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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Chamusca diz que Botafogo cumpriu obrigação de vencer com autoridade: "Muita coisa positiva"


Treinador fica satisfeito com produção diante do Macaé e avalia trabalho de olho na Série B






Melhores momentos: Botafogo 4 x 0 Macaé pelo Campeonato Carioca 2021



Marcelo Chamusca ficou satisfeito com a vitória do Botafogo sobre o Macaé por 4 a 0, neste domingo, na despedida da Taça Guanabara. Em entrevista coletiva, o treinador afirmou que a equipe cumpriu a obrigação de vencer com autoridade o lanterna do Carioca.


- Acho que a mecânica que foi trabalhada ao longo da semana foi muito boa. Os jogadores, inclusive, tiveram uma fidelidade muito grande. E nós tivemos no primeiro tempo um controle muito bom do jogo. O adversário pouco nos atacou, pressionamos muito. Conseguimos recuperar muito a bola no campo deles. E o goleiro deles trabalhou muito bem. Foi um jogo em que fizemos muitas finalizações, sendo que acertamos algumas vezes e fizemos quatro gols. A obrigação do Botafogo era vencer o jogo e vencer com autoridade. Independente da fragilidade ou não do adversário. E foi isso que nós fizemos.


- Fizemos um jogo só que em um momento do segundo tempo, quando fizemos as substituições, perdemos o controle pelas substituições que acabaram entrando, mas depois voltamos a controlar. Terminamos o jogo jogando muito bem. O trabalho na semana foi para que tivéssemos imposição. E tivemos 62% de posse de bola, 20 finalizações e para que pudéssemos terminar vencendo. Uma vitória que para nós é importante. E vencemos com autoridade. Teve muita coisa positiva - avaliou o comandante.



Fora das semifinais do estadual, o Botafogo disputará a Taça Rio - enfrentará o Nova Iguaçu. Em maio, começará a disputa da Série B. Na avaliação do treinador, o Botafogo precisa evoluir para voltar à Série A:


- Se tem uma coisa positiva ao longo deste período é que jogamos bastante contra adversários com características diferentes. Jogos com mais pressão e menos pressão. Pegamos adversários de bloco baixo, adversários que pressionaram a gente. Rodamos bastante. Hoje eu tenho um conhecimento, que é o lado mais positivo. Hoje eu tenho conhecimento dos nossos atletas. E isso nos dá uma condição de construção, que fizemos na última semana e vínhamos tentando com certeza dificuldade pelo tempo que não tivemos de treinos. Mas, com conhecimento maior da característica dos atletas, ter um conhecimento maior do clube, dos encaixes.


- O futebol na verdade é você conseguir encaixar os jogadores dentro de uma mecânica que você possa ter equilíbrio e atacar. Com mais tempo de treino, hoje já conseguimos apresentar um volume maior. Mas precisamos evoluir em vários aspectos. Hoje melhoramos nossa efetividade, nossas finalizações e gols marcados. Hoje evoluímos, mas precisamos ainda evoluir, porque vamos ter jogos em que não teremos oportunidade igual contra o Macaé. Temos que crescer na consistência defensiva. Já apresentamos no jogo contra o Fluminense uma consistência maior. E quando tivermos fazendo nossas construções, melhorar nas construções pós-perda. Mas isso só se consegue com semana cheia para treinar.



Marcelo Chamusca, técnico do Botafogo, na goleada sobre o Macaé — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF



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Jogadores que saíram


- Todos os atletas que saíram ao longo da competição, quando iniciamos o trabalho, eram jogadores que tinham contrato com o Botafogo e não tinham nenhuma proposta oficial para eles. Era natural que a gente utilizasse. Não existia nenhum indicativo. Tinha algumas especulações, como no caso do Babi, no caso do Nazário, do próprio Benevenuto. Mas a proposta oficial não tinha. O próprio Zé Welison também foi um processo parecido. Utilizamos porque entendemos que os jogadores já tinham uma mecânica e um entrosamento interessante e iam abreviar um pouco a nossa construção e entrosamento da equipe por termos jogadores que se conheciam um pouco mais. Apesar de entendermos que existia uma questão de desgaste para eles. Acabaram surgindo propostas que foram interessantes para eles e para o clube. E a vida de cada um segue.


Rickson


- Em relação ao Rickson, ele é um jogador que tem contrato, vem evoluindo nos jogos. Não é porque ele fez um gol hoje. Ele fez um gol por mérito. Mas ele fez um jogo muito bom hoje. No jogo do Fluminense ele também fez um jogo muito consistente. E aqui trabalhamos na perspectiva de análise permanente de performance. Em todas as semanas, em todos jogos, vamos continuar analisando e mantendo o nosso trabalho, a organização da equipe.


- A implementação da mecânica não está atrelada a jogador A ou B. Independente do jogador que vai fazer a função, nós vamos e já estamos tentando estabelecer. É dessa forma que vamos continuar trabalhando. Caso tenhamos a opção de outro jogador, e isso pode acontecer, para o lugar do Rickson, ele vai entrar para exercer basicamente a mesma função que o Rickson. Estamos buscando uma mecânica, estamos aprimorando essa mecânica nessas semanas cheias que tivemos. E o ideal é que continuemos analisando os jogadores que estão performando melhor.



PV é titular?


Em relação ao PV, ele é um jogador que tem essa virtude, essa qualidade, de ter uma visão muito boa nessa última bola, naquele espaço. E como nós temos jogadores mais com características de atacar com bola rápida... Por exemplo, quando tínhamos o Babi, optamos pela opção de fazer o jogo aéreo com o Babi. Com Nascimento, com Ronald, com Ênio, com Marcinho, com Felipe e com o próprio Marco Antônio, temos a opção de bola rápida. Com o PV treinamos a opção de bola rápida. E uma parte do treino foi isso de jogo que chamamos de combinação com posicionamento de bola rápida, por conta da característica dos nossos jogadores.


- E o PV vem evoluindo, vem maturando, porque é um jogador jovem que vem tendo as primeiras oportunidades no profissional. Não temos neste momento nenhuma intenção de irmos ao mercado buscarmos lateral-esquerdo. Temos na posição quatro jogadores. Além do Guilherme e do PV, temos o Rafael Carioca e o Hugo, que está voltando de lesão. Então, estamos muito bem servidos na posição.


Warley


O Warley é lateral de origem, então, não é nenhuma improvisação. Ele consegue bem fazer bem o corredor. Principalmente na recomposição defensiva e pode ser usado tranquilamente. Mas também temos a intenção, independente da atuação do Warley, de trazer um jogador para disputar posição com o Jonathan. É só questão de tempo e acharmos no mercado. Mas está muito difícil neste momento achar um jogador com a característica que vai nos ajudar na montagem do elenco para a Série B


Pedro Castro


O Pedro Castro encaixou muito bem, desde o primeiro jogo, se eu não me engano, fez a estreia contra o Resende. Ele fez um jogo bem consistente, é um jogador que tem um bom controle. Um jogador que joga por dentro. E dá muita opção de saída para a linha defensiva e consegue ter ações bem interessantes no último terço do campo. Como o chute de fora da área, ele rifa bem a bola. É um jogador que nos primeiros jogos encaixou muito bem na mecânica da equipe. E eu concordo que quando ele machucou, tivemos muita dificuldade dentro do nosso elenco para substituí-lo e acharmos um jogador com suas características.



- Não só características posição-função como falamos. É um jogador maduro, muito experiente, que jogou em várias equipes. E isso traz um diferencial para o Botafogo. E eu não acho que é coincidência, não. E à medida que formos entrosando a equipe, a tendência é que ele até jogue melhor e evolua. Ele ficou mais de um mês sem jogar e fez um bom jogo. Fez o primeiro gol e isso deu uma aliviada. Estávamos muito ansiosos. É um jogador muito importante para nós e vamos continuar com uma ideia onde ele possa trabalhar em alguns momentos como volante e até mais adiantado também.


Orientações na parada técnica


Na parada técnica quando eu cobrei dos jogadores diminuir a inversão com bola longa, porque a característica do adversário, eles montavam uma linha de seis jogadores. E quando tentamos fazer a inversão em bola longa, eles balançavam e fechavam bem os espaços. Trabalhamos ao longo da semana esta última linha, esta linha de seis, mas atacar com a bola no chão, como fizemos no segundo tempo. E foi isso que cobrei dos jogadores.


- Acho que nós tivemos muito controle no primeiro tempo, tivemos quatro ou cinco oportunidades de abrir, mas o time estava muito ansioso nessa última bola. Mas a partir do momento que fizemos o primeiro gol, aí deu um pouco mais de confiança, de forma mais natural, sem controlar as ações. E crescemos. Depois do segundo gol e das substituições, até perdemos um pouco de controle ao longo de cinco minutos. Mas depois o time se ajustou e em um trabalho de pé em pé conseguimos criar boas oportunidades. Então, o que eu cobrava da equipe era um ataque maior nas linhas adversárias e atacar mais nos corredores com bola no chão.


Matheus Nascimento


É um jogador muito jovem. Se você for analisar o histórico dele. É um jogador que subiu do sub-17 direto para o profissional. Jogou poucos jogos no sub-20 e está tendo a oportunidade jogar em um momento que estamos trabalhando para encaixar melhor a equipe. Não era o momento ideal, mas na nossa necessidade tivemos que colocar o Matheus. Ele estava ansioso, porque é um jogador de muita qualidade técnica e a maior virtude dele, ele não estava conseguindo transferir para o jogo. Hoje ele conseguiu. Acredito que com esse gol ele vai ganhar confiança e a tendência é ele crescer porque é um jogador de muito potencial.



Planejamento para a Taça Rio


Na verdade, a nossa ideia é utilizar a nossa equipe principal para iniciar a competição (Taça Rio). O que vai acontecer durante a competição vai depender do calendário proposto pela federação do Carioca. Então, agora no vestiário, eu já conversei com Freeland, que vai conversar com a Federação sobre as datas. E vamos semana a semana, com calma, em cima das datas, fazer o nosso planejamento, tentando melhorar a nossa equipe. Mas o Botafogo quando entra em qualquer competição tem que jogar para vencer. Tem jogar para ter resultado. Eu vim aqui para buscar os três pontos, não vim aqui para empatar. Vim aqui para buscar os objetivos.


Importância da vitória


A vitória é muito importante pelo momento. Vínhamos de uma sequência de empates. Empatamos demais alguns jogos que tivemos condições de vencer. E isso causa um desgaste para todos, não só para o treinador. E sentimos nos jogadores as dificuldades. As vitórias são importantes dentro do nosso cenário, do imediatismo que é o nosso futuro. O que te garante continuidade e crescimento são os resultados. Deveria ser o inverso. E não é só ganhar. Poderíamos ter vindo aqui, ter ganhado, muitos adversários ganharam do Macaé, mas ganhamos com autoridade, construindo, fizemos gols com construção de jogadas. E isso nos dá um alento que a equipe está começando a assimilar e ter uma mecânica de jogar.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

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