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sexta-feira, 25 de julho de 2014

De torneiras a patrocínios, Botafogo prepara reabertura do Engenhão


Mesmo sem confirmação de data da entrega, clube cria grupos de trabalho para estar pronto quando estádio estiver disponível. Jogos, possivelmente só em 2015



Obras no Engenhão: Botafogo trabalha para reativar seu
estádio no fim do ano (Foto: Gustavo Rotstein)
Em março de 2013, o Botafogo negociava com três grandes empresas e estava muito perto de fechar um contrato para os naming rights do Engenhão. Mas alguns dias depois a Prefeitura do Rio de Janeiro determinou a interdição do estádio, que estaria sob risco por conta de um problema na estrutura de sua cobertura. Após pouco mais de um ano, a diretoria se movimenta para receber de volta o seu patrimônio. E embora o prazo estabelecido seja novembro, ainda não existe uma confirmação oficial. Mesmo assim, o Alvinegro criou grupos de trabalho que tentarão fazer o estádio estar apto a ser utilizado em 2015.

Atualmente o Botafogo sequer pode cuidar de problemas que são consequência da falta de uso, como encanamentos enferrujados, torneiras com problemas e defeitos na iluminação. Então, o clube decidiu se adiantar para que, caso a Prefeitura realmente libere o Engenhão em novembro, a operação possa fazer com que o estádio receba novamente jogos da equipe na próxima temporada.

Sob o comando do diretor executivo Sérgio Landau e do diretor comercial Ayrton Mandarino, o Botafogo criou um grande grupo de trabalho dividido em algumas equipes. A de recuperação interna vai observar, por exemplo, se luz e água estão corretos – atualmente há problemas. Uma outra equipe está responsável pela área tecnológica, como funcionamento dos telões e do som. O grupo comercial tem como meta renegociar o merchandising, como naming rights e cotas de participação. O clube também começa a planejar a operação dos dias de jogos, como trabalho dos orientadores de público e confecção dos ingressos. Um grupo terá de buscar a renovação das autorizações como a do Corpo de Bombeiros e outras vistorias.

No momento em que o Engenhão foi interditado, o Botafogo teve rescindidos seus contratos com Ambev e Unimed, além de ter suspenso um acordo com a Vivo. Além disso, perdeu um contrato com uma empresa que daria nome ao estádio e estamparia sua logo nas costas do uniforme alvinegro. Por isso, a diretoria ainda avalia um pedido de indenização pelas perdas econômicas calculadas em quase dois anos sem aquela que era uma de suas principais fontes de renda.

Internamente, entretanto, existe o receio de que a liberação em novembro poderá prejudicar o Botafogo na conversa com parceiros. Isso porque as grandes empresas fecham seus orçamentos anuais em outubro, o que dificultaria a inclusão de possíveis acordos com o Alvinegro para 2015. De qualquer maneira, o clube trabalha com a liberação em novembro e, assim, vem sondando clientes.

Neste domingo, o Botafogo volta a atuar no Maracanã, com o qual tem um contrato que foi modificado em 2014, quando passou a ter participação na venda de ingressos para todos os setores. Até ano passado, ela estava limitada à venda de ingressos para os setores Norte e Sul (atrás dos gols), enquanto as alas Leste e Oeste (normalmente de preços mais caros) ficavam a cargo do consórcio. O clube tem direito a um valor que vai de 68% a 70% no rateio da renda líquida, dependendo da partida.


Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

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