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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Análise: defesa de pênalti dá ânimo ao Botafogo, que passa em primeiro teste de 2023



Após primeiro tempo de pouca inspiração, equipe de Luís Castro cresce após Lucas Perri defender cobrança de Calegari; defesa é ponto alto



O Botafogo passou pelo Fluminense no primeiro grande teste da temporada 2023. A vitória por 1 a 0 no Maracanã pode ser dividida em dois momentos-chave na ótica alvinegra: o antes e o depois do pênalti de Calegari defendido por Lucas Perri ainda nos minutos iniciais do segundo tempo.


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Antes, a equipe comandada por Luís Castro tinha muita dificuldade para criar. Preso na marcação no meio-campo, o Botafogo só chegava ao ataque quando um dos defensores era obrigado a dar um chutão e Tiquinho Soares travava duelos físicos com os zagueiros no pivô, sempre sozinho e isolado. Foi assim, inclusive, que o camisa 9 conseguiu uma boa falta perto da área, que Gabriel Pires cabeceou perto da trave - a melhor chance do time no primeiro tempo.


Os primeiros 45 minutos não foram bons - também não foram lá uma tragédia, é importante ressaltar. O cenário do jogo foi ruim, já que o Fluminense também tinha um jogo muito amarrado no meio-campo. O lado do Botafogo, porém, ficou marcado por essa dificuldade de sair jogando e sair da marcação adversária no meio-campo.





Lucas Perri, Botafogo — Foto: André Durão/ge


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Tudo mudou na questão anímica quando Lucas Perri defendeu o pênalti batido por Calegari aos seis minutos do segundo tempo. A partir disso, o Botafogo passou a ficar mais leve, passou a explorar os lados e achou espaços na defesa do Fluminense. A intervenção do camisa 1 deu ânimo para todos os outros jogadores.


Além da questão mental, também há o aspecto tático. Luís Castro substituiu as ineficazes bolas longas por passes direcionados. Ao trocar a bola na defesa, o time esperava o Fluminense subir para tentar pressionar e, neste momento, lançava para tentar encontrar um ponta saindo nas costas do lateral. Na maioria das vezes, o passe era muito forte ou a jogada era parada por impedimento. Mas ela só precisou dar certo uma vez: Tchê Tchê lançou para Victor Sá, que aproveitou a saída de Samuel Xavier para entrar livre e marcar.


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Com o controle do placar, o Botafogo reafirmou a estrategia de buscar o "contra-ataque perfeito". A bola era do Fluminense, enquanto o time de Luís Castro se defendia em busca das saídas em velocidade nas pontas. A equipe teve duas chances claras de marcar: Tiquinho errou um voleio após um cruzamento de Lucas Piazon e Carlos Alberto, depois de arrancar por todo o campo, chutou em cima de Fábio.


Nos minutos finais, porém, esse controle foi perdido. A equipe já não tinha a bola naturalmente, com o Fluminense tendo controlado boa parte da posse desde o começo, mas o Botafogo tentava atacar e arriscava descidas quando recuperava. Nos minutos finais, o time abdicou de subir e praticamente devolvia a bola para o rival de graça. Foi arriscado, mas o time de Fernando Diniz nada criou de forma efetiva.




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Defesa em alta

Adryelson e Victor Cuesta foram dois protagonistas "silenciosos" pelo lado do Botafogo. Se o Fluminense pouco criou - com exceção do pênalti -, muito se passa pelo trabalho da dupla no Maracanã.


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O principal trabalho foi em isolar Germán Cano, principal arma ofensiva do time de Fernando Diniz. O camisa 14 deu apenas uma finalização na partida, um chute desviado e que foi facilmente defendido por Lucas Perri. Em campo, o brasileiro e o argentino se alternaram para acompanhar as movimentações do atacante.


Para segurar Jhon Arias, Luís Castro contou com Lucas Piazon para auxiliar Rafael no lado direito. O atacante pode não ter aparecido tanto na parte ofensiva, mas foi importante taticamente e no auxílio na marcação do colombiano, que também praticamente passou batido em campo.





Adryelson, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo



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Fote: GE/Por Sergio Santana — Rio de Janeiro

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