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quinta-feira, 16 de abril de 2020

Marcinho chega à metade do tratamento e lamenta interrupção do "melhor momento da carreira"


Lateral está em recuperação desde os primeiros dias de janeiro e absorve baque após terminar 2019 com titularidade e convocação. Médico do clube explica trabalho em meio a quarentena


Marcinho se reapresentou em janeiro à espera de um grande 2020 pelo Botafogo. Depois de duas temporadas como titular e uma convocação para a seleção brasileira, o jogador planejava começar com todo o gás o que poderia ser o melhor ano da carreira. Expectativa virou decepção ainda nos primeiros dias de treino.



Marcinho teve baque nos primeiros dias da pré-temporada — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Tudo ficou em risco com a lesão séria no joelho sofrida ainda nos primeiros dias do ano e o diagnóstico médico de retorno apenas na metade da temporada. O lateral-direito conversou com o GloboEsporte.com sobre os primeiros meses atípicos de trabalho, que ficaram ainda mais estranhos devido à pandemia do novo coronavírus.


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- A expectativa era a melhor possível. Terminei o ano em alta, com convocação. Vivia o melhor momento da carreira. É um baque, porque eu tracei metas, objetivos, queria coisas maiores. Mas, estou tranquilo, com a cabeça boa. Me sinto bem com o futebol, lido de uma maneira diferente, mais tranquila do que em relação à minha primeira lesão - disse.



Marcinho marca Neymar em treino da Seleção em outubro de 2019 — Foto: Lucas Figueiredo/CBF


Tratamento chega à metade

Nos dois primeiros meses, os dias de Marcinho foram concentrados no departamento médico e na fisioterapia do Botafogo. Desde o último dia 16, no entanto, o jogador ganhou mais um desafio: a quarentena. Agora, o atleta fica entre os cuidados para não contrair a Covid-19 e o esforço para finalizar o tratamento.


- Às vezes, consigo trabalhar na praia, mas eles proibiram areia também nos últimos dias. Procuro fazer reforço muscular, essas coisas. E, por esse lado, a quarentena está me ajudando, pelo menos no sentido de tempo perdido. Está todo mundo parado também - contou.



Lateral não fez nem uma semana de treinos antes da lesão — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Depois de três meses dedicados à fisioterapia, Marcinho está quase pronto para passar ao estágio final, a transição física. O coordenador médico do Botafogo Christiano Cinelli projeta que o atleta estará liberado para recobrar o condicionamento no final de abril.


- O Marcinho está entrando no quarto mês de pós-operatório. Está muito bem, fazendo fisioterapia com orientação dos profissionais do Botafogo. Em breve voltará à parte física. Dentro do possível, é claro, nessa situação do coronavírus. Vamos tentar fazer com que a parte física dele não seja tão alterada, mas depende de como ele vai evoluir. Esperamos que até o fim do mês ele acabe essa parte inicial para iniciar a transição - explicou Cinelli ao GloboEsporte.com.


- A previsão era de cinco ou seis meses e cheguei na 12ª semana, três meses. A quarentena muda a intensidade do tratamento. Faço três vezes na semana na casa do meu fisioterapeuta. Nos outros dias eu tento fazer algumas coisas, mas dentro da limitação que eu ainda tenho - completou o jogador.


Bate-bola com Marcinho

Como tem sido o dia a dia e o contato com o clube?

Faço fisioterapia às segundas, quartas e sextas. Nos outros dias da semana eu tento complementar de alguma maneira. Com o clube, a gente tem um grupo e se comunica por lá. Agora, um pouco menos porque entramos em férias. Antes disso, o professor Paulo (Autuori) passou alguns vídeos sobre tática. O Capella (preparador físico) passou uma cartilha para quem estava jogando.


Disputa por posição

Barrandeguy é um jogador uruguaio, de muita luta, garra, marcação. Tem as qualidades dele. Junto com o Fernando, é uma disputa aberta. Quero voltar logo e jogar, mas sempre respeitando os meus companheiros de posição. Está sendo uma disputa sadia. Cada um tem os próprios objetivos individuais, mas os objetivos coletivos são sempre os mesmos.



Marcinho e Fernando disputam posição desde 2019 — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Contato com Autuori

O meu networking de futebol, graças ao meu pai e aos meus tios, é muito bom. Então, já conhecia o professor Paulo. Não pessoalmente, mas por histórias. O meu pai mesmo foi treinado por ele. Pelo pouco que tive de contato, deu para conhecer melhor. Falo bastante com o professor Renê também, que é o auxiliar técnico. Ainda não conheço no trabalho de campo do dia a dia, mas esse contato pessoal tem sido muito bom.


Primeira impressão sobre Honda


Troquei uma ideia rápida com ele, até porque o diálogo não é tão simples. Dentro de campo será mais fácil. Foi só um papo furado mesmo, mas parece ser um cara bem legal, bem tranquilo. Foi uma grande contratação do Botafogo, é um grande jogador, que passou por outros grandes clubes e é referência no país dele. Pelo que vimos até agora, o saldo é muito mais positivo. Algo negativo poderia ser a idade, mas, pelo que vi treinando, está muito em forma. Foi uma grande contratação.


Como avalia o início de ano do Botafogo?

Tem muito pouco para ser avaliado nesse início de temporada. Na competição que é a mais importante, a Copa do Brasil, vencemos e passamos de fase. Ainda é pouco para avaliar. Por enquanto, vejo como positivo esse início de ano. Sobre desempenho, o jogo contra o Paraná foi muito bom, gostei muito do jogo. Os piores foram os do início da temporada. Time desentrosado, cheio de garotos... Mas nada que não seja ajustável.


Fonte: GE/Por Emanelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

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