Seja pelo fator técnico ou pela liderança no vestiário, desfalque do goleiro é perda imensurável para o Botafogo. Camisa 1 retira imobilização e inicia fisioterapia
Quase seis semanas após a cirurgia, Jefferson retirou a proteção do braço esquerdo que estava imobilizado e iniciou a fisioterapia no clube. A recuperação do goleiro vai bem, mas enquanto isso o Botafogo sente na pele os efeitos da ausência de seu capitão. Dentro e fora de campo, o desfalque do camisa 1 tem seu preço.
Rotina que o Botafogo ainda tenta se acostumar. Com uma lesão rara no tendão do tríceps, a previsão é que o goleiro só retorne aos gramados no final de agosto. Por sua vez, ele ficará fora de todo o primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Uma perda imensurável para o Botafogo.
- Perdemos na parte técnica e a liderança do nosso capitão. Aquele jogo da Copa do Brasil (contra o Juazeirense) foi marcante. Estamos tendo que assimilar e segurar a pancada. É claro que tem a parte técnica. O Helton Leite jogou, depois veio o Sidão, que entrou bem. Mas também tem a liderança no vestiário. Isso não tem preço – lamentou Ricardo Gomes.
Jefferson, nesta sexta, em General. Goleiro retirou a imobilização (Foto: Satiro Sodré / SSpress / Botafogo) |
DENTRO DE CAMPO
Jefferson é uma liderança, impõe respeito, mas sem dúvida é no gol alvinegro que o goleiro faz mais falta. Desde 2010 – quando iniciou sua segunda passagem pelo Botafogo -, o torcedor do se acostumou a ver o camisa 1 operando alguns milagres debaixo das traves.
Substituto natural, Helton Leite teve oportunidades, mas não repetiu as boas atuações da Série B, no ano passado. Deixou passar bolas defensáveis e perdeu a posição após falhar contra o Santos. Contratado logo após a lesão de Jefferson, Sidão entrou bem. Mas Jefferson é decisivo.
VESTIÁRIO
É consenso no Botafogo que a simples presença de Jefferson nos jogos dá uma nova alma ao time. Espelho para muitos, o goleiro inspira confiança. Por mais que haja outros líderes no elenco, a influência do camisa 1 tem mais peso em General Severiano. Não é por menos que ele é o capitão alvinegro desde 2012.
Antes mesmo de assumir a braçadeira, Jefferson foi escolhido, em votação realizada pelos próprios companheiros de Botafogo, como capitão do time. Na ocasião, no entanto, o goleiro abriu mão do posto, uma vez que Loco Abreu verbalizou sua vontade de exercer a função.
NA CRISE...
Membros de organizada conversaram com Cacá Azeredo, vice de futebol (Foto: Marcelo Baltar/ GloboEsporte.com) |
Coincidência ou não, a saída de Jefferson do time se deu no pior momento do Botafogo na temporada. O time largou mal no Campeonato Brasileiro, ocupou a lanterna por duas rodadas e viu a pressão interna e externa aumentar.
Em um primeiro momento, organizadas protestaram contra a diretoria. Na semana passada, no entanto, foram além. Membros de uma torcida invadiram General Severiano, durante um treino, para cobrar dos jogadores.
E um elenco jovem, em que quase a metade do grupo foi formada no Botafogo, as cobranças abateram. Substituto de Jefferson, Sidão reconheceu que os mais jovens estão pressionados. A presença de Jefferson, neste momento, poderia amenizar a situação. Além do fato de servir como uma espécie de para-raios, uma vez que a torcida tem mais paciência com o ídolo, a serenidade do goleiro costuma acalmar todos no clube em momentos delicados.
Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro
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