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terça-feira, 14 de julho de 2020

Ambidestro, Matheus Babi vai além dos 1,91m; veja gols e o que ex-técnicos dizem sobre reforço do Botafogo



Grandalhão, atacante de 22 anos marcou de cabeça 1/3 dos gols da carreira, mas também pode servir ao Botafogo de outras formas: "É um menino extremamente técnico e de muita qualidade"



Um dos reforços contratados pelo Botafogo para a sequência da temporada, Matheus Babi foi apresentado de maneira oficial na última sexta-feira e afirmou, entre outras coisas, que iria honrar a camisa "o máximo que puder". É a primeira chance em um clube grande do atacante de 22 anos que atuou profissionalmente apenas por Macaé e America.


+ Botafogo pode adquirir maior parcela de Babi até fim do ano


O que desperta atenção logo de cara é sua altura: Matheus mede 1,91m. Atributo que, como atacante, lhe dá bastante vantagem quando o assunto é bola aérea. Dos 23 gols marcados por ele até aqui na carreira, oito foram de cabeça (1/3, portanto), enquanto a maioria dos outros nasceu de bolas alçadas na área que o atacante de alguma forma completou para as redes.



No Macaé: 11 gols em 45 jogos
No America: 12 gols em 27 jogos


Veja todos os 23 gols da carreira de Matheus Babi:



Veja todos os 23 gols da carreira de Matheus Babi, novo reforço do Botafogox Clique no LinK: https://globoesporte.globo.com/video/veja-todos-os-23-gols-da-carreira-de-matheus-babi-novo-reforco-do-botafogo-8680679.ghtml)


Em sua apresentação, no entanto, Matheus apresentou credenciais que vão além da altura. Como, por exemplo, o fato de ser ambidestro.


- Eu procuro ser bastante dinâmico, finalizo com as duas pernas, tenho um bom cabeceio. Apesar de ser alto, procuro me movimentar bastante. Isso me ajuda a receber o passe, eu facilito para os companheiros - disse ele.


Pelos seus gols, é possível observar essa facilidade em finalizar com as duas pernas. Como, por exemplo, nos confrontos contra o URT pela Série D do Brasileirão de 2018, quando o atacante vestia a camisa do Macaé. No primeiro jogo, ele recebeu dentro da área e fuzilou o goleiro adversário com a canhota. No segundo, ele dominou a bola praticamente no mesmo pedaço da área, mas deu um tapa de direita que morreu no ângulo.


Matheus Babi em treino do Botafogo no Nilton Santos — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Matheus Barcelos da Silva, o Matheus Babi, nasceu em Macaé e começou a carreira justamente nas categorias de base do clube da cidade. Em 2016, aos 18 anos, recebeu sua primeira chance no profissional durante a Série C do Brasileirão por conta das boas atuações no estadual da categoria - ele terminou a competição sub-20 com sete gols marcados. Josué Teixeira foi um dos seus primeiros treinadores na equipe principal.



- É um jogador de muita qualidade técnica e vai crescer muito. É ambidestro, só precisa trabalhar mais um pouco o cabeceio dele. Mas tem boa velocidade, sabe fazer o pivô, o que é importante para alguém grande como ele, para fazer a proteção. Acho que vai encaixar bem como substituto do Pedro Raul - acredita o técnico, que está sem clube desde que saiu do Americano no início do ano.


"E, além de tudo, é uma pessoa exemplar, um bom garoto. Não é de dar problema", completa ele.


Ainda em 2016, foi negociado por empréstimo ao Grêmio, onde passou a ser chamado de Matheus Barcelos. Pela equipe, disputou o Campeonato Gaúcho, a Copa do Brasil e alguns jogos do Campeonato Brasileiro, todos eles na categoria sub-20. Também fez parte do elenco campeão da Copa China América-Latina 2017, disputada em Zhuhai, na China. Ele foi o vice-artilheiro gremista na competição, com três gols.


O Grêmio não exerceu o direito de compra ao fim do contrato de empréstimo, e Matheus voltou ao Macaé em dezembro de 2017. Então com 19 anos, passou a fazer parte de maneira definitiva do elenco principal e, ainda sob o comando de Josué Teixeira, participou de 23 jogos na temporada 2018 e marcou seus três primeiros gols como profissional. "O importante nele é que ele sabe fazer gol", pontua Josué com convicção.


Foi em 2019 que Matheus Babi viveu o melhor momento da carreira até então. Ele disputou a Seletiva do Campeonato Carioca com o Macaé, fez três gols, mas, como a equipe não conseguiu se classificar para a fase principal, foi emprestado ao America para a disputa da segunda divisão. Titular no Mecão, ele marcou 11 gols e terminou como vice-artilheiro da competição - só quem fez mais gols que ele foi seu companheiro de ataque, Pedrinho, com 14.


- O Babi é um menino extremamente técnico. Extremamente - afirma Ney Barreto, que foi seu técnico no America.



Matheus Babi e Ney Barreto em ação pelo America — Foto: Márcio Menezes


"É um jogador que tem bons fundamentos na finalização do cabeceio. E, apesar do tamanho, não é lento. Ele tem boa mobilidade, se movimenta bem, tem habilidade. Repito: ele não é só alto, não joga só na referência. Ele pode cair pelos lados também, essas são as características de jogo dele", acrescenta Ney.


Na opinião de Ney, só o que Matheus Babi precisa aprimorar com certa urgência é a questão da musculatura.


- Ainda precisa melhorar um pouco, o que certamente vai acontecer agora numa equipe com melhor estrutura. Ele faz bem o pivô, principalmente jogando de costas. Mas quando é muito pressionado, acaba tendo um pouquinho de dificuldade. Ele pode ganhar mais massa muscular e força, mas isso é o de menos.


Com o nome publicado no BID da CBF, Matheus Babi aguarda as definições do rumo do futebol brasileiro pra saber quando vai poder estrear com a camisa do Botafogo.




Fonte: GE/Por Tébaro Schmidt — Rio de Janeiro

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