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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Bota prepara ação contra Prefeitura por causa do prejuízo com Engenhão


Clube tenta se preparar para a reabertura do estádio, em princípio em novembro. Toda enferrujada, tubulação vira motivo de preocupação



Obras na cobertura do Engenhão (Foto: Editoria de Arte)
Fechado há 17 meses, o Engenhão tem previsão de reabertura para novembro deste ano, e, de acordo com a estimativa do Botafogo, deixou de gerar uma receita de cerca de R$ 45 milhões para os combalidos cofres do Alvinegro, que vive uma grave crise financeira. Para tentar minimizar o prejuízo, nos próximos dias o clube entrará com uma ação contra a Prefeitura do Rio de Janeiro, dona do estádio.

De acordo com Sergio Landau, diretor executivo do Bota e administrador do Engenhão, o clube contratou uma empresa para calcular o valor do prejuízo. O último jogo no estádio aconteceu no dia 23 de março de 2013, no empate por 0 a 0 entre Flamengo e Boavista. Os relatórios apontaram que a cobertura gerava risco em caso de ventos fortes. Depois de muito jogo de empurra, as obras começaram sob a responsabilidade do consórcio, que reúne as construtoras OAS e Odebrecht, e têm como objetivo a reforma da cobertura e o reforço dos arcos.

- Primeiros discutimos responsabilidades, o que demorou. No início, se imaginou que a ação poderia ser contra o Consórcio, depois concluímos que o contrato era com a Prefeitura e ela seria a responsável. Neste meio tempo, contratamos uma empresa (Ernst & Young) de auditoria, que indicou as perdas do Botafogo desde o dia do fechamento até a previsão de reabertura. O escritório de advocacia já está preparando a ação contra a Prefeitura. O valor não podemos dizer - afirmou Landau.


A expectativa é de que o Engenhão retorne em novembro, essa é a informação que recebemos do Consórcio. Em função disso, foi criado um grupo de trabalho interno para estudar este retorno em alto nível".
Sergio Landau


Apesar de trabalhar com a previsão de reabertura para novembro, Sergio Landau não está totalmente confiante. Ele disse que é difícil, por exemplo, negociar com empresas para exploração comercial quando não se tem esta certeza de data. O dirigente afirmou também que há muito trabalho a fazer na manutenção do estádio. As tubulações, por exemplo, já estão enferrujadas.

- A expectativa é de que o Engenhão retorne em novembro, essa é a informação que recebemos do Consórcio. Em função disso, foi criado um grupo de trabalho interno para estudar este retorno em alto nível. O trabalho se divide em comercial, operação... mas é difícil discutir, negociar com patrocinadores sem a firmeza de que vai abrir em novembro. Não tenho essa firmeza. O que podemos fazer, estamos fazendo. Há problemas, por exemplo, nas tubulações de água, que estão todas precocemente enferrujadas. O próprio Consórcio, que está cuidando da cobertura, já tem consertado outras coisas que são identificadas. A tubulação nos preocupa e já avisamos a RioUrbe.

Mesmo depois da reabertura, o Engenhão terá que passar por obras, mas, de acordo com Sergio Landau, é possível que não existe a necessidade de nova interdição. Para se adequar aos jogos Olímpicos de 2016, o estádio receberá mais 15 mil lugares. O local será utilizado para o atletismo.

Por Fred HuberRio de Janeiro

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