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segunda-feira, 28 de junho de 2021

Justiça do trabalho separa venda de PV para salários do Botafogo e impede penhora de Oswaldo


Treinador conseguiu autorização para ficar com 20% do valor a ser pago pelo Internacional na negociação, mas prevaleceu acordo dos cariocas que beneficia funcionários




O dinheiro que o Botafogo tem direito pela venda de Paulo Victor ao Internacional será todo revertido para pagamento de salários de funcionários do clube. Na última sexta-feira, a justiça do trabalho determinou que os gaúchos depositassem todo o montante, sem espaço para outras penhoras.


O pedido foi feito pelo Ministério Público do Trabalho e aceito pelo juiz Pedro Figueiredo Waib, da 75ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Este bloqueio faz parte do acordo entre o clube, o Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Sindeclubes) e o poder público para garantir que o pagamento de salários tenha prioridade em relação às cobranças de outros credores.



"Expeça-se e-mail a SPORT CLUB INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE com cópia do presente despacho, o qual dou força de ofício, determinando que sejam transferidos à disposição deste Juízo quaisquer valores dos quais BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS seja credor decorrente da contratação do jogador Paulo Victor. Deverá o SPORT CLUB INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE ficar ciente ainda de que esta determinação de penhora tem caráter preferencial.", informou o juiz.




Agora ex-Botafogo, PV já foi apresentado pelo novo clube — Foto: Ricardo Duarte/Inter


A decisão, portanto, se sobrepõe à autorização que o treinador Oswaldo de Oliveira conseguiu na última semana para ficar com 20% da grana pela transferência. O técnico tem valores a receber e conseguiu, na 14ª Vara do Trabalho do Rio, permissão para bloquear parte dos valores, mas esbarrou no acordo entre o clube alvinegro e as autoridades. Na última sexta, o Bota já havia afirmado que toda a grana seria gasta com salários.



Em abril, o Botafogo renovou o trato com a Justiça para arrecadar até R$ 39 milhões nesta espécie de penhora positiva, para que os trabalhadores recebam sem atrasos pelo menos até dezembro, desde que arrecade o suficiente para isso. Recentemente, o clube usou esse mesmo fundo para quitar as indenizações de funcionários demitidos.



Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

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