Finalizador e veloz, mas fraco fisicamente: quem é Diego Hernandez, reforço do Botafogo

Uruguaio que chegará ao Alvinegro no meio do ano é um dos novos talentos da seleção do Uruguai



O Botafogo fechou a contratação de Diego Hernández. O clube vai investir pouco mais de R$ 11 milhões pela transferência do atacante do Montevideo Wanderers, do Uruguai. O atleta de 22 anos, porém, só virá ao Alvinegro a partir de julho, na segunda janela, já que o time estrangeiro fez questão de segurá-lo até maio, quando o Apertura se encerra.


+ Carli pede palavra e parabeniza Sauer após gol em roda do elenco do Botafogo

+ Botafogo goleia time mexicano por 7 a 2 em torneio sub-19


Hernández foi o novato na última convocação da seleção do Uruguai. Ele entrou no lugar de Giorgian De Arrascaeta, do Flamengo, cortado por lesão. O camisa 7 do Montevideo Wanderers é um dos jogadores mais em alta atualmente no país, com um desempenho de cinco gols e duas assistências em oito jogos até agora no Campeonato Uruguaio.


O atacante iniciou a carreira no Peñarol, mas, sem espaço no time de cima, foi para o Wanderers ainda com 18 anos, quando estreou profissionalmente. Agora, conquistou a primeira convocação e chamou a atenção do mercado externo. Dentro de campo, se destaca pela objetividade.


+ Contratações: veja quem chega, quem fica e quem vai embora


- Se destaca principalmente pela qualidade técnica, talento e velocidade. É muito inteligente para fazer a leitura das jogadas, consegue passar a bola para os companheiros com precisão, chuta bem de média distância. Aqui no Uruguai se critica muito os jogadores que não arriscam para o gol, mas com Diego não tem isso. Arrisca uma, duas, três vezes por jogo. Ele finaliza muito bem com a bola rolando, mas ainda não marcou de falta, isso ele precisa melhorar. Ele também não é de bater muitos pênaltis, mas recentemente fez um gol assim. Mas já deu assistências em batidas de escanteio e faltas cruzadas - analisou Martín Pereyra, jornalista do "Info Wanderers".

Diego Hernández — Foto: Divulgação/Uruguai


+ Luís Castro elogia volta de Júnior Santos e faz balanço de 1º ano no Botafogo


Canhoto, Diego Hernández atua preferencialmente como ponta esquerda, posição que tem jogado essa temporada no esquema do treinador Sergio Blanco.


- O principal ponto dele para mim é a finalização com a bola rolando. Todos os gols que marcou foram com o pé esquerdo, ainda não marcou com a direita nem de cabeça. Quando está bem fisicamente, ajuda muito na marcação e pressiona muito bem a saída de bola do adversário, gera muitas faltas para o time por driblar bem - completou Martín.


Físico é ponto negativo

O uruguaio consegue contribuir e tem pontos positivos, a questão é que não consegue se manter dentro do próprio nível durante os 90 minutos. Com 1,75m e pesando perto dos 65kg, a principal deficiência de Hernández é a parte física.


- O físico é de pouca estatura e sem muita musculatura, não é um jogador grande. Consequentemente pela parte física é muito difícil que ele consiga render o que sabe em um jogo durante os 90 minutos. Por volta dos 70, 80 minutos já está cansado, já aparenta estar bem exausto, com dificuldades físicas... E muitas vezes é substituído nesses momentos da partida. Ele ainda não está preparado para jogar duas vezes por semana, por exemplo - finalizou o jornalista.


+ Scout do Botafogo observa Matías Segovia desde os 11 anos; John Textor se encantou com o meia


Vale lembrar que a deficiência na parte corporal foi um dos motivos que fizeram com que o atacante não tivesse vida longa no Peñarol. Ele perdeu espaço na transição do sub-20 para o profissional por ter sentido a diferença física entre o jogo de base e a categoria principal e não ter desenvolvido bem o corpo.


Desde que foi para o Wanderers, Diego Hernández ganhou massa muscular e está mais forte do que nos tempos de Peñarol, mas ainda peca para manter total intensidade durante as partidas.


+ Leia mais notícias do Botafogo


🎧 Ouça o podcast ge Botafogo 🎧

Fonte: GE/Por Sergio Santana — Rio de Janeiro