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domingo, 26 de maio de 2019

Análise: Botafogo repete problema na criação e descontrole serve de lição para o futuro


Alvinegro pouco ameaça o líder Palmeiras apesar da superioridade na posse de bola. Dos 11 cartões, cinco foram por reclamação - quatro deles em função do pênalti marcado pelo VAR



O Botafogo sofreu no último sábado a sua segunda derrota seguida no Campeonato Brasileiro (confira os melhores momentos no vídeo abaixo). E voltou a apresentar um futebol abaixo da média. Depois da evolução nos primeiros jogos sob o comando do técnico Eduardo Barroca, o Alvinegro parece ter estagnado e agora busca novas alternativas. Contra o Palmeiras, a equipe voltou a ter mais posse de bola do que o rival, mas pouco ameaçou o gol de Weverton. Pior: apresentou um descontrole emocional fora do normal.



Melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Palmeiras pela 6ª rodada do Brasileirão 2019


Serve de lição. Diante de um adversário tecnicamente superior como o líder do Brasileirão, toda atenção é fundamental. No único deslize do Botafogo, Gatito soltou a bola e Gabriel cometeu o pênalti que definiu o placar. A intervenção do VAR no lance desencadeou uma série de reclamações - e cartões amarelos - que poderiam ter complicado ainda mais a partida.


Critérios questionáveis do juiz à parte, o Alvinegro terminou o jogo com 11 advertências. Quatro delas surgiram em função do pênalti.


- Os jogadores perderam o controle depois do VAR. Serve de lição para a gente. O árbitro toda hora vinha ameaçar com o amarelo. Isso ainda não tinha acontecido com o Botafogo até aqui na competição. Eu ia falar e ele ameaçava.


''Mas esse descontrole vai servir de lição. Não podemos perder o controle e ficar com tantos amarelados. Não tenho o costume de falar de arbitragem, mas hoje foi complicado'', ressaltou Barroca.


Com a bola rolando, o Botafogo não conseguiu ameaçar o Palmeiras. Mesmo tendo mais posse de bola, o Alvinegro finalizou oito vezes contra 18 do rival. Dos chutes do Alvinegro, apenas dois foram na direção do gol - ambos com Ferrareis, que entrou no segundo tempo.



Edgard Maciel de Sá ✔@edmacieldesa

O posicionamento do Botafogo na derrota para o Palmeiras. Valencia não rendeu na esquerda, assim como diante do Sol de América. Apesar da posse de bola, Alvinegro pouco ameaçou: foram oito finalizações - a maioria para fora - contra 18 do rival. Fonte: @SofaScoreBR #gebota


Erik faz (muita) falta

Barroca repetiu a formação que teve atuação irregular contra o Sol de América, pela Sul-Americana, mas ao menos venceu no Paraguai. Os desfalques de Carli e Erik, no entanto, foram sentidos. Principalmente o do atacante, que não pode jogar por estar emprestado pelo Palmeiras. Sem ele, faltou movimentação e intensidade na frente. A escalação com Valência aberto pela esquerda - mais uma vez - e Luiz Fernando na direita não funcionou.


Diego Souza ficou isolado no ataque e o chileno praticamente não produziu, evidenciando o problema no setor de criação que se repete há algumas rodadas. Ferrareis, que o substituiu no segundo tempo, ao menos foi mais participativo. As últimas atuações consistentes do Botafogo foram contra Bahia e Fortaleza.


''A gente queria levar o jogo para a posse bola e o Palmeiras queria fazer o um contra um. Eles foram um pouco mais bem sucedidos, principalmente no primeiro tempo. No segundo, não, o Botafogo criou oportunidades, mas não foi suficiente''.


- A confiança nos jogadores permanece alta. A gente enfrentou uma equipe muito boa, muito qualificada. A gente lutou o tempo todo, não estamos satisfeitos, mas a gente precisa ter a capacidade de absorver esse resultado e virar a chave para o próximo jogo - frisou.


O Botafogo volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar o Sol de América, no Nilton Santos, pela Copa Sul-Americana. No primeiro jogo, vitória alvinegra por 1 a 0 no Paraguai. Qualquer empate dá a classificação para o Bota. Derrota por 1 a 0 leva para os pênaltis e qualquer outro placar classifica o Sol de América. Pelo Brasileirão, o desafio da vez será contra o Vasco, dia 2 de junho, novamente no Niltão.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá — Brasília

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