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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Análise: Botafogo melhora com substituições, mas cochilo defensivo custa novo empate


Time alvinegro deixa escapar mais dois pontos por erro bobo nos minutos finais; veja o que deu certo e o que deu errado no empate em 1 a 1 com o Athletico-PR pelo Brasileirão




Melhores momentos: Athletico-PR 1 x 1 Botafogo pela 9ª rodada do Brasileirão 2020



Um no primeiro tempo, outro no segundo. Assim foi o Botafogo no empate em 1 a 1 com o Athletico-PR, na Arena da Baixada, na última quarta-feira. Após sofrer pressão na etapa inicial, o time de Paulo Autuori cresceu nos minutos finais e, mais uma vez, viu a vitória escapar no fim após relaxar.


+ Autuori reclama de vacilo no fim e quer Botafogo mais maduro


A saída de bola foi o grande problema alvinegro no início da partida. Com a marcação alta, o Athletico pressionou e empurrou o time visitante para o seu campo de defesa. Com um meio de campo inofensivo, o Botafogo não teve domínio e transição, deixando Babi e Kalou em situação desconfortável. Os atacantes pouco participaram do jogo na Arena da Baixada, não por culpa deles.



Botafogo sentiu a falta de Honda na organização do jogo e saída de bola e teve muita dificuldade na transição. Foi nada agressivo no primeiro tempo, limitando-se às bolas longas.



Luiz Otavio vai mal em missão de substituir Honda — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Foi numa bola longa que o time chegou ao gol, bem invalidado pelo VAR por impedimento de Caio Alexandre. A equipe só conseguiu melhorar quando subiu a marcação, mas o goleiro Santos terminou a primeira etapa como um espectador de luxo. O Botafogo, que viu Cavalieri impedir o gol adversário no primeiro minuto de jogo, teve apenas duas finalizações.


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Rhuan muda o jogo


Naturalmente, o Athletico-PR não conseguiu manter o volume e cansou na etapa final. É aí que Autuori muda o jogo para o Botafogo. Com Rhuan no lugar de Kalou, o time saiu para o ataque e a pressão mudou de lado. O atacante vira a opção de velocidade que faltou no tempo inicial e sofre o pênalti que colocou o Bota à frente do placar.


+ Rhuan entra bem e Caio Alexandre se destaca, mas defesa vacila



Rhuan aparece muito bem em empate do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Não só Rhuan foi destaque. Caio Alexandre apareceu como alternativa no ataque e recompôs na defesa. Com muita disposição, o volante desequilibrou para mudar o jogo e levar o Botafogo à frente.



De duas finalizações no primeiro tempo, o Botafogo chegou a dez na etapa final.


Erros bobos

Só que, mais uma vez, o Botafogo cochilou e deixou de conquistar três pontos no campeonato. O time perdeu quatro pontos em dois jogos seguidos por erros bobos. Depois de abrir o placar aos 34 minutos, o time se desestabilizou e desfez o comportamento defensivo. Victor Luis não acompanhou Geuvânio, que teve espaço suficiente para criar o gol de empate. O Athletico ainda teve pênalti em mais uma desatenção do Bota, mas Nikão desperdiçou.


O time alvinegro, prestes a ter um resto de semana tranquilo, teve apenas alguns minutos de paz: o Athletico-PR conseguiu quatro finalizações após os 43 minutos do segundo tempo e, inclusive, acertou uma bola no travessão de Cavalieri.


O erro é recorrente e cansa. O Botafogo sofreu gols nos minutos finais em outras três partidas do Brasileirão: destas, só venceu uma. O time então deixa para trás seis valiosos pontos, que podem fazer muita falta lá na frente. "Precisamos de mais foco e concentração", resumiu Autuori após o empate.


Os erros não podem ficar apenas como lição. Esse relaxamento nos minutos finais tem custado caro. Apesar do pouco tempo para treinar, Autuori agora tem quatro jogos em sequência no Rio de Janeiro: Vasco (Brasileirão e Copa do Brasil) e Santos (Brasileirão). O período sem viagens significa um pouco menos de desgaste e mais horas para trabalhar essas questões.



Forster deixou a desejar no empate em Curitiba — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Deu bom

Diego Cavalieri. Mais uma partida segura do substituto de Gatito Fernandez, que poderá desfalcar o Botafogo na sequência. O reserva mostra total condição de assumir a meta alvinegra.


Kanu. A cada jogo que passa, o zagueiro se firma na meta do Botafogo com boas atuações.


Caio Alexandre. O melhor jogador em campo pelo Botafogo, participando ativamente do momento em que o time passou a dominar o Athletico.


Rhuan. Aparece como opção importante para dar velocidade ao time de Paulo Autuori. Como aconteceu no fim de 2019, o atacante volta a ser decisivo ao entrar no segundo tempo.


Deu ruim

Saída de bola. O Botafogo foi dominado no primeiro tempo e não conseguiu trocar passes e transitar da defesa para o ataque.


Luiz Otávio. O volante foi praticamente nulo e não deixou o torcedor esquecer Honda, que fez falta ao time do Botafogo.


Rafael Forster. Sobrecarregado, errou muitos passes, não conseguiu ser o jogador de ligação que se esperava e quase entregou o ouro no fim da partida.


Cochilo caro. O Botafogo se desligou após marcar o gol e cometeu erros que não havia cometido antes na partida. Com a marcação fechada até então, o time se abriu para o Athletico empatar e quase virar o jogo.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

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