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domingo, 8 de outubro de 2023

Lúcio Flávio destaca méritos do Botafogo em vitória: "Grupo nunca deixou de acreditar"



Técnico interino recupera confiança do elenco após demissão de Bruno Lage e bate Fluminense no Maracanã: "Tudo o que aconteceu até agora vem do trabalho deles"



Depois de quatro rodadas sem vencer no Brasileirão, o Botafogo voltou a comemorar neste domingo ao bater o Fluminense por 2 a 0, no Maracanã. Os gols de Júnior Santos e Tiquinho Soares, ainda no primeiro tempo, fizeram o time alvinegro aumentar a vantagem na liderança do campeonato e deixaram o técnico interino Lúcio Flávio muito feliz.




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Lúcio Flávio teve cinco dias para preparar o time após a demissão de Bruno Lage, na última terça. Querido pelos jogadores, o interino focou em trabalhar a parte mental, com a ajuda do seu auxiliar Joel Carli, que até pouco tempo atrás era atleta do Botafogo.


- O que eu coloquei no primeiro dia dessa semana foi que tudo o que aconteceu até agora vem do trabalho deles. Fazer com que eles acreditassem no potencial que cada um tem. Se eles estão aqui é porque foram escolhidos. Observando a característica do nosso adversário, acreditamos que era a melhor forma. Acredito que o Junior Santos fazer um grande jogo, o gol, o passe e o comprometimento com a defesa... Ele pode recuperar momentos bons que ele teve aqui - destacou.



- O Carli esteve até alguns meses ali do lado deles, conhece muito bem o vestiário. Sabe muito bem fazer a abordagem ali com esses jogadores. Pode levantar a confiança e o astral de cada um para que quando forem designados para jogar possam fazer o melhor deles - completou Lúcio.



Fluminense 0 X 2 Botafogo | Melhores Momentos | 26ª rodada do Campeonato Brasileiro


Escolhido para liderar o time em momento crucial do campeonato, Lúcio Flávio teve êxito na primeira missão. Jogou bem e venceu o rival e finalista da Libertadores de 2023. Foi ovacionado pelos torcedores do Botafogo que foram ao Maracanã.


- Como atleta, sempre fui observador, trocava muitas informações com os treinadores. Na reta final da carreira eu já estudava. Minha área sempre foi o campo. O Botafogo me deu uma oportunidade de vir trabalhar como auxiliar do clube uns anos atrás. Sempre busquei me preparar. Não fazia parte diretamente da equipe profissional. Enquanto fazia parte do sub-23 tinha oportunidade de acompanhar o trabalho do profissional. Sempre fui observador, tentando entender o que estava se passando - contou Lúcio Flávio, que completou:


- Até por isso em uma situação de imediatismo eu pude assumir ali com o Cláudio Caçapa e dar sequência no que se estava fazendo. A torcida nesse segundo momento meu praticamente não me viu. Está sendo um processo em relação a essa carreira. Eu vim para ser o auxiliar do clube e até alguns dias essa era a minha função. É um trabalho compartilhado, temos pessoas muito capacitadas e que gostam do clube, mesmo que às vezes o próprio torcedor não entenda. Estamos aqui para fazer com que o clube esteja em primeiro lugar. Isso que é o mais importante.



Lucio Flavio em Fluminense x Botafogo — Foto: André Durão/ge


Titular no clássico, Tiquinho Soares foi fundamental na vitória sobre o Fluminense, marcando um dos gols do Botafogo. Lúcio Flávio comentou o fato de o atacante ter sido sacado do time titular por Bruno Lage na última rodada, contra o Goiás:


- Ele é o artilheiro da competição. Um jogador muito importante para o Botafogo. Passou por uma situação de lesão no final do primeiro turno e é natural que leve um tempo para voltar a ter uma condição natural de jogo. A gente sabe que é um jogador fundamental para o trabalho, para o momento que o clube está vivendo. A escolha para o jogo contra o Goiás, o Bruno deu as explicações e ele tinha a decisão a ser tomada. Na realidade, o que passa é que todos os jogadores são importantes. É um grupo que está fazendo algo histórico dentro do Botafogo. Principalmente o que eles atingiram no primeiro turno. Acredito muito no trabalho que estão desenvolvendo.


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Outras declarações do técnico:

Troca de comando

- Vamos por partes. É importante frisar que os jogadores sempre trabalharam dentro do melhor nível possível, independentemente de quem estivesse dirigindo. Grupo muito focado, maduro e ciente daquilo que eles querem, principalmente em relação a essa competição. Aconteceu uma mudança. E o que acredito de ter vindo para um jogo como esse é especialmente a necessidade de ter um resultado positivo com vitória. Passamos por um período em que tivemos as derrotas e por último o empate. O grupo nunca deixou de acreditar no que levou eles a serem os líderes desde o início do Brasileiro. Só tenho a parabenizar o elenco. Enfrentaram uma grande equipe, que chegou à final da Libertadores. O Botafogo tem méritos em relação a essa vitória.


Se sente preparado?

- Me sinto preparado e as pessoas que dirigem o clube também, se não não teriam me dado essa condição. É o líder da competição há muitas rodadas. Em função da situação daquele momento, na saída do Luís Castro, que eu tive um trabalho com o Cláudio Caçapa. Por estar mais próximo desse dia a dia, desse grupo. Tudo que vinha sendo feito com o Luís, o Cláudio e depois com o Bruno Lage. É um grupo de jogadores simples, que se doam, que querem marcar história aqui dentro do Botafogo. A gente espera que se concretize na final porque é fantástico o que eles estão fazendo.


Maneira de jogar

- A gente precisa ir estudando jogo a jogo. O campeonato é muito disputado. O Fluminense, que tem domínio contra todos que enfrenta, é uma característica do treinador, que fez com que o time buscasse isso. O Botafogo buscou o gol da forma que entendia que era mais rápido de terminar a jogada. Nós buscamos recuperar a bola o mais rápido possível dentro do campo do Fluminense, justamente porque é uma equipe que procura construir. Vamos nos preparar para enfrentar o América, vamos ter um tempo maior e vamos buscar a melhor forma de fazer um grande jogo em Belo Horizonte.



Substituições

- Quem estava no gramado percebeu o calor que estava. A gente vai tentando controlar. Em relação ao feedback que recebi dos jogadores que estavam lá dentro, foi mais questão física. No caso do Hugo, foi porque nós tínhamos o Carlos Alberto, que sabe jogar por fora e por dentro e tinha a possibilidade.


Fator família

- No futebol a gente precisa fazer com que os jogadores entendam que todos são importantes. Quando a gente fala em relação à familia é porque muitas vezes passa mais tempo com as pessoas com quem você trabalha e precisa fazer com que o ambiente seja o mais leve. A gente precisa fazer com que eles entendam que um precisa do outro porque depende do outro. Às vezes um não vai estar tão bem e o outro vai puxar. Fazer com que isso não se perca. A gente teve um mês diferente de resultados. Eles nunca deixaram de trabalhar e acreditar. É isso que a gente precisa que eles permaneçam.


5-3-2

- O próprio jogo te condiciona a isso porque o adversário empurra cinco jogadores na última linha e você não vai deixar de marcar.


Planejamento para o clássico

- A gente sabia que eles viriam com a melhor equipe possível, que foi o que aconteceu. Nós temos por caracterísitca jogadores rápidos na beira do campo. Temos esse potencial de recuperar a bola e aproveitar eles em espaço. Foi o que aconteceu e deu muito certo. Acabamos vencendo o jogo.


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Fonte: ge/Por Giba Perez — Rio de Janeiro

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