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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Alex busca sucesso nos Emirados Árabes para chamar atenção do Bota


Atacante conta as situações inusitadas que viveu neste período em que defende o Dibba Al Fujairah e diz que está com saudade do Alvinegro



Alex comemora gol na época que ainda
defendia o 
Botafogo (Foto: Satiro Sodré / AGIF)
A atacante Alex, de 22 anos, está longe do Botafogo, mas ainda sim acompanha tudo o que acontece pelos lados de General Severiano. Ele sabe, inclusive, que o clube está em busca de reforços para o setor ofensivo e, apesar de estar emprestado ao Dibba Al Fujairah, dos Emirados Árabes, até a metade de 2013, ele está de olho em uma possível oportunidade de retornar.

Revelado no Alvinegro carioca, Alex havia sido emprestado anteriormente ao Joinville. O longo tempo ausente já faz a saudade apertar, apesar das vantagens financeiras de que desfruta nos Emirados.

- Estou emprestado e existe essa possibilidade. O clube está investindo em jogadores da base, que é meu caso. Acho que tem uma brecha no setor ofensivo. Estou fazendo o melhor aqui para ser lembrado pelo Botafogo ou por outro clube. Vamos ver o que o Maurício Assumpção e o Oswaldo pensam, se querem me dar mais uma oportunidade. Faz um ano que saí, já estou com saudades.

O time que Alex defende nos Emirados Árabes, o Dibba Al Fujairah, é um dos menores daquele país e, após chegar à Primeira Divisão nesta temporada, luta para não ser rebaixado. O atacante tem dado sua contribuição com gols. Foram quatro nos últimos seis jogos.
O time deu uma melhorada agora. Meus gols começaram a sair também. Nosso time tem pouco investimento se comparado com outros, o clube nunca tinha disputado a Primeira Divisão"
Alex, atacante do Dibba Al Fujairah, dos Emirados Árabes

- O time deu uma melhorada agora, começamos a acertar. Se vencêssemos na terça-feira, sairíamos da zona de rebaixamento, mas perdemos por 3 a 2. Com nossa evolução, meus gols começaram a sair também. Nosso time tem pouco investimento se comparado com outros, o clube nunca tinha disputado a Primeira Divisão. Acho que os jogadores respeitam demais os adversários, já entram desacreditados. Mas estamos melhorando.

Alex contou que teve de usar o "jeitinho brasileiro" para se adaptar em sua chegada aos Emirados, mas agora até pechinchar ele consegue.

- Cheguei sozinho porque logo viajei para a Turquia para pré-temporada. Depois, minha esposa chegou. Não falávamos inglês, mas a necessidade ajudou. Não tenho medo de falar errado, de perguntar. Tenho aprendido rápido. Consigo ir a restaurantes e até pedir desconto em lojas (risos).

Alex ao lado de Lucas Zen no Botafogo: atacante está um ano longe do clube (Foto: Fernando Soutello / Agif)
O atacante vive situações inusitadas para os brasileiros, como os costumes religiosos locais. Os atletas param os treinamentos para rezar e não tomam banho juntos no vestiário.

- Ás vezes, no meio do treino, toca o sinal e todos param por 20 minutos para rezar. Eles têm que parar, não importa se está no meio da atividade. Antes dos jogos, os árbitros verificam até as unhas. Já vi jogador ser impedido de entrar em campo porque a unha estava grande. Teve que cortar na hora. Aqui também não podemos tomar banho no vestiário coletivamente, como no Brasil. Não podemos ficar nus. Estudei um pouco e já sabia algumas coisas da cultura antes de chegar.

Por causa do pouco tempo de férias que terá neste fim de ano, Alex deve passar o natal pela primeira vez longe do Brasil.

- O último jogo é dia 20, depois dá uma parada. O mais provável é que eu passe o natal pela primeira vez longe de casa. Tenho que ver se o clube vai liberar. Vou avaliar com minha esposa.

Por Fred HuberRio de Janeiro

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