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sábado, 14 de março de 2015

Número de lesões faz preparação física entrar em pauta no Botafogo


René Simões evita a palavra preocupação, mas admite que comissão técnica está em busca do motivo de alto número de jogadores indisponíveis neste início de temporada



Na última sexta-feira, René Simões comandou um treino com apenas 14 jogadores de linha, metade do total do elenco. Sem contar Jobson e Carleto, que foram liberados por questões particulares, os demais estão no departamento médico, em tratamento, ou foram poupados por causa de dores musculares. O treinador prefere não usar a palavra preocupação, mas admite que a questão física vem sendo discutida na comissão técnica.

Da equipe titular, Gilberto, Renan Fonseca, Marcelo Mattos, Diego Jardel e Bill estão em observação por causa de queixas de dores musculares. Volante e centroavante, inclusive, ainda são dúvida contra o Resende, neste domingo. O zagueiro Roger Carvalho perdeu a última partida por causa de dor na panturrilha direita e também não está confirmado no próximo jogo.

René e Antônio Lopes conversam com preparador físico Marcello
Campello: lesões em pauta (Foto: Gustavo Rotstein)
Em pouco mais de dois meses desde o início da pré-temporada, outros jogadores como Jobson, Rodrigo Pimpão, Andreazzi, Dankler, Lucas Zen, Airton, Fernandes, Alisson e Luis Ricardo ficaram fora da lista de opções por causa de lesões ou problemas musculares.

- Temos discutido muito isso e queremos saber o motivo. De qualquer forma, é possível concluir com mais segurança quando existe um histórico dos jogadores com os quais você trabalha após seis, oito meses. Quando é assim, os indicadores mostram que determinado atleta não está legal, mas em 63 dias não temos isso. Então, nos treinos a gente aperta mais ou menos. Vejo tudo como absolutamente normal, mas claro que não quero que aconteça - analisou o treinador.

René, entretanto, não descarta o psicológico como um fator que influencie o rendimento da equipe em campo. Mesmo assim, destacou o bom desempenho alvinegro ao longo das nove partidas disputadas na temporada.

- Muitos aqui saíram de clubes pequenos para um gigante, e isso é uma pressão. O Botafogo foi o único que não saiu do G-4 do Carioca, o que também é uma pressão. Trabalhar assim influencia na adrenalina do jogador. Mas outro fator importante é que dos nossos 20 gols, 14 foram marcados no segundo tempo, o que mostra um grupo bem preparado. Apesar disso, temos reuniões diárias sobre a questão física. É um tema que está em pauta - explicou.

Renan Fonseca e Willian Arão fazem trabalho específico:
preocupação de evitar novas lesões (Foto: Gustavo Rotstein)
Responsável pela preparação física do Botafogo, Marcello Campello, contratado pelo clube em 2015, avaliou como satisfatória a preparação da equipe desde o início da temporada e acredita que isso tem se refletido positivamente nas partidas.

- Nosso planejamento foi muito bem executado pela comissão, liderada pelo René, e conseguimos dar um lastro para a equipe. Isso está valendo no segundo tempo das partidas. Está sendo muito proveitoso, conseguindo fazer gols. Estamos conseguindo nos sobrepor, principalmente no segundo tempo - observou ele, em entrevista à Rádio Brasil.

Jogadores como Renan Fonseca e Willian Arão atuaram em todas as partidas do ano sem que fossem substituídos, assim como o goleiro Jefferson. O lateral-direito Gilberto tem apenas 30 minutos de descanso até o momento. René Simões também prefere usar a comparação para avaliar as condições físicas de seu elenco.

- Tenho a lista de todos os clubes e quantos jogadores eles já perderam. Mas nós estamos um pouco acima da média.

Nos últimos dias, Rodrigo Pimpão, Andreazzi e Dankler voltaram a treinar com bola com o restante dos companheiros. Marcelo Mattos, Bill, Roger Carvalho, Luis Ricardo, Fernandes, Lucas Zen e Cidinho ainda estão sob cuidados de médicos e preparadores.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

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