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sábado, 21 de janeiro de 2017

Em pré-temporada solitária, Jefferson surpreende: "Melhor do que esperava"


Fazendo tratamento pós-cirurgia no braço, goleiro tem rotina silenciosa, recupera boa parte do movimento e recebe elogios do médico antes de se reapresentar ao Botafogo



Jefferson ao lado do dr. Márcio Schiefer, já sem
 a imobilização em seu braço (Foto: Arquivo Pessoal)
Enquanto o elenco do Botafogo se prepara para o Campeonato Carioca e a Libertadores da América no Hotel Fazenda China Park, em Domingos Martins (ES), Jefferson vive uma pré-temporada solitária em Niterói (RJ). O ídolo alvinegro segue em tratamento após a segunda cirurgia no tríceps do braço esquerdo, retirou a imobilização no início do mês e, desde então, vem realizando duas sessões diárias de fisioterapia em uma clínica particular indicada por Márcio Schiefer, seu médico pessoal. O goleiro tem evoluído bem, já consegue usar o braço para tarefas simples como escovar os dentes e lavar a cabeça, por exemplo, e surpreendeu até mesmo o doutor.

– A gente tirou a tipoia dele vai fazer duas semanas na segunda-feira. Dia 24 completam dois meses de operado. O que a gente quer é que no começo de fevereiro ele esteja com o arco de movimento recuperado. Isso vem acontecendo super bem, está com uma boa recuperação da mobilidade, até melhor do que a gente esperava. Mas ainda não pode submeter o cotovelo dele à carga. Essa etapa da recuperação, de fortalecimento da musculatura, só vai começar com três meses de cirurgia. Por enquanto está passando bem, não tem a dor que tinha no cotovelo antes de operar, tanto da primeira quando da segunda cirurgia – explicou o médico especialista que o operou.

À fisioterapia ele está respondendo super bem, o cotovelo dobrando, enfim... (...) A recuperação do movimento já é de uns 130°, o que é muito bom. O normal é de 140° a 150°, sendo que ele começou há menos de duas semanas a mexer o braço. Está quase normal e ainda tem um mês para ganhar o resto"
Márcio Schiefer, médico de Jefferson


Após ficar com o braço imobilizado por seis semanas, Jefferson entrou na segunda das três fases da recuperação: a fisioterapia, que engloba arco de movimento e fortalecimento muscular. O goleiro ainda está na primeira parte e sente algumas dores nos alongamentos, o que é considerado normal pelo médico. Depois desta segunda etapa, ainda faltará a prática esportiva, em um primeiro momento com exercícios direcionados e por fim treinos com bola. Apesar da evolução, Schiefer diz que ainda é cedo para dizer em quanto tempo o jogador voltará aos gramados e não confirma a previsão divulgada na imprensa de seis meses.


– É difícil saber, realmente imprevisível. Chegando no fortalecimento muscular, a resposta dele é que determinará os próximos passos. À fisioterapia ele está respondendo super bem, o cotovelo dobrando, enfim... Ainda falta movimento, mas está totalmente dentro do prazo. A recuperação do movimento já é de uns 130°, o que é muito bom. O normal é de 140° a 150°, sendo que ele começou há menos de duas semanas a mexer o braço. Está quase normal e ainda tem um mês para ganhar o resto. Tem que ter cuidado porque não pode acelerar. Falei com ele: "Você está indo super bem, nem precisa forçar tanto mais, deixa ir naturalmente, ser gradual". O tendão para alongar leva tempo, não pode submeter à carga alta, senão acontece o mesmo problema de cicatrização da outra vez – alertou.


Jefferson vem se consultado regularmente com Schiefer em seu consultório em Niterói (RJ). O médico revela que foi debatida a possibilidade de o goleiro viajar com o grupo para a pré-temporada no Espírito Santo, mas foi um dos que achou melhor a permanência para, principalmente, acompanhar o tratamento. O ídolo alvinegro combinou com o Botafogo de se reapresentar no dia 25, quando a delegação já estará de volta ao Rio de Janeiro.

– A gente conversou sobre isso. Ele confia muito na equipe de fisioterapia e departamento médico do Botafogo. Estava fazendo trabalho mais com o Flávio (Meireles, fisioterapeuta do clube), mas claro que com a equipe toda. E estava muito satisfeito. O que acabou acontecendo é que o time viajou na época da transição, quando ele estava retirando a imobilização. Iria faltar um pouco da orientação que eu passaria, teria que ser por telefone. Além de tudo, é um negócio muito corrido, pré-temporada tem muito jogador na fisioterapia, a sala de musculação fica cheia, a própria atenção integral fica dividida. Então optamos, foi uma decisão conjunta, em fazer o tratamento e se apresentar no retorno do time.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro e Domingos Martins, ES

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