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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Pausa no mercado e reuniões com porta-vozes do elenco: Botafogo tenta driblar a crise


Clube evita erro de 2018 e prefere não dar prazo aos jogadores para acertar as dívidas. Encontros contam com no máximo seis atletas que falam pelo grupo



As dificuldades existem, mas o foco do Botafogo é diminuir a dívida com o elenco e evitar que o cenário complicado influencie nos resultados dentro de campo. Com dois meses de salários, premiações e direitos de imagem em aberto, a diretoria suspendeu a busca por reforços após a chegada de Biro Biro e vem tendo reuniões com os porta-vozes do grupo em busca de soluções.


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Botafogo enfrenta crise fora de campo com salários atrasados — Foto: Vítor Silva/Botafogo


O principal elo entre a diretoria e o elenco é o gerente de futebol Anderson Barros - fruto da relação que vem desde o ano passado. As conversas contam normalmente com entre quatro e seis jogadores que falam em nome de todo o grupo. São eles os responsáveis por trazer as informações dos principais problemas - sobre algum atleta que esteja passando por maiores necessidades, por exemplo.


Em protesto pela crise financeira, os jogadores já estão sem dar entrevista há mais de uma semana. Por esse motivo, a apresentação de Biro Biro - que seria na última quinta-feira - precisou ser adiada.Além dos atrasos, a principal reclamação é pela falta de informação. O Botafogo não dá prazo para acertar os pagamentos - nem mesmo de forma parcial. Em 2018, alguns prazos dados não foram cumpridos e isso causou ainda mais desgaste na relação.


Pausa no mercado

Quando acertou as contratações de Victor Rangel e Biro Biro, o Botafogo tinha um mês de salários atrasados. Com o início de julho e o segundo mês de atraso, a diretoria entendeu que era preciso parar a busca por reforços. Tanto em respeito ao elenco como pela dificuldade de convencimento junto ao possível reforço.


Enquanto tenta reverter penhoras e ainda aguarda o pagamento de parcelas de jogadores já vendidos em 2019, o Botafogo mira outras receitas extraordinárias. Na visão da diretoria, os quatro principais ativos do clube no momento são:


O goleiro Gatito Fernández (destaque na Copa América pelo Paraguai).

O volante Alex Santana (boas atuações em 2019, tem chamado a atenção do mercado e conta com cláusula de saída de seis milhões de euros).

O lateral Fernando (apenas 20 anos e com passaporte europeu, é o jogador do elenco que mais teve sondagens recentemente).

O meia Ezequiel (emprestado ao Sport, despertou o interesse de Palmeiras e Athlético-PR).


Apesar das boas atuações de Gatito na Copa América, o Botafogo não recebeu qualquer consulta oficial pelo goleiro até agora. A única proposta recente foi do Athletico-PR por Ezequiel, de R$ 4 milhões por 50% dos direitos econômicos do jogador de 21 anos. O clube, porém, deseja cifras superiores. As sondagens por Fernando também não agradaram.


Marcinho, antes mais visado enquanto titular absoluto, foi alvo de muitas consultas do mercado nacional e do exterior desde o ano passado. A procura, porém, diminuiu recentemente. Jonathan recebeu sondagem por escrito de um clube norueguês, mas as conversas não evoluíram.


Em meio ao silêncio de seus jogadores e sem previsão para quitar suas dívidas, o Botafogo volta a campo neste domingo para enfrentar o Cruzeiro, às 16h (de Brasília), no Mineirão.

Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá, Fred Gomes e João Guerra — Rio de Janeiro


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