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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Com "malvadinho" em casa, Chay dá 200% pelo Botafogo e diz que fase com Chamusca era "questão nossa"


Artilheiro da equipe na Série B, meia-atacante comenta que Enderson ainda não teve tanto tempo para imprimir estilo e diz que Eron o faz se dedicar ainda mais em campo



A fase quase não poderia ser melhor para Chay. Artilheiro do Botafogo com sete gols em 13 jogos na Série B pelo clube, vindo de três vitórias seguidas na competição e, ainda por cima, com a chegada do primeiro filho biológico. Não fosse a distância para o G-4, que tem diminuído a cada rodada, daria para dizer que a vida do meia-atacante alvinegro não teria como ficar ainda melhor.


Eron, o "Malvadinho", nasceu no último dia 19 e já tem conjunto completo do time do pai. Em entrevista ao ge, Chay contou que o filho o faz se dedicar ainda mais em campo. Mas enquanto alguns têm dificuldade para acompanhar a Olimpíada de Tóquio, outros lutam para manter o sono em dia com um recém-nascido em casa.


- É, na medida do possível, né... Todo mundo que é pai e tem filho pequeno em casa sabe que é complicado... A criança acorda cedo pra mamar, mas a minha esposa (Andressa) é bastante guerreira, ela tem me ajudado bastante. Ela entende que eu preciso descansar, eu tento ajudar como posso. Nesses primeiros dias minha mãe também tá lá em casa ajudando a gente. Mas tá sendo maravilhoso.




- Eu já sou pai há um tempinho. Tenho um enteado, o Artur, considero ele meu filho, que é um garoto excepcional. É uma fase nova de sono, ter que conciliar ali, mas o carinho que eu tenho por ele eu tenho também pelo Eron. Eu estou muito feliz, era um sonho meu que estou realizando. É o "Malvadinho" (risos). Sou um cara que estou sempre motivado, sempre busco alcançar voos mais altos. Claro que meu filho alimenta minha força, minha energia, sabe? Antes, se era 100, agora tem que ser 200%, então, com certeza dá uma motivada.


O 100% de aproveitamento do Botafogo nas últimas três rodadas faz com que a torcida volte a enxergar o acesso para a primeira divisão como uma possibilidade real. Antes da chegada de Enderson Moreira, a equipe estava mais próxima da zona de rebaixamento do que do G-4.


A mudança de ânimo parece ser considerável, mas o camisa 14 garante que é a mesma coisa de antes. Segundo ele, a diferença é que estão menos desatentos, principalmente na defesa.


- Acho que ainda tem muito do Chamusca aqui. Compramos a ideia do Enderson, com certeza, senão não daria certo. Mas ele não teve nem tempo de trabalho e treinamento. Compramos a ideia nas conversas e nos vídeos que são passados. Éramos aguerridos, mas acho que era mais uma questão nossa, não tem a ver com o treinador. Estávamos sendo desatenciosos e as coisas desandavam, a gente fazia os gols e dormia em alguns momentos que não podia e isso foge do controle do treinador. A gente abraçava a ideia do Chamusca e está abraçando a do Enderson.





Chay comemora o primeiro gol do Botafogo no clássico com o Vasco. "Chama o teu vulgo, Malvadão" — Foto: Vitor Silva/Botafogo



- Acho que o comprometimento a gente sempre teve. A gente começou a acertar algumas coisas que não estávamos acertando nos jogo. Melhoramos na nossa parte defensiva, tivemos mais atenção nos jogos, estamos fazendo gols que naturalmente a gente vinha fazendo mas eu acho que é a parte defensiva. Isso em conjunto. Não digo só o setor defensivo mas o grupo todo está bem comprometido ali de ter atenção até o final dos jogos e com isso os resultados estão vindo.


Chay deve ser titular mais uma vez no próximo domingo, dia dos pais, quando o Botafogo volta a campo para receber a Ponte Preta, às 20h30 (de Brasília), pela 15ª rodada da Série B. Com sete gols, ele é o vice-artilheiro da competição, empatado com outros três jogadores e atrás de Edu, do Brusque.



Enquanto o jogo não chega, aproveite pra ler mais do papo do ge com o homem-gol do Bota.



Clima parece que melhorou bastante com as vitórias e o ânimo parece ser outro. É isso mesmo?


- O ânimo tá bom, não que não estivesse antes, mas com com as vitórias com certeza as coisas melhoram. As coisas não estavam vindo e tá bom, tá todo mundo feliz e vamos buscar mais.


Mesmo atuando mais como meia, você tem sete gols pelo Botafogo. Esperava essa fase de artilheiro pelo clube em tão pouco tempo?


- Não é questão de não esperar, a gente entra em campo pra fazer o melhor, fazer gols e assistências, mas confesso que eu sempre fui um jogador muito mais armador, mais articulador do que finalizador. Mas eu estou feliz com o momento que eu estou vivendo. Sempre tive isso dentro de mim, de entrar na área e agora a bola tá aparecendo, eu estou finalizando e fazendo meus gols.


Briga boa com Navarro pra ver quem participa mais?


- É, jogamos no último terço do campo, né? Então é natural a gente participar mais dos que nos outros jogadores. Mas claro que tudo começa lá de trás e o grupo tá muito unido, com todo mundo tendo sua participação.


Em matéria que fizemos em junho, você falou que tinha estipulado algumas metas. Já alcançou alguma delas?


- Não, ainda não. Mas continuo com elas guardadinhas comigo. Lá no final, se Deus quiser, atingindo a gente fala sobre isso de novo.


No Tá Na Área você comentou que algumas pessoas te criticavam por ter vindo da Portuguesa e por causa do seu passado no fut 7. Esses questionamentos te incomodam?


- É sempre ruim escutar e ler coisas negativas, né? Mas eu sempre soube levar muito bem isso, só me fortalece. Sei dos meus objetivos, do meu potencial e quanto eu podia e posso ajudar o Botafogo. Eu sei lidar com isso. Pra mim todas as críticas são constitutivas então eu absorvo e tiro o que posso levar de melhor.





Chay, atacante do Botafogo, participa do Tá na Área e comenta dificuldades antes de chegar ao clube carioca (https://ge.globo.com/sportv/programas/ta-na-area/video/chay-atacante-do-botafogo-participa-do-ta-na-area-e-comenta-dificuldades-antes-de-chegar-ao-clube-carioca-9736133.ghtml)


Quase todo jogo o time do Botafogo tem perdido gols relativamente mais fáceis. Isso parece ter melhorado nos últimos jogos, mas ainda acontece. Como fazer pra ser mais eficiente?



- Isso é natural para um time que cria bastante né? Nós perdemos gols, sim, como qualquer outro time, mas é natural porque a gente cria muito. Nós somos um dos times, se eu não me engano, que mais cria na Série B. Pela última vez que vi acho que era o terceiro que mais cria oportunidade de gol. É natural, imagina como seria a situação se a gente fizesse todos os gols (risos). É natural, tem o adversário, tem goleiros qualificados do outro lado. A gente tenta melhorar o nosso dia a dia treinando, treinamos bastante mas é natural porque a gente cria bastante.


Você é um cara bastante ativo nas redes sociais, como tem sido essa interação com a torcida?


- É bom ter o carinho. As coisas estão dando certo e é natural no futebol. Eu tento manter uma relação próxima com o torcedor pra eles entenderem também que eu sou um ser humano, vou errar e acertar... Esse lance das músicas, foram eles mesmos que começaram com isso do Malvadão. Eles sempre postavam alguma coisinha e eu nem conhecia a música ainda, aí procurei e achei maneira. Eu e Navarro sempre que tem gol estamos fazendo a nossa dancinha que é o "ataque malvado" (risos). A relação é muito boa, espero que continue assim, estou feliz no Botafogo e é isso que importa.


Seu contrato com o Botafogo é de empréstimo até o fim do ano. Como andam as conversas sobre o seu futuro no clube?


- Eu me preocupo em jogar futebol. Isso aí fica com o meu empresário, a Portuguesa e o Botafogo. É como eu falo, estou muito feliz aqui, sou grato à Portuguesa pela oportunidade. O Botafogo tem o direito de compra contratual. Agora, como que tá o andamento disso daí, só o meu empresário, a Portuguesa e o Botafogo podem dizer. Eu estou preocupado só em jogar futebol.



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Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro

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