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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Luís Castro tem média de sete desfalques por jogo no Botafogo


Principal causa é o alto número de lesões; português já teve partida em que não pôde escalar 12 jogadores



A média de desfalques do Botafogo desde o início do Campeonato Brasileiro é de 7,17 jogadores por partida. O principal culpado na dificuldade de Luís Castro em colocar em campo o time que considera ideal é a grande e incomum quantidade de lesões que o clube apresenta na temporada.


Desde a chegada do técnico português, 29 jogadores podem ser considerados desfalques. Desses, só três ficaram de fora apenas por suspensão: Hugo, Saravia e Daniel Borges. Isso significa que, ao todo, 26 atletas ficaram de fora por alguma razão médica ou física.


O levantamento do ge é com base no "Guia da Partida" que o Botafogo divulga horas antes de cada jogo. Após a chegada do técnico português, o clube passou a informar apenas que os jogadores estão "em tratamento" ou "em transição", sem especificar o que os deixou de fora. A exceção está nos casos de operação, em que o clube informa que determinado atleta precisará passar por alguma cirurgia.


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Luís Castro tem média de sete desfalques por jogo no Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



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Média de desfalques por jogo:

Total: 7,17
Por lesão: 6,26
Por suspensão ou regulamento: 0,91


Lesões são as vilãs

Somando a quantidade de partidas que cada jogador ficou de fora, o Botafogo teve 165 desfalques nos 23 jogos desde a chegada de Luís Castro ao comando. Desses, 144 foram por causa de algum problema médico. Nesse universo estão desde jogadores que ficaram de fora por lesões musculares, como também os que tiveram de passar por cirurgia ou qualquer outro tipo de ausência que envolva a questão física dos atletas.


As lesões representam 87,27% das ausências do Botafogo desde a estreia contra o Corinthians, na primeira rodada do Brasileirão, no Nilton Santos.


Rafael e Carlinhos são os únicos jogadores que constam no departamento médico desde o início da passagem de Luís Castro. Os dois laterais foram submetidas a cirurgias ainda no Campeonato Carioca para tratar lesões diferentes. Enquanto o camisa 7 rompeu o tendão de Aquiles, o lateral-esquerdo teve lesão no ligamento cruzado anterior do joelho.



Entre os jogadores que atuaram sob o comando do técnico português, a maior ausência é de Gustavo Sauer. O camisa 10 perdeu as duas primeiras rodadas porque ainda não estava regularizado, mas após a estreia contra o Ceilândia, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, jogou em outras seis partidas. Entre período em tratamento e em transição, ele esteve presente no departamento médico por 14 jogos, tendo que passar até mesmo por operação no tornozelo esquerdo.


O caso do meia-atacante gera preocupação porque ele ficou de fora da última partida, contra o Athletico-PR devido a um quadro infeccioso no mesmo tornozelo que fez a cirurgia. Ele chegou a postar uma foto internado no hospital. Antes do jogo com a equipe paranaense o Botafogo divulgou uma nota falando sobre a situação do jogador e rebatendo as críticas que ele tem sofrido por parte da torcida.




Nota do Botafogo sobre Gustavo Sauer rebate as críticas sofridas pelo jogador — Foto: Divulgação/Botafogo


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Mais de um time no DM


Do meio de junho até o fim de julho, o Botafogo só teve um jogo - de 10 - com menos de oito jogadores no departamento médico. O recorde de baixas em uma só partida foi na virada em cima do Internacional, na 13ª rodada, quando venceu por 3 a 2 mesmo sem poder contar com 12 jogadores. Isso sem falar em todo o contexto do jogo dentro de campo.


Fora por questões médicas ou físicas:

Rafael
Carlinhos
Gustavo Sauer
Diego Gonçalves
Lucas Fernandes
Oyama
Del Piage
Victor Sá
Barreto
Chay

Além deles, Victor Cuesta e Kanu tinham de cumprir suspensão.


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Lesões complicadas pioraram situação do DM


No início deste mês, o ge mostrou que o Botafogo já havia batido o recorde de cirurgias em uma única temporada. A fase atípica já era percebida desde fevereiro, quando o chefe do departamento médico, Gustavo Dutra, se espantou com o número de lesões traumáticas (pancadas, torções, fraturas), que apareceram em maior número do que os problemas musculares, que são mais comuns.


O número da reportagem no início deste mês já está desatualizado, uma vez que não contava ainda com as operações de Kayque e Cuesta, que precisaram passar por cirurgias de ligamento do joelho e fratura na face, respectivamente.


A esperança alvinegra é que a diminuição de jogos no mês de agosto ajude o clube a diminuir os jogadores que estão no departamento médico. Se a eliminação da Copa do Brasil trouxe algo de positivo é não exigir tanto fisicamente dos jogadores, ainda mais em uma temporada mais curta, com a Copa do Mundo em novembro e dezembro achatando o calendário.

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