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domingo, 2 de abril de 2023

Luís Castro destaca segundo tempo de "total domínio" em vitória do Botafogo



Treinador aponta evolução da equipe após primeiro tempo "sofrível", mas lamenta o placar magro sobre o Audax



O Botafogo venceu o Audax por 2 a 1 no primeiro jogo da final da Taça Rio, Emerson Urso abriu o placar para o time de Angra, Tiquinho e Sauer viraram para o Glorioso no segundo tempo. O técnico Luís Castro dividiu a partida em duas, um primeiro tempo "sofrível" e um segundo de "total domínio".




Audax-RJ 1 x 2 Botafogo - Melhores momentos - Final da Taça Rio


- Acabamos por fazer um primeiro tempo sofrível. A segunda foi de total domínio nosso, conseguimos dar profundidade ao jogo, isso baixou a linha defensiva deles, abriu espaços para a gente perto da área e gerar chances. Nós aumentamos nosso volume ofensivo, crescemos muito no jogo e conquistamos uma vitória que peca pela margem. Acho que deveríamos ter feito um resultado melhor, mas não conseguimos. A justiça do futebol está nos gols que se marca e se sofre - analisou.


A partida marcou também um momento de resgate para Gustavo Sauer. Autor do segundo gol, o camisa 10 foi um dos grandes investimentos da SAF em 2022 e vinha perdendo espaço no elenco, chegando a ser terceira opção na ponta-direita.


- Eu gosto do jogador, como gosto de todos. Foi um pedido meu. Infelizmente tem sido marcado por um conjunto de lesões que tem afetado a sua evolução. É um jogador de qualidade. Quando ele veio de Portugal, era um dos jogadores com mais assistências e gols. Não surpreende a qualidade, mas as lesões têm incomodado sua progressão. Esperamos que encontre estabilidade e possa brigar por um lugar na equipe - destacou.





Luís Castro após jogo contra o Audax — Foto: Sérgio Santana



O Botafogo volta a campo na próxima quinta-feira, mas dessa vez nada de Estadual, é hora da Copa Sul-Americana. A equipe viaja para o Chile para encarar o Magallanes na primeira partida da do torneio continental em 2023, às 21h. Confira todas as respostas do treinador na entrevista coletiva:


Análise do jogo

- O jogo foi muito difícil, principalmente durante a primeira parte. Não encontramos os espaços entre as linhas do Audax. Não conseguimos profundidade por fora. Tivemos volume de jogo sem finalizar, sem criar perigo. Na única bola, o Audax fez gol e se sentiu confortável no jogo, baixou as linhas. Não tivemos estabilidade para encontrarmos o que queríamos. Acabamos por fazer um primeiro tempo sofrível.


- A segunda etapa foi de total domínio nosso, conseguimos dar profundidade ao jogo, isso baixou a linha defensiva deles, abriu espaços para a gente chegar perto da área e gerar chances. Nós aumentamos nosso volume ofensivo, crescemos muito no jogo e conquistamos uma vitória, que peca pela margem. Acho que deveríamos ter feito um resultado melhor, mas não conseguimos. A justiça do futebol está nos gols que se marca e se sofre. Em função do que tem sido o estadual, não só para nós, mas para todo o Brasil, alcançamos o resultado de forma merecida.


Resgate de Sauer

- Eu gosto do jogador, como gosto de todos. Foi um pedido meu. Infelizmente tem sido marcado por um conjunto de lesões que tem afetado a sua evolução. É um jogador de qualidade. Quando ele veio de Portugal, era um dos jogadores com mais assistências e gols. Não surpreende a qualidade, mas as lesões têm incomodado sua progressão, mas esperamos que encontre estabilidade e possa brigar por um lugar na equipe.


Sequência de jogos

- O que acabou de dizer é uma coisa que não interessa a ninguém, seja a torcida ou a mídia. O que interessa é o resultado. Para mim, o fundamental é o resultado. Dizer que vamos ao Chile, e depois que viremos para Volta Redonda, e depois jogar com o Ypiranga-RS, isso não interessa. Temos que fazer. Se tivermos no Rio um dia ou dois mais tranquilos a treinar, é o que nos espera. As vitórias são importantes para nos motivarmos. A derrota obriga a fazermos os lutos dela.


- Estamos conscientes do que nos espera. Queremos todos os jogadores disponíveis para o desafio que sabemos que surgem para quem está nas competições. Não me esqueço facilmente. Lembro bem do que era o Botafogo um ano atrás e o que é hoje. Não dá para apagar da memória. Não dá para apagar o que hoje está construído. Felizmente, o Botafogo tem Copa Sul-Americana, tem Brasileirão, tem Estadual. Felizmente. Há uns tempos atrás não era assim.


Sobre possibilidade de revezar a equipe em decisões

- É impossível fazê-lo. O ser humano não consegue, como está previsto, talvez 18 jogos em dois meses. Deve ser repensado tudo isso. Vamos fazer, é minha obrigação. Toda gente diz que é demais, mas ninguém faz nada, nem reflete. Os fisiologistas e departamentos médicos dizem que é impossível, os treinadores dizem que é muito difícil.

- Nós, de forma particular no Botafogo, jogamos 13 jogos fora. Mas ninguém quer saber disso. O que querem saber é do resultado. Não adianta falar sobre os problemas, porque quem decide não somos nós. Em muitos outros países em que passei, éramos ouvidos. Futebol é vendável para todo mundo, há que se ter muito respeito pelo futebol para vendê-lo da melhor forma.


- Uma equipe que está na pré-temporada como a nossa e que está com toda essa carga e com a dimensão mental pressionada e arrasada, mas temos que seguir. E vamos bem, fortes. A prova que estamos fortes é a forma como reagimos. Sufocamos, chegamos a vitória em contexto difícil, mas chegamos.


- Com o desafio que teremos em Santiago pela Sul-Americana normalmente os jogadores travam aqui ou ali, mas eles não travaram nunca, a minha equipe é fantástica, a forma como se dedicam. Nem sempre se sai bem, mas faz parte.

Tiquinho

- Contexto gera contexto. Quando o que está à volta funciona, também funcionamos. Construiu-se ali uma sociedade boa. Conseguiu um espaço para mobilidade, que ele necessitava. Tem uma coisa. Desgastamos muito o Audax, que não conseguiu acompanhar nosso ritmo. Num estádio difícil. Tivemos coragem de fazer o que fizemos em boa parte do jogo. Essa vitória dedico à equipe.


Reforços

- Sabem o valor do Junior. O nosso ataque que terminou a temporada foi Junior, Tiquinho e Jefinho. Vocês sabem a qualidade. É um jogador de profundidade, físico, bom na bola parada. É um jogador que consegue conquistar espaços. É um jogador que vai procurar o espaço dele na equipe.


Mudanças no Botafogo desde a chegada de Castro

- O Botafogo de um ano para cá mudou bastante. Não tinha um campo para treinar, não tinha vestiário. Percorreu o anexo, que não tinha condições, o espaço da Aeronáutica. Vocês lembram que falei da dureza dos campos do Lonier, e já melhoraram. Construíram um vestiário, que é importante para a união do grupo, tem uma organização melhor, tem mais jogadores da base que antes a gente não tinha muita informação. Temos o Raí. Já vendemos o Jefinho. Um elenco que mudou 90%.


- Vocês conseguem fazer essa análise tão bem ou melhor que eu. Quando cheguei aqui as notícias eram de um clube que precisava ser salvo. Hoje olha-se para o Botafogo e está diferente. Não quero ser mal interpretado. É o trabalho de muita gente. Não só do Luís Castro. Eu faço meu trabalho diário. Quando muitas vezes ninguém nos compreende, tenho um grupo que me compreende.


Grama sintética

- O gramado ainda não foi inaugurado. A partir de terça-feira. Teremos treino lá, a adaptação é gradual. Vamos ter vantagem em relação à equipe que nos visita, pois poderemos jogar frequentemente nele. Sabemos que as equipes não treinam sempre ali porque pode ser difícil para o jogador com muita frequência porque podem sofrer lesões. Rapidamente, vamos nos adaptar.


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Fonte: GE/Por Sérgio Santana — Rio de Janeiro

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