do Sul uma noite para esquecer. Ou, como pontuou o técnico Alberto Valentim, para lembrar, remoer e nunca mais repetir. Diante de um time da casa mais intenso e mais organizado, o Alvinegro passou quase todo o jogo encurralado e por pouco não deixou escapar a classificação.


O empate em 1 a 1, na última quarta-feira, contra o Caxias, no Estádio Centenário, valeu a vaga na segunda fase da Copa do Brasil. Mas, não foi suficiente para satisfazer boa parte dos torcedores, irritados com a atuação ruim diante de um time que está na Série D. Contra a equipe gaúcha, Valentim foi obrigado a mudar a formação e, para além do resultado, o desempenho foi decepcionante.


Meio reforçado

Para o jogo contra o Caxias, o Botafogo teve o desfalque de última hora de Luiz Fernando. Sem ele, Valentim optou por aumentar o número no meio de campo. Com menos uma opção de velocidade, a alternativa seria controlar o jogo, o que não aconteceu. Cícero, Thiaguinho, Alex Santana e Bruno Nazário fizeram um meio de campo de pouca mobilidade, que passou mais tempo correndo atrás dos adversários.



Bruno teve problemas na nova função — Foto: Vitor Silva/Botafogo



- A ideia é que o Bruno fizesse um papel de camisa 10, mas também no lado direito. Só que não tivemos nem tempo de treinar direito. A gente precisou ir mais na teoria. Algumas coisas aconteceram, outras, menos. Vamos ver o que fazer no jogo de domingo contra o Fluminense - disse o técnico Valentim.


A marcação desajustada foi a maior ameaça ao Alvinegro no jogo. Sem Luiz Fernando, quem fechou o lado direito com o lateral foi o volante Thiaguinho, acostumado a jogar pelo meio. Outro que tentou ajudar por ali foi Bruno Nazário, que nem sempre chegava na hora certa.


Testes são comuns em início de temporada, mas a mudança pouco treinada mostra, também, a limitação do elenco. Sem Luiz Fernando, o treinador preferiu guardar Rhuan e Lecaros para o segundo tempo. A esperança é que as chegadas de Honda, Cortez e Warley deem mais opções de criatividade.



Meio de campo foi ponto fraco do time — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Marcelo e Pedro salvam a noite

O jogo ruim contra o Caxias envolve todos, mas dois atletas tiveram papel decisivo para impedir a eliminação: Marcelo Benevenuto e Pedro Raul. Atrás, o zagueiro comandou a zaga, correu quase o campo todo e salvou bolas que pareciam certas do Caxias. Seja por cima, no mano a mano ou na velocidade, passar pelo defensor foi coisa rara.


Na frente, Pedro Raul fez o gol que garantiu a classificação. Já seria suficiente, mas o camisa 9 foi responsável pela maioria das jogadas de perigo. Criou outras boas chances no primeiro e no segundo tempo, além do trabalho de pivô que ajudou o time em alguns lances.



Pedro Raul foi uma das raras boa notícias da noite — Foto: Vitor Silva/Botafogo


O jogo de quarta foi mais uma etapa de um time em reconstrução, que mudou muito o elenco, fez 13 contratações e colocou quatro caras novas no time titular. O que não freia a cobrança dos alvinegros por futebol bem jogado. A começar por domingo, no clássico contra o Fluminense.


Nesta quinta-feira, o Botafogo treina pela manhã em Caxias do Sul e viaja à noite de volta ao Rio de Janeiro. A reapresentação no Estádio Nilton Santos está marcada para sexta. O jogo contra o Flu está marcado para as 16h (de Brasília) de domingo, no Maracanã, pela sexta rodada da Taça Guanabara.



Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Caxias do Sul, RS

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