Técnico, que vive problemas para formar time, não é mais unanimidade entre dirigentes e também teria questionado trabalho dos psicólogos do clube
Mancini contra o São Paulo: dificuldade até para formar banco de reservas (Foto: André Costa / Ag. Estado) |
Mesmo em meio a tantas dificuldades para administrar um elenco insatisfeito com atrasos de salários e enfraquecido por lesões e suspensões, Vagner Mancini conseguiu levar o Botafogo às quartas de final da Copa do Brasil e a construir uma campanha até certo ponto satisfatória nos
jogos como mandante neste Campeonato Brasileiro. Mas pesa contra o treinador, na opinião de caciques do clube, o fato de o time ser ainda inconsistente e com muitas oscilações, sem conseguir sequer muitos empates como visitante (a campanha é de uma vitória, um empate e nove derrotas).
Além disso, a figura de Oswaldo de Oliveira disponível no mercado está constantemente na cabeça de alguns dirigentes alvinegros, embora não tenha havido um contato. Entretanto, outros comandantes veem Mancini como peça fundamental para manter o equilíbrio na fase mais aguda da crise alvinegra. Mesmo assim, sabe-se que os remanescentes do elenco de 2013 têm muito carinho pelo antigo treinador, o que contribuiria para um bom ambiente no caso de uma hipotética volta.
Há figuras no clube que também questionam algumas escolhas de Vagner Mancini, principalmente nas contratações feitas durante a pausa para a Copa do Mundo. A chegada de João Gabriel, que nunca foi utilizado, e a de Rogério, que ainda não mostrou-se eficiente, são contestadas internamente. Alguns chegam a lembrar que o atacante Sassá, emprestado ao Náutico, vem atuando com regularidade e poderia ser uma peça útil no atual momento do Botafogo.
Para completar, segundo algumas pessoas ligadas ao departamento de futebol, Vagner Mancini estaria questionando o trabalho dos psicólogos José Aníbal Marques e Eduardo Cillo. Ele, inclusive, estaria deixando o gerente Wilson Gottardo livre para fazer mudanças. Na visão de alguns, uma das consequência do afastamento dos psicólogos pelo treinador foram as expulsões de Dankler e Airton nos dois últimos jogo. Já outros dirigentes criticam o método dos próprios psicólogos, que não teriam a iniciativa de se aproximarem dos atletas.
As pessoas que comentam o assunto internamente acreditam ser precipitado afirmar que uma derrota contra o Internacional, neste domingo, possa colocar a perigo a situação de Vagner Mancini, dadas as circunstâncias da partida. Mas a verdade que o momento é de avaliações no Botafogo. Avaliações que podem significar mudanças dentro ou fora de campo.
Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE
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