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sexta-feira, 1 de março de 2013

Governo promete contrapartidas severas por benefício a clubes



Secretário Nacional de Futebol nega que projeto no Ministério do Esporte seja de perdão de dívidas



As penhoras que vem sufocando o caixa de muitos clubes – em especial o dos cariocas – podem estar com os dias contados. O Ministério do Esporte prepara um projeto de lei que deve ser encaminhado ainda este ano ao Congresso Federal com uma série de medidas para abater dívidas fiscais e tributárias com o governo federal e também para modernizar a gestão esportiva no Brasil.

– Este é um legado para os clubes no pós-Copa e para o esporte como um todo – disse o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos dos Torcedores do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento.

Entre os pontos que estão sendo elaborados pelo ME estão o abatimento das dívidas fiscais em troca de programas sociais esportivos conduzidos pelos clubes, limitação de mandatos, cumprimento e planejamento financeiro e teto para endividamento. Estas medidas também são válidas para que federações e confederações continuem a receber incentivos governamentais.

Há também a discussão no ME de uma punição mais severa aos clubes que gastarem mais do arrecadarem, que vai desde a perda de mando de campo ao rebaixamento em competições nacionais.

Enquanto isso, a CBF nomeou nesta semana um grupo de trabalho com Vasco, Flamengo, Santos, Goiás e Coritiba para analisarem a criação de uma loteria esportiva em substituição à Timemania.

– Esses dois movimentos uma hora têm de convergir. No fundo os dois falam da sustentação econômica e financeira dos clubes – disse Cristiano Koehler, diretor-geral do Vasco e que deve acompanhar a evolução da discussão com a CBF.

O projeto pensado pelo governo, porém, não vai contemplar somente os clubes de futebol.

Bate-Bola - Toninho Nascimento
Secretário Nacional de Futebol

Este projeto vai ser um perdão da dívida dos clubes?

De modo algum. Haverá contrapartidas firmes para que haja algum tipo de benefício fiscal. E aqui não estamos falando só de clubes, mas do esporte em geral.

Quais são estas contrapartidas?

Maior transparência, responsabilidade fiscal dos dirigentes e sanções dentro de campo para aqueles que descumprirem. O legado da Copa para o futebol tem quer ser renovar a gestão dos clubes.

A Timemania entra no pacote?

Com certeza. A intenção do ministro Aldo Rebelo não é extingui-la, mas sim reformulá-la e torná-la mais atraente. Mas aí depende também de conversar com a Caixa Econômica, que administra a loteria.

Amélia Sabino RJ LANCENET! 


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