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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Cão de guarda, físico e histórico ruim: Carlos Rentería, reforço do Botafogo


Meio-campista, contratado pelo Alvinegro, tem currículo marcado por problemas extracampo na Colômbia e se destaca por ser um primeiro volante defensivo




Carlos Rentería no Tolima (Foto: Divulgação/Tolima)



O primeiro volante que Paulo Autuori buscava chegou. Com o aval do próprio treinador, o Botafogo contratou Carlos Rentería, de 25 anos. Livre no mercado desde que saiu do Tolima, no fim da última temporada, o colombiano assinou por dois anos e chegou sem custos aos cofres do Glorioso.


"Neneco" Rentería traz características que o elenco do Botafogo não possui. É um primeiro volante focado no apoio defensivo e que participa pouco da criação de jogo. Paulo Autuori, quando treinava o Atlético Nacional, em 2019, viu Carlos atuar de perto. Com a oportunidade de contratá-lo sem custos, aprovou a transferência.

O volante tem maior participação nos aspectos defensivos. No último Campeonato Colombiano, Rentería, atuando em 13 duelos - quatro destes como titular - teve médias de 1.7 disputas de bola vencidas, 1.2 duelos no chão ganhos e 0.4 interceptação por partida - os dados são do portal "SofaScore".



- (Neneco) Tem muito porte físico, sabe chegar no corpo e é rápido. Joga mais como primeiro volante, mas também pode jogar como zagueiro. É forte, mas não joga há muito tempo. Ficou livre de contrato do Tolima no ano passado e desde então não jogou mais - afirmou um diretor executivo do Tolima com exclusividade ao LANCE!.



A participação associativa de jogo, contudo, é o problema de Rentería. O colombiano contribuiu com 9.8 passes certos (82% de acerto) por partida na última edição do Colombiano - este número, por exemplo, seria o menor entre as médias dos atuais atletas de meio-campo e defesa no plantel do Botafogo. O número de bolas longas é ainda menor: 0.5 corretas por duelo, com 58% de aproveitamento.

Neneco também carrega um histórico de problemas extracampo. O meio-campista viveu bons momentos no Tolima, principalmente em 2018, mas nunca conseguiu manter a consistência com histórias além das quatro linhas.

- Rentería é um primeiro volante, marcado por uma boa recuperação. Não é bom na saída de bola. Teve bons momentos mas não é muito disciplinado, principalmente com bebidas alcoólicas - afirmou Julian Caprera, jornalista que acompanha o Tolima.

O ritmo de jogo, provavelmente, é outro fator que vai pesar negativamente para Carlos Rentería. O meio-campista não entra em campo desde 2 de junho do ano passado, quando o Tolima derrotou o Atlético Nacional. São, portanto, mais de 13 meses sem fazer um jogo oficial.


Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

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