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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Após superar dificuldades na infância, Rogério espera vencer no Botafogo


Atacante, de 23 anos, diz que não se importa com os problemas vividos pelo clube e conta que já passou fome e precisou percorrer 18km de bicicleta para ir aos treinos



O Botafogo apresentou na tarde desta quinta-feira o atacante Rogério, de 23 anos, que tinha vínculo com o Náutico e estava no Al Dhafra, dos Emirados Árabes. Ele já estava treinando no clube há algum tempo e foi regularizado durante a semana. Velho conhecido de Vagner Mancini - os dois trabalharam juntos no Timbu -, o jogador mostrou que tem moral com o chefe e já será titular no sábado, às 18h30 (de Brasília) no Maracanã, na partida contra o líder Cruzeiro. 
 
Rogério foi apresentado oficialmente pelo Botafogo na tarde desta quinta-feira (Foto: Vitor Silva / SS Press)
Apesar de estar inativo por causa do tempo em que ficou parado durante o processo de transferência, ele quer compensar com muita determinação dentro de campo.

- É difícil... Estava parado em Dubai, mas já cheguei trabalhando bastante porque sabia que ia acontecer isso (jogar logo no início). Estou me empenhando ao máximo para chegar no jogo no melhor ponto físico possível. Agradeço ao Botafogo pela confiança no meu trabalho, vou conseguir me adaptar bem rápido - disse o atacante, que gosta de atuar mais pelos lados do campo.

Rogério encara a oportunidade de defender o Botafogo como a possibilidade de vencer na vida depois de passar muitas dificuldades. Ele contou que entre os 14 e 16 anos, quando estava começando a carreira no modesto Pesqueira-PE, chegou a passar fome e precisava percorrer 18km de bicicleta para ir treinar.

Antes de chegar já sabia dos problemas (salários atrasados e ambiente conturbado). Sempre encontrei dificuldades na vida e temos que ultrapassar barreiras. Será mais uma para mim. Vim para jogar e, com o decorrer do tempo, essas coisas serão resolvidas e ficaremos tranquilos"
Rogério, atacante do Botafogo

- Todos os jogadores passam por dificuldades. Quando comecei, andava 18km de bicicleta para chegar no treino. Depois, ainda fazia mais 7km na atividade física. Passava fome, mas nunca desisti. Quando aparecem as barreiras, é preciso passar por cima. Sempre tracei metas. Primeiro, queria jogar no Porto-PE. Depois, no Náutico e agora é um prazer chegar a um grande clube como o Botafogo, que revela muitos jogadores para a seleção brasileira.

No Botafogo, Rogério vai encontrar um ambiente conturbado por causa dos atrasos de salários e por causa dos resultados abaixo do esperado. Nada que o assuste, segundo o próprio jogador, que encara esta como mais uma barreira em sua trajetória.

- Antes de chegar já sabia dos problemas. Sempre encontrei dificuldades na vida e temos que ultrapassar barreiras. Será mais uma para mim. Vim para jogar e, com o decorrer do tempo, essas coisas serão resolvidas e ficaremos tranquilos.

O gerente de futebol do Bota, Gottardo, responsável pela apresentação de Rogério, disse que ele se encaixa no perfil desejado pelo clube, já que é versátil e tem vontade de vencer.

- Ele é um atleta que, apesar de jovem, já tem uma boa experiência e conseguiu algumas marcas. Tem um perfil que agrada nosso treinador e também se encaixa nas nossas ideias de trabalho, já que é versátil, joga em mais de uma posição. Além disso, tem vontade, o que é muito importante. 

Em sua primeira entrevista, Rogério garante que problemas extracampo não vão atrapalhar (Foto: Vitor Silva / SS Press)
Ao menos neste início, a posição de Rogério será avançado, ao lado de Emerson. O atacante acredita que na base da conversa ele e Sheik vão ganhar entrosamento rapidamente.

- Eu jogo mais pelas pontas, mas se me colocarem na meia eu faço também, pelos dois lados. Tenho força de vontade. Vou conversar com o Emerson para nos adaptarmos o mais rápido possível.

Sobre a relação com Mancini, com quem trabalhou em 2013, Rogério acredita que ganhou a confiança do técnico com gols.

- Quando trabalhei com ele foi uma das melhores fases minhas no Náutico. Fui vice-artilheiro do campeonato com 16 gols. Acho que passei confiança.

Antes de chegar no Botafogo, Rogério jogou no Porto-PE, Central-PE, Náutico e Al Dhafra, dos Emirados Árabes.

Por Fred Huber Rio de Janeiro

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