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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

OPINIÃO: Botafogo, da vergonha ao orgulho renovado em 13 meses





Definitivamente, existem coisas que só acontecem ao Botafogo. Há um grande simbolismo envolvido no jogo contra o Bahia, neste sábado, e é preciso valorizar esta história. Foi contra o Bahia, em setembro do ano passado, que o Glorioso começou a cair de divisão. Uma virada de 3 a 2 para os baianos - em pleno Maracanã - com Emerson Sheik sem equilíbrio, sendo expulso e gritando vergonha (contra a CBF), deixou o Alvinegro na zona de rebaixamento e desestabilizado emocionalmente. Daí em diante, o frágil castelo de cartas desabou. Aquele foi o Jogo da Vergonha - não só pela reclamação com a CBF, mas também para o Botafogo. Agora, é a hora de escrever o Jogo do Orgulho.

Orgulho de um clube que voltou a ter futuro. Naquela noite de 17 de setembro de 2014, o Botafogo estava completamente derrotado dentro e fora dos campos. Há 13 meses, a projeção para o Alvinegro era a pior possível. Segundo clube mais endividado do Brasil, com estádio interditado e receitas bloqueadas após erros de gestão. Do Botafogo que a gente conhece e gosta, citando os versos de Beth Carvalho, só tinha sobrado Estrela Solitária e a camisa.

E por falar em camisa, ela jogou junto nesta Série B, pesou demais. Gols quase no fim (ou no fim) contra Paysandu, Vitória, Paraná... Campanha incrível fora de casa. Os rivais sentiram, um a um, a pressão de jogar contra um clube gigantesco.

Meus parabéns também para a nova gestão do clube. Soube reinventar o elenco mesmo após perdas importantes, como a saída de Rodrigo Pimpão, e deixou o grupo unido (e motivado) ao longo da temporada. Pela sufocamento financeiro que o clube tinha na virada de 2014 para 2015, a disputa da Série B se desenhava como um drama. Porém, esses jogadores do atual Botafogo souberam entender a grandeza da instituição e focaram o acesso de maneira exemplar, buscando até mesmo triunfos complicados (contra o América-MG, no Horto, e diante do Náutico, no Recife).

Sendo assim, que venha a vitória neste sábado, para que o medo que tomava conta do pensamento há 13 meses termine de vez e seja inversamente proporcional a dose de esperança para 2016. É possível sonhar alto de novo.

Time atual não tem craques, mas é unido como poucos. A foto ilustra muito bem isso

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