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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Análise: Botafogo sofre pelo alto e é castigado por não saber se portar em jogo de Copa do Brasil


Time de Luís Castro não teve postura de jogo eliminatório e não entrou com vontade suficiente. Mesmo com três zagueiros, equipe apanhou do América-MG nas bolas aéreas e 3 a 0 ficou barato





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Melhores momentos: América-MG 3 x 0 Botafogo pela Copa do Brasil



Quase que o placar da noite da última quinta-feira, no Independência, foi mais elástico do que os 3 a 0 para o América-MG contra o Botafogo. A partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, que deixou a equipe mineira com ótima vantagem, foi o embate de um time que sabia exatamente o que queria e o que estava fazendo, contra outro que parecia atuar num jogo para cumprir tabela.


Influencia o fato de que Luís Castro não pôde contar com 10 jogadores, oito deles no departamento médico. Desde que Luís Castro assumiu o comando, o clube não informa mais as lesões, a gravidade e o tempo previsto para a recuperação. Mas os desfalques não podem servir como muleta para a ausência de vontade que o time mostrou mais uma vez. A equipe alvinegra já demonstrou comportamento parecido outras vezes e no Independência parecia fácil atacar a frágil defesa do Botafogo.



A primeira chegada do América-MG já dava uma noção do que o time enfrentaria. Patric arrancou pela direita e cruzou rasteiro. A finalização não saiu com tanto perigo, mas os indicativos estavam ali: atacar as costas dos alas botafoguenses e cruzar bastante.


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Mesmo com três zagueiros, Botafogo sofreu pelo alto e sofreu os três gols assim — Foto: Vitor Silva/Botafogo


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Com três zagueiros na formação inicial, o Botafogo ficou surpreendentemente bastante vulnerável nas bolas aéreas. Tanto que os três gols do América saíram dessa forma, além do gol corretamente anulado e uma chance incrível desperdiçada por Lucas Kal a menos de um metro da meta defendida por Gatito Fernández. O goleiro paraguaio ainda defendeu outras duas bolas saindo nos atacantes que ficaram cara a cara com ele. O placar poderia ser bem mais elástico.


Nos três gols da equipe mineira houve erro de marcação dos cariocas. No primeiro, Wellington Paulista, centroavante adversário, não estava com marcação de nenhum dos zagueiros. Danilo Avelar esteve livre na área o tempo inteiro e apareceu sem ninguém junto para marcar o segundo. Alê fechou o placar infiltrando a área botafoguense sem nem ser incomodado.


O Botafogo até chegou a ameaçar e não foi dominado o tempo inteiro. Matheus Nascimento foi um dos melhores do time e acertou duas vezes a trave dos donos da casa por volta dos 20 minutos do primeiro tempo. Depois disso, o América voltou a ter o domínio e chegar com muito mais perigo ao gol do que o time de Luís Castro.


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O técnico ainda tentou mexer logo no intervalo. O português desfez o esquema com três zagueiros e promoveu as entradas de Saravia e Jeffinho nos lugares de Daniel Borges e Philipe Sampaio. A alteração não surtiu efeito e o Botafogo continuou apático em uma partida de Copa do Brasil. O segundo tempo manteve a tônica do que foi a etapa inicial. O Bota até chegou a criar uma ou outra chance, mas nada que ameaçasse o domínio americano.


Claro que há méritos no América e o Botafogo não jogou sozinho. O time de Vagner Mancini soube se portar, encontrar os espaços nas costas dos alas alvinegros e aproveitar as bolas aéreas mesmo com o adversário tendo três zagueiros. Foi assim que os mineiros encerraram o jejum de cinco jogos seguidos sem marcar um gol sequer. Antes de se encontrarem pela Copa do Brasil, o América tinha apenas uma vitória nos últimos 11 jogos.


Mas nem tudo está perdido e ainda há o jogo de volta. O Botafogo de Luís Castro terá que se reabilitar em pouco tempo e ficar pronto para que daqui a duas semanas o time vença por pelo menos quatro gols de diferença. Se vencer por três gols de vantagem a decisão será nos pênaltis. Qualquer outro resultado classifica o América. Antes disso, porém, enfrenta o Red Bull Bragantino, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro, na próxima segunda, às 20h (de Brasília).

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