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sábado, 20 de maio de 2023

Luís Castro exalta Botafogo após vitória sobre o Fluminense: "Tornamos o complexo acessível"



Botafogo é líder isolado do Campeonato Brasileiro, agora com 18 pontos em 21 disputados



Líder isolado por mais um fim de semana, o Botafogo deixou Luís Castro bastante animado com a vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense neste sábado, no Nilton Santos. O português disse que seus jogadores foram extremamente obedientes e comprometidos no clássico.


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- Nós tornamos mais acessível o que é extremamente complexo. Jogar contra o Fluminense do Diniz é uma obra forte que temos de desenvolver e construir durante o jogo. O Fluminense tem a cara do Diniz, um grande treinador. E tem revelado durante toda essa passagem do Diniz pelo Fluminense uma eficácia muito grande em termos daquilo que é o jogar e em resultados conquistados. Há pouco tempo o Fluminense ganhou de cinco na Libertadores. Meus jogadores foram extremamente competentes.


- Como é normal dos jogadores do Botafogo e não só quando ganham, entregaram-se completamente ao jogo e à causa. Aquilo que estava delineado estrategicamente para o jogo, cumpriram muito bem. Conseguimos fazer exatamente no momento defensivo o que planejamos. Nunca nos desequilibramos durante o jogo mesmo pressionando muito alto. Mantivemos equilíbrio defensivo muito bom que nos fez ganhar bolas altas e na zona intermédia. Nunca abaixamos nosso bloco. E quando o fizemos, fizemos com rigor.


Castro ainda fez questão de manter os jogadores concentrados evitando oba-oba com a segunda vitória em clássico no Campeonato Brasileiro. Destacou que o time terá uma sequência de partidas complicadas.


- Os clássicos ficam sempre nas histórias dos clubes, mas o que menos me interessa falar é de algo que possa nos elevar de tal forma que nos tire os pés do chão. Isso eu não vou falar nunca. A maratona e as dificuldades são tão grandes. Viemos de dois jogos de grande dificuldade em que perdemos. Hoje tivemos grande dificuldade e vencemos. Teremos grande dificuldades no Peru, na quinta-feira. Depois aqui chegamos um dia antes do jogo com o América porque não vamos viajar em voo fretado, isso é muito complicado para nós. Tudo nos cria um monte de dificuldade, mas temos que ultrapassar com a inteligência e o caráter dos jogadores. E com o espírito de família que nos caracteriza.




Luís Castro após Botafogo 1x0 Fluminense — Foto: Giba Perez



Líder isolado do Brasileiro com 18 pontos, o Alvinegro volta a campo na próxima quinta-feira, pela Copa Sul-Americana. Encara o César Vallejo, pela quarta rodada do Grupo A, fora de casa, às 21h (de Brasília). O Botafogo é segundo colocado na chave, com cinco pontos, dois a menos do que a LDU.


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Estratégia de jogo

- Nós sabíamos que tínhamos de ser rigorosos com a estratégia do jogo. A dinâmica que os 11 jogadores iriam colocar na defesa era importante. Nenhum jogador poderia falhar. Correr para trás é mais difícil do que correr para frente. Então, tínhamos de ser eficazes. Falar para mim é fácil, executar é extremamente difícil. Quero enaltecer os jogadores e todo o elenco. Além disso, quero falar da torcida. Está fechada com a equipe. É fundamental os jogadores sentirem que podem arriscar e falhar. Isso é decisivo para a nossa campanha.


Reclamação do Fluminense

- O lance do gol foi ao VAR, não tenho nada a comentar. A partir do momento em que os lances vão ao VAR, pouco há a dizer. Se foi para um possível impedimento e validado é porque não há impedimento. Bráulio é um bom árbitro, não cede a pressões. Em alguns momentos, eu e Diniz ficamos insatisfeitos porque eu quero as coisas sempre para mim, para os meus olhos. Meus olhos talvez sejam mais tendenciosos porque é normal da natureza humana. Quero ganhar e, na dúvida, quero que apite para mim (risos), mas não é assim. Ele tem que apitar pela consciência dele. Confio nele, como confio em todos. Confio muito na arbitragem sabendo que vão errar como eu erro e como todos erramos. Só que os erros deles são mais visíveis.


Di Placido e Rafael

- Rafael saiu por lesão. Os dois cumpriram o que foi pedido. Com eficácia. Então, parabéns aos dois.


Vai priorizar alguma competição?

- Quem estiver bem vai para o jogo. Não faz sentido priorizar competições em um clube grande como o Botafogo. Se queremos ser grandes não podemos fazer que somos grandes. Ou somos ou não somos. Há algo decisivo no nosso caminho: todos têm de entender que somos grandes. Então, temos de tratar o dia a dia como tal. Clube grande... todas as competições são importantes.


É um paizão desse elenco?

- Sou aquilo que fui sempre. Sou o treinador deles, assumo por completo a liderança. Os problemas para resolver resolvemos olhos nos olhos. Vai sempre ter mais confiança em mim quando ganhar, vai perder um pouco de confiança quando perder. Só ganhamos o Fluminense, valeram apenas três pontos. Não há a tentação de que ganhamos mais do que três pontos.


Quatro vitórias seguidas em casa e importante de se impor em casa

- Se na parte final do campeonato eu dissesse que o gramado estava em mau estado e criasse desconfiança aos meus jogadores, todo mundo diria que é desculpa. Eu não podia dizer isso. Nunca quero ir ao caminho da desculpa.


- Sou um defensor do gramado natural. Ponto. Entre um gramado artificial bom e um gramado natural ruim, eu prefiro o artificial bom. Sei que o jogador vai ter mais qualidade no jogo. Por isso que falo tanto que a CBF tem que olhar para os gramados porque acho que é determinante termos as ferramentas próprias para desempenhar o trabalho. Não é só adquirir jogadores de qualidade e colocar em qualquer várzea para jogar.


- Acho que a grande diferença entre o nível de apresentação da equipe também tem a ver com o que é a qualidade do gramado. Não é só isso, mas também tem a ver.


Única promessa que pode fazer ao torcedor

- Única coisa que posso prometer aos torcedores é trabalho com dignidade e com dedicação todos os dias. E é defender o símbolo que transportamos ao peito em todos os jogos e em todos os dias de trabalho. E fora do trabalho. Vitórias não vou prometer nunca, seja o clube onde eu estiver. Não sou vendedor de ilusões. Só vendo o meu trabalho com dedicação e ambição. Não vou por esse caminho de promessas. Existem sempre três equipes em campo, e vamos sempre lutar para a nossa ser a melhor.


Viagem desgastante ao Peru


- Temos que descansar um pouco amanhã para já irmos terça-feira ao Peru. Voltamos na sexta. Quatro dias lá, sábado preparamos o jogo contra o América. É preciso encontrar um equilíbrio nesse mundo de densidade de jogos, mas felizmente a família botafoguense tem sabido encontrá-lo.


Dia do Botafogo em 16 de maio, o aniversário de Nilton Santos

- Humildemente vou falar sobre Nilton Santos. Ele está num nível que eu jamais estarei no futebol. Foi uma grande referência mundialmente e que felizmente vestiu a camisa do Botafogo por 18 anos. Acho que 62 é o melhor ano de conquistas dele. Conquista o Rio-São Paulo, a Copa do Mundo e o Campeonato Carioca. É uma referência porque ganha duas Copas do Mundo e joga quatro.


- Quando digo que vou para o estádio digo que vou para o Nilton. Onde é o treino? É no Nilton. Portanto o Nilton nos acompanha sempre e quase em todos os dias. Vamos ao Nilton para jogar, para treinar e para reuniões. Portanto Nilton está conosco. Está conosco não só através das palavras, mas através daquilo que é enquanto símbolo do clube.


Foi uma honra falar do Nilton Santos com a neta dele Ana. E hoje é uma honra para mim colocar ao peito uma camisa de número 6 do Nilton que nos orgulha a todos. Me orgulha estar dentro de um clube que ele representou por 18 anos. Depois disso continuou como diretor. A história é muito grande, tem a paixão pela pesca e pelo futebol. Algumas coisas que se entrelaçam e que também gosto. Com saudades todos recordamos o Nilton. Obrigado por me dar a oportunidade de falar algumas palavras sobre ele. Pela história que conheço dele e do Botafogo, é uma honra falar dele.



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Fonte: Por Giba Perez — Rio de Janeiro

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