Hugo inferniza a zaga alvinegra e time não passa de
um empate com o bangu
O Botafogo foi à Moça
Bonita na tarde dessa quinta-feira e não passou de um empate em 0 a 0 contra o
Bangu, no segundo compromisso do time, válido pela Taça Guanabara.
A expectativa era de que o time
fizesse um bom jogo contra o alvirrubro suburbano, após a boa atuação na
estreia do Campeonato diante do Duque.
Em momento algum o Botafogo conseguiu impor o seu jogo, sendo dominado no primeiro tempo por um Bangu bem postado e que constantemente rondava a meta de Jefferson. No segundo, teve mais posse de bola mas nada que indicasse uma melhor sorte no jogo.
O atacante Hugo
infernizou a zaga alvinegra, levando vantagem em quase todas as jogadas que
protagonizou pelos flancos, principalmente em cima de Gilberto. Tivesse seu
centro avante uma melhor pontaria e o Botafogo poderia sair com uma derrota, já
na etapa inicial.
Muito vai se falar das
más condições do gramado, que visivelmente prejudicou o toque de bola e os
arremates em gol, principalmente do Botafogo que fizera uma boa partida no
gramado reformado do Engenhão, justamente usando essas armas. Mas o time se
acomodou com essa condição e não mostrou nenhuma alternativa para vencê-la.
As principais
deficiências do time estavam concentradas nos fundamentos básicos de jogo
(passe, arremate, deslocamentos, cobertura...) e na falta de vontade pra construir um placar favorável.
O Bota se mostrou
sonolento e desinteressado na maior parte do tempo, achando que uma bola
poderia entrar a qualquer momento e mudar o resultado do jogo.
Até mesmo o técnico
Oswaldo se mostrava passivo com a situação voltando para o segundo tempo com o
mesmo time, se limitando a cumprir, com o rigor costumeiro, seu “planejamento”
de substituições. Foram feitas duas, apenas após os 30 min. do 2º. tempo e uma terceira aos 40,
conforme estava no roteiro que ele mesmo traçou.
Outro fator que poderia
explicar o baixo rendimento da equipe foi a necessidade de se fazer quatro mudanças em relação ao primeiro jogo. Nenhum dos substitutos foi bem.
Dória parecia um tanto
disperso nas jogadas; Lima foi mal, não dando sequência a nenhuma investida ao
ataque por aquele setor. Fez a galera sentir saudades de M. Azevedo que se mostrou
muito eficiente na partida anterior.
Jadson fez uma péssima
partida, errando passes e chegando atrasado na maioria das jogadas, com falta. Levou um
amarelo ainda no primeiro tempo e sumiu do jogo até ser substituído.
Bruno Mendes não
conseguiu segurar uma bola sequer no trabalho de pivô e foi muito prejudicado
pelo baixíssimo rendimento dos três meias alvinegros, hoje. Entre
Andrezinho, Lodeiro e F. Gabriel, fica difícil apontar o pior.
Oswaldo, mesmo
tardiamente, tentou mudar a forma de jogar do time, colocando Henrique na vaga
de F. Gabriel e Julio Cesar, que estreava, na de Lima. O time passou a contar
com dois meias e dois atacantes como alguns apregoam ser a formação ideal. Porém
essas modificações não surtiram o efeito desejado: ou por falta de tempo, de
treino ou dos dois.
Henrique mal tocou na
bola e Julio se limitou a toca-la de lado demonstrando falta de confiança para
arriscar alguma coisa além do trivial.
Com o resultado, o Glorioso
soma quatro pontos, fica em terceiro no Grupo A, e encara o primeiro clássico
do ano, também no domingo, diante do Fluminense, às 19h30, no Engenhão.
Foi só o segundo jogo – o
primeiro, muito bom e o segundo, muito ruim. Na média, acho que podemos encarar
o tricolor no “tapete” do Engenhão de igual pra igual e engatar uma sequência
capaz de dar confiança ao grupo e também à torcida que, diante do resultado inesperado de hoje,
provocou o técnico Oswaldo entoando o grito coreografado de Uh, El Loco... Uh, El
Loco!
Por
Felipaodf/BotafogoDePrimeira
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