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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Fortalecido após críticas, Emerson tem discurso observado pela diretoria


Gerente Wilson Gottardo afirma que manifestação de atacante é legítima, mas ressalta que palavras não podem passar limite da ofensa




Emerson contra o Cruzeiro: palavras fortes contra situação
 financeira do Botafogo (Foto: Agência Getty Images)
“Enquanto vir coisa errada vou falar, não vou me calar.” Com essas e outras palavras fortes, Emerson foi o personagem da partida contra o Cruzeiro. Após o empate em 1 a 1, o atacante reforçou sua indignação com a situação do clube e deixou clara a insatisfação com a diretoria. Respaldado por um histórico vitorioso e por ser o único do elenco do Botafogo com salários em dia – pagos pelo Corinthians –, o atacante de 35 anos saiu fortalecido do episódio com seus companheiros de equipe, mas principalmente com a torcida.

É óbvio que ninguém do Botafogo cogita punir ou suspender Emerson por conta de seu posicionamento. Afinal, seria o mesmo que dar um tiro no pé, já que se trata de um jogador referência em campo e um dos principais nomes do elenco. No entanto, a diretoria acompanha o comportamento do atacante para que não extrapole o limite.

- O posicionamento do Emerson está bem claro e a cobrança vem sendo feita. Mas ao mesmo tempo vejo o empenho da diretoria do Botafogo em solucionar o problema. Tudo isso que vem ocorrendo é por conta da ausência de pagamentos. Quando tudo for colocado em dia, ou pelos menos parte, as coisas serão mais moderadas. Não pode é entrar no campo da ofensa. A minha função é muito clara. Sei até onde eu vou e até onde posso ir no momento. Claro que o clube está errado em não pagar, mas ao mesmo tempo está muito empenhado em resolver. Isso está claro. Tudo o que o Emerson falou tem a ver com solidariedade, coleguismo e ajuda - afirmou o gerente técnico Wilson Gottardo.

Se tem feito a diferença fora de campo, Emerson vem passando por um momento de menor destaque dentro dele desde o retorno do Brasileirão após a pausa da Copa do Mundo. O Sheik não marca um gol há mais de dois meses – o último foi dia 25 de maio, no empate em 1 a 1 com o Vitória. São quatro partidas de jejum. Mesmo assim, o técnico Vagner Mancini não tem dúvida em considerá-lo uma peça imprescindível.

- Emerson é um cara extremamente ativo dentro jogo. É objetivo, e essa maneira de jogar acaba fazendo com que todo o time queira ajudá-lo, mas existem limitações. Estou tentando achar a formação que possibilite a ele ser o homem do desafogo da equipe, que ainda não está encaixada - explicou.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

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