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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Um ano sem Gatito: após "pior ano da carreira", goleiro sonha com retorno e projeta futuro no Botafogo


Em fase final de recuperação de grave lesão no joelho, paraguaio sente como se estivesse recomeçando como jogador profissional e fala sobre futuro com a camisa alvinegra



Em 23 de setembro de 2020, Gatito Fernández entrava em campo sem a noção de que o empate com o Vasco, pela Copa do Brasil, seria seu último jogo com a camisa alvinegra no período de um ano. Em fase final de recuperação de uma lesão grave no joelho, o goleiro completa 360 dias fora do Botafogo nesta quinta-feira, mas com a certeza de que o retorno está próximo.


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Nas últimas semanas, Gatito voltou a treinar com bola e já faz treinos específicos para goleiro com os preparadores do clube. O jogador está em processo de readaptação e recondicionamento físico para ficar à disposição de Enderson Moreira. O paraguaio, inclusive, tem acompanhado de perto os jogos do Botafogo, com presença junto aos companheiros no vestiário.



"A expectativa para voltar é muito grande e eu me sinto como nos tempos em que nem era profissional ainda, sonhando em poder jogar no time de cima", disse ao ge.




Gatito em seu último jogo pelo Botafogo, contra o Vasco, em setembro de 2020 — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Relembre como foi o processo de recuperação de Gatito e veja o que está por vir na história do goleiro com a camisa do Botafogo:


Desgaste, mudança no tratamento e, enfim, a evolução


Apesar de ter feito há exatamente um ano seu último jogo pelo Botafogo, Gatito chegou a atuar depois com a camisa da seleção paraguaia, quando teve o edema ósseo no joelho direito agravado. O mal entendido rendeu acusações de ambos os lados.


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Já contra o Vasco, o goleiro sentiu dores e precisou tomar uma injeção para permanecer em campo. Convocado pelo Paraguai para amistosos em outubro, Gatito então se dedicou à recuperação e não atuou mais pelo Botafogo. O clube alegar que orientou a seleção paraguaia a deixar o goleiro em observação por mais 14 dias, para fazer outro exame no dia 16 de outubro.


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Porém, Gatito treinou normalmente com a seleção e entrou em campo contra o Peru no dia 8. Com dores, levou infiltração para suportar todo o jogo e voltou ao Brasil com a lesão agravada.


- Sem dúvidas esse período de um ano sem jogar foi o pior da minha carreira. Sem poder fazer o que mais gosto, que é jogar futebol, sem conseguir ajudar meus companheiros em campo. Mas posso dizer também que nunca vou esquecer desse momento por outro motivo: tive pessoas sensacionais ao meu lado, tanto na minha família ou amigos quanto no clube, ou mesmo recebendo mensagens dos torcedores - afirmou Gatito.


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Gatito participa nos bastidores enquanto se prepara para retorno ao Botafogo (https://ge.globo.com/video/gatito-participa-nos-bastidores-enquanto-se-prepara-para-retorno-ao-botafogo-9816760.ghtml)



Passado um ano, a avaliação é que houve um erro de comunicação entre o Botafogo e a seleção paraguaia. Se Gatito soubesse de fato a gravidade da lesão, o goleiro dificilmente se arriscaria, afinal não valeria a pena para o atleta trocar um jogo por um ano fora.


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Mas, mesmo com a gravidade da lesão, o Botafogo não projetou tanta demora para o retorno do goleiro. A expectativa era de que Gatito voltasse progressivamente aos treinos no início deste ano, mas o tratamento conservador não apresentou evolução.


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Em maio, o goleiro precisou ser submetido a uma artroscopia, quando a recuperação começou a andar. Em agosto, Gatito passou a fazer treinos físicos no campo e, no início de setembro, iniciou os trabalhos com bola. Depois de viver uma sina, o paraguaio respira aliviado.


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A concorrência no retorno pós lesão


A recuperação da grave lesão não significa necessariamente que Gatito vai voltar a ser titular. O clube tem a preocupação em não desgastar o ambiente interno e provocar um mal estar com os outros atletas. Diego Loureiro é atualmente o goleiro titular e tem agradado aos dirigentes e comissão.



Referência dentro do elenco, Gatito também não tem pressa em recuperar a titularidade. O paraguaio entende que vai precisar correr atrás do prejuízo e vencer a concorrência interna para ser escalado por Enderson Moreira.


O futuro no Botafogo




Gatito tem forte identificação com o Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Com a lesão e todas as dificuldades deste último ano no passado, Gatito e Botafogo agora começam a olhar pra frente. Ambas as partes já acenaram positivamente para a renovação. O contrato termina em 31 de dezembro de 2021, e o goleiro tem o desejo de permanecer em General Severiano, onde tem o carinho da torcida e está perto do status de ídolo.


- Não tivemos como avançar nisso, mas o presidente e o Freeland me passaram que a intenção deles era de renovar depois de voltar a jogar. Mas hoje o foco e pensamento é em estar novamente recuperado. Depois, com calma, vamos conversar sobre este tema nos próximos meses. O importante no momento é o Botafogo voltar para a Série A - afirmou.


O acordo dependerá da questão financeira, mas tudo indica que o desfecho será positivo. Com o retorno aos gramados, independentemente de jogar ou não, Gatito e Botafogo sentarão para definir os detalhes de um novo vínculo. Com o aval dos preparadores de goleiro, o clube vê o paraguaio como peça importante para a próxima temporada.



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Fonte: Por Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

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