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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Ansioso e decepcionado, Gatito chora ao citar drama no Botafogo: "Eu quero jogar, mas não consigo"


Goleiro se emociona em entrevista coletiva, revela que problema atual é no ligamento do punho e que se esforça ao máximo: "Estou fazendo todo o possível, não estou conseguindo melhorar"



Foto: Reprodução / Botafogo TV



Na tarde desta sexta-feira, Gatito Fernández deu sua primeira entrevista coletiva desde a lesão no punho direito sofrida contra o Sport em abril. Diante dos vários questionamentos sobre seu retorno feitos na imprensa e por torcedores, o goleiro do Botafogo veio a público esclarecer a sua situação. E se emocionou ao mandar uma mensagem para a torcida e abordar o drama que está vivendo para conseguir voltar a jogar:


 Gatito Fernández manda recado para torcida botafoguense


– A mensagem que posso mandar ao torcedor é agradecer pelas mensagens e apoio que mandam para mim, e dizer que gostaria de estar jogando novamente... (Gatito chora neste momento) Desculpa. O Botafogo é o time que me abriu as portas, os torcedores me abriram o coração. Queria estar jogando, infelizmente não consigo. Estou fazendo todo o possível, não estou conseguindo melhorar – afirmou, de olhos marejados e dizendo que sequer poderia ter ficado no banco e entrado nos pênaltis na eliminação do time da Sul-Americana.


– Não teria como, não estou treinando ainda. (...) Gostaria muito de poder estar no jogo contra o Bahia. Mais do que ninguém gostaria de relembrar os momentos bons com o Botafogo em etapas decisivas nos pênaltis. Não consegui.


>>> Preparador de goleiros do Botafogo diz que Gatito ainda tem dor e não descarta Jefferson voltar primeiro




Gatito voltou a sentir após treinar com o grupo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


A fratura já foi consolidada, mas o goleiro vem tendo outros problemas no mesmo punho: teve uma atrofia, que é considerada normal pelo tempo de imobilização, uma inflamação e agora uma lesão no ligamento. Ele chegou a estar perto de voltar a jogar em duas oportunidades, mas não conseguiu ainda devido à sequência de lesões.


Confira outros trechos da coletiva

TREINOS E DORES


Estou sempre em processo um pouco complicado, porque sempre estou com dor no punho, onde tive lesão. Estou treinando sempre, como podem ver, na maioria das vezes separado. Treino com dor, às vezes é menor, aí consigo encaixar treino com grupo. Não tenho como controlar. (...) Eu treino sempre separado com os goleiros, no nosso treinamento eu posso controlar a queda, o jeito que faço, o tempo que vou levantar... Mas em um treinamento com grupo não posso controlar, a bola pode desviar, jogadores não podem bater fraco. Treinei cinco dias, e nesse acumulo voltei a sentir mais dor, uma dor que me limita a fazer movimento.


ANSIEDADE E DECEPÇÃO

Estou muito ansioso e às vezes fico decepcionado comigo mesmo. Quero treinar, jogar, mas não consigo. Estou treinando sim lá em cima, treinei cinco vezes com o grupo depois do jogo com Vitória, foi um ganho grande. Nesse acumulo novamente voltei a sentir dores mais fortes.

PROCURA DE ESPECIALISTA

Procurei um especialista com os médicos do Botafogo. Hoje em dia estou fazendo fisioterapia em outro lugar, com os médicos sabendo (obs: Gatito faz fisioterapia dentro e fora do clube). Ele falou que eu tinha uma lesão no punho, a fratura foi consolidada. Agora é uma lesão ligamentar que estou esperando cicatrizar. É um pouco difícil porque continuo treinando e sou goleiro, minha lesão por mais que não tenha sido das piores do futebol, não é a mais simples.


SAULO

Assisti em casa esse jogo com muita vontade de estar. Fico feliz pelo Saulo estar fazendo um grande trabalho, momento difícil. Levando um peso grande em cima dele, acho que está indo bastante bem para idade que ele tem. Goleiro do clube, nascido aqui, acho importante o apoio da torcida. Venho falando com ele, a gente conversa bastante. Sempre procuro passar que tem que jogar calmo, mas ele mostrou que tem muita condição


VOLTA CONTRA O VASCO?

Para esse jogo agora muito difícil, não estou treinando com o grupo. Meus companheiros estão na frente.


REENCONTRO COM VALENTIM


Conheci o Valentim, agora um pouco o Zé quando consegui treinar com o grupo. São bastante parecidos, os dois gostam que o time esteja ativo o tempo inteiro, de muita energia nos treinamentos. Muita intensidade é a palavra. E os dois trabalham muito bem na parte tática. Bom que a gente conhece um pouco do trabalho do Valentim e já sabe como ele pode jogar.


Fonte: GE/Por Thiago Lima — do Rio de Janeiro

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