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terça-feira, 10 de outubro de 2023

"Arroz com feijão", Tiquinho e clima leve: a primeira semana de Lúcio Flávio e Carli no Botafogo



Treinador interino "resetou" time, voltou a vencer no Brasileirão e aumentou vantagem na liderança




Muito além de Júnior Santos e Tiquinho Soares, autores dos gols, o treinador interino Lúcio Flávio foi um dos protagonistas da vitória do Botafogo sobre o Fluminense por 2 a 0. A primeira semana de trabalho do técnico foi de alguns ajustes, mas principalmente de muita conversa com o elenco.






Sérgio Santana fala sobre a importância de os torcedores confiarem no elenco do Botafogo (https://ge.globo.com/video/sergio-santana-fala-sobre-a-importancia-de-os-torcedores-confiarem-no-elenco-do-botafogo-12013551.ghtml)


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Nos bastidores, Lúcio Flávio tratou de deixar o elenco muito à vontade e dar confiança para os jogadores que levaram o clube até o topo da tabela. A adição de Joel Carli, que até outro dia fazia parte do grupo de jogadores, como auxiliar ajudou a tirar a pressão do grupo pelo mau momento.


A presença do ex-zagueiro na comissão foi um pedido dos jogadores, que o viam como figura de liderança e confiança quando ele era jogador, há quatro meses. O pedido para Carli se juntar ao corpo técnico de Lúcio Flávio foi feito por André Mazzuco, diretor de futebol do Botafogo.


Inicialmente, o ex-camisa 3 se mostrou um pouco ansioso com a opção, já que a pressão em cima de si seria maior pouco depois de ter pendurado as chuteiras. O "sim" veio justamente ao saber que o pedido partiu dos jogadores - e, claro, com uma conversa com os dirigentes.




Joel Carli em treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Os primeiros dias de Carli como membro de comissão técnica foram baseados em confiança. A troca de informações entre ele o elenco foi recíproca, o que facilitou a adaptação do ex-zagueiro à nova função.


Com apenas cinco dias para trabalhar o time antes do clássico contra o Fluminense, o treinador buscou resgatar algumas coisas que deram certo nas primeiras rodadas. A ideia era não complicar.


- O que eu coloquei no primeiro dia dessa semana foi que tudo o que aconteceu até agora vem do trabalho deles. Fazer com que eles acreditassem no potencial que cada um tem. Se eles estão aqui é porque foram escolhidos - afirmou o técnico na entrevista coletiva.


Lúcio Flávio vive a primeira experiência como treinador, ainda como interino. Sobre as características, o ex-meia acredita que a construção do time depende das características dos jogadores à disposição, mais do que o que o comandante quer.


- Eu, como jogador, sempre fui um meia, e sempre gostei de ter a bola, de jogar. Óbvio que eu, enquanto treinador, quero que minha equipe jogue o melhor futebol possível, mas ao mesmo tempo ela tem que ser a mais objetiva possível para alcançar o que todos querem, que é vencer os jogos.


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Lucio Flavio e Carli, Fluminense x Botafogo, Brasileirão — Foto: André Durão/ge



Di Plácido de volta ao time

Uma das ações de Lúcio Flávio foi dar nova oportunidade a Di Plácido na lateral-direita. O jogador revezava no banco de reservas com Bruno Lage, que buscava outras soluções para a posição. No último jogo do português, optou por colocar Tchê Tchê na função. A opção de Lage mexeu no "pulmão" do time, que é o meio de campo, deslocando o camisa 6.


No clássico com o Fluminense, o argentino foi o líder em duelos defensivos: venceu 10 de 12.





Leonel Di Plácido, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo


Tchê Tchê e Marlon Freitas juntos de novo

O "pulmão" do time mencionado anteriormente se trata da dupla Tchê Tchê e Marlon Freitas reposicionados lado a lado. O camisa voltou para a sua posição de origem, depois de ter sido testado por Lage na ponta direita e, por último, sendo utilizado na lateral.


Foi dele, inclusive, a arrancada para o primeiro gol do Botafogo sobre o Fluminense, enquanto Marlon Freitas desempenhava importante função na proteção da defesa.



Aos 19 min do 1º tempo - gol de dentro da área de Júnior Santos do Botafogo contra o Fluminense (https://ge.globo.com/futebol/video/aos-19-min-do-1o-tempo-gol-de-dentro-da-area-de-junior-santos-do-botafogo-contra-o-fluminense-12011276.ghtml)



Tiquinho no comando de ataque

Barrado por Lage no empate com o Goiás por questões técnicas, o artilheiro do time voltou à titularidade, e com gol. É o segundo jogo seguido que o camisa 9 balança as redes, marcando a quebra de um jejum de quase dois meses.


Nos jogos anteriores, o artilheiro não teve destaque e saiu de campo apagado.





Tiquinho Soares marca gol contra o Flu e entra no top 3 artilheiros do século do Botafogo — Foto: Vitor Silva / Botafogo


Volta de Júnior Santos

Outra dúvida que pairava no Botafogo nos últimos jogos: quem seria o titular na ponta-direita. Júnior Santos caiu de produção, Segovinha não respondia à altura, Tchê Tchê foi testado pelo lado, mas também não correspondeu.


Lúcio Flávio apostou, assim como com Di Plácido, em dar uma nova oportunidade. Júnior fez gol, deu assistência, saiu de campo aplaudido e como um dos melhores em campo.





Junior Santos, Fluminense x Botafogo, Brasileirão — Foto: André Durão/ge


Jogo mais direto

Diferentemente do que vinha investindo o antecessor Bruno Lage, Lúcio Flávio apostou em um jogo mais direto de aceleração após a recuperação da bola. A verticalidade foi o que fez esse time letal no primeiro turno e colocou a equipe na liderança do Brasileirão.



A linha de defesa mais próxima do gol também ajudou o sistema defensivo, que foi vazado nas quatro rodadas anteriores, a recuperar a consistência.


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Fonte: ge/Por Giba Perez, Jéssica Maldonado e Sergio Santana — Rio de Janeiro

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