Após ser rejeitado pelo Flamengo e receber não do Bahia, atacante faz testes no Alvinegro ao ser indicado por agente de zagueiro vendido ao Olympique de Marselha
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Luis Henrique comemora um de seus gols em estreia como profissional: início promissor (Foto: Vitor Silva / SSPress) |
Os dois jogadores são agenciados pelo mesmo empresário, Jolden Vergette. Em 2013, ele discutia com o Botafogo a renovação do contrato de Dória, que, naquele momento, se firmava como titular na equipe profissional e se mostrava um dos grandes destaques formados no clube. Então, o empresário sugeriu que Luis Henrique, outro de seus clientes, fosse submetido a um teste no Alvinegro.
A sugestão, comum nos clubes do Brasil, foi aceita pelo Botafogo, que abriu as portas para Luis Henrique. O atacante havia sido dispensado após alguns meses no Flamengo e passara uma semana em testes no Bahia, também sem sucesso. Na base alvinegra, entretanto, ele logo deslanchou e passou a antecipar etapas. Foi aprovado depois de duas semanas em testes com o time principal sub-15 e assinou seu primeiro contrato profissional em maio do ano passado, válido por três anos.
Mesmo aos 16 anos, Luis Henrique foi vice-artilheiro do Campeonato Carioca sub-17, no ano passado. Em 2015, marcou 14 gols em dez partidas na Copa do Brasil da mesma categoria e chamou a atenção da comissão técnica profissional. Promovido à equipe principal, fez dois gols em sua partida de estreia, a goleada por 5 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, na última sexta-feira, pela Série B do Brasileirão (veja o vídeo abaixo).
Luis Henrique confessa que ainda assimila tudo o que aconteceu na partida, mas garante ser capaz de suportar a pressão por novas atuações do mesmo nível, contando para isso com sua cobrança pessoal e a de seus familiares.
- Nos meus maiores sonhos eu até imaginava que a estreia poderia ser daquela maneira, mas, quando vira realidade, a gente fica um pouco assustado. A pressão existe em todo lugar, ainda mais nos profissionais. É algo que começa cedo, mas lido bem com isso e minha família me coloca de pés no chão. Além disso, eu me cobro muito. Treino bastante, me alimento e descanso. Um jogador de alto nível precisa se cuidar também fora de campo - ressaltou.
Também fora de campo, o Botafogo vem buscando meios de preservar sua joia do assédio que eventualmente vai aumentar a partir de agora. O clube é dono de 90% dos direitos econômicos de Luis Henrique, e o fato do atacante ainda ter um salário de juvenil faz com que a multa rescisória também seja de um valor considerado baixo (estimada em menos de R$ 1 milhão). A ideia é que todas as cifras sejam revistas a partir de agora pelo departamento de futebol profissional e pelo diretor das categorias de base, Manoel Renha.
- O Luis Henrique tem potencial grande. É inteligente e sabe chutar. Mas falta muita coisa ainda. Lógico que é preciso cuidado, mas o Botafogo está fazendo isso, e não é de agora. Em relação a contrato, está tudo controlado. O Renha vem acompanhando os atletas da base, então o garoto está seguro - destacou o gerente de futebol do clube, Antônio Lopes.
Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro/DF
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