Após pior público do ano, Bota espera casa cheia em Pernambuco

Jogadores, no entanto, comentam sobre o risco de desgaste com o fato de não jogarem no Rio e temem por uma perda de qualidade técnica

Arena Pernambuco durante a Copa das
Confederações(Foto: Getty Images)

Na quarta-feira, no jogo contra o Figueirense, pela Copa do Brasil, o Botafogo teve seu pior público neste ano: apenas 754 pagantes no estádio da Cidadania, em Volta Redonda. A expectativa é de que o panorama seja bem diferente no domingo, quando a equipe faz o clássico com o Fluminense na Arena Pernambuco. A renda da partida será dividida igualmente entre os clubes.

O lateral-direito Lucas acredita que a presença de Bota e Flu será um grande atrativo para os torcedores de Pernambuco e de toda a região Nordeste. Os ingressos começaram a ser vendidos nesta quinta-feira e ainda não houve divulgação de parcial de venda.

- Eu acho que vamos encontrar um estádio que, se não estiver completamente lotado, estará com um bom público. Botafogo e Fluminense têm muitos torcedores fora do Rio, inclusive lá. Os torcedores locais não estão acostumados a ver um clássico de times de fora deu estado. É um grande atrativo.

Com o Engenhão fechado por um longo tempo, a diretoria do Botafogo está em negociações avançadas com o consórcio que administra o Maracanã para mandar seus jogos no estádio, mas, enquanto isso não acontece, será preciso viajar. Diante da maratona de compromissos até o fim do ano, Lucas acredita que a rotina dos atletas será jogar e descansar.

- Agora não tem mais descanso. São viagens em cima de viagens, já que não temos o Engenhão. Vamos ter que superar. Já temos uma viagem longa pela frente. É jogar e descansar para poder chegar inteiro nas partidas e conseguir as vitórias e nossos objetivos. Queremos comemorar no fim do ano.

Os menores públicos do Botafogo (Foto: Editoria de Arte)

O lateral teme que o fato de não ter uma casa definida possa se transformar em uma perda técnica para o time, que até o momento é o terceiro colocado e luta para se manter na parte de cima da tabela.

- Eu acho que é desfavorável sim. Não é bom estar sempre viajando para jogar, desgasta muito. O Brasileiro é competitivo demais, e às vezes os detalhes é que decidem os jogos. Temos que saber que o descanso vai ser ainda mais necessário agora. Mas não podemos lamentar. Vamos esperar que a gente possa ao menos utilizar o Maracanã.

O atacante Rafael Marques também acredita que esta vida nômade pode representar um grande risco para as os objetivos do Botafogo no Brasileiro.

- Acho que é ruim sim. comentamos bastante isso. Para o Rio de Janeiro é ruim também. Para nós há um desgaste grande, o calendário é longo e difícil. Isso tende a atrapalhar bastante.

Por Fred Huber Rio de Janeiro