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domingo, 4 de outubro de 2015

Bota prevê maiores receitas em 2016, mas alerta: "Austeridade vai continuar"


Presidente Carlos Eduardo Pereira vislumbra temporada melhor financeiramente, não descarta reforços acima do teto salarial, mas diz: "Nossa política será a mesma"





Os matemáticos apontam que o Botafogo tem 99% de chances de subir para a Série A. Enquanto isso, a diretoria trabalha com números, mas aqueles que vão ajudar a construir o elenco que muito provavelmente estará na elite em 2016. A previsão é de um orçamento maior para o futebol, em comparação a 2015, mas ainda assim reduzido e, principalmente, ainda com a contenção de despesas.

Por conta da grande crise financeira, a diretoria do Botafogo, que assumiu o clube no fim de novembro do ano passado, decidiu cortar gastos que atingiram o departamento de futebol, com redução de 33% em relação a 2014 (previsão de receita é de R$ 81 milhões e gastos de cerca de R$ 50 milhões). A perspectiva para 2016 é de aumento destes números, mas o presidente Carlos Eduardo Pereira deixou claro que a situação do clube ainda exige muitos cuidados.

- O orçamento do próximo ano prevê reajustes contratuais das receitas, principalmente as da televisão. Isso tem a ver com a possibilidade de o Botafogo voltar à Série A. Mas a austeridade vai continuar. A nossa política será a mesma, e espero que as pessoas também sejam as mesmas. Então não teremos mudanças nesse sentido - explicou. 



Carlos Eduardo Pereira prevê mais receitas, mas diz que política de austeridade vai ser mantida (Foto: Vitor Silva/SSPress)


O fato de cortar gastos ser uma necessidade fez o Botafogo montar seu elenco do futebol tendo um teto salarial de R$ 60 mil mensais. Jogadores que extrapolaram esse valor – como Marcelo Mattos e o atacante Henrique – foram negociados, e a única exceção foi o ídolo Jefferson. Segundo Carlos Eduardo Pereira, esta filosofia vai continuar, sem que, entretanto, a diretoria se prenda a um determinado montante.

- O teto salarial é uma referência, não uma obrigação. É uma meta que vamos perseguir, mas não vão deixar de fechar um bom negócio por conta disso - disse o presidente.

A recuperação financeira do Botafogo também passa pela assinatura de um contrato com um patrocinador master, algo que não foi possível em 2015. Carlos Eduardo Pereira ressaltou que a crise econômica do Brasil é um importante obstáculo para que esse objetivo seja cumprido.

- É uma meta a ser buscada, mas vamos trabalhar com aquilo que for obtido. Se negociarmos todas as propriedades da camisa será o melhor dos mundos, mas num país em crise, é complicado. Vale lembrar que a maioria das empresas fecha em outubro seu orçamento para o próximo ano. Não é fácil.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

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