Engenhão passa por reforma na cobertura do estádio - Nina Lima / Agência O Globo |
O pouco tempo para explorar economicamente o estádio preocupa e as dívidas acumuladas pelo Botafogo podem ser motivos de desentendimento. A prefeitura afirma que a extensão de contrato é suficiente para cobrir as despesas, mas o clube pretende brigar na Justiça por dinheiro.
Segundo o secretario Especial de Concessões e Parcerias Público Privadas, Jorge Luiz de Souza Arraes, quando o Engenhão foi interditado, o contrato entre a prefeitura, dona do estádio, e a Companhia Botafogo, arrendatária, foi cancelado. Como a causa não foi planejada e não há motivos claros para a quebra de contrato, ele será retomado. O clube, que deveria devolver o Engenhão em 2027, ganhou um prazo maior pelo tempo de obra (se não atrasar, o contrato vai até 2029).
— A questão é que o contrato foi paralisado e só será retomado quando o Botafogo receber o estádio completo, com 45 mil lugares. Isso foi o assinado e essa será a compensação — afirmou Arraes.
Na visão da prefeitura, o tempo extra de direito de exploração será suficiente para compensar as perdas acumuladas pelo Botafogo. O clube tem uma outra visão. Na última conta feita, em novembro, a estimativa era que o prejuízo chegasse a R$ 45 milhões em contratos. Com dívidas e sem poder esperar, o clube já estuda entrar na Justiça para receber as compensações já.
— O departamento jurídico discute como vamos receber essa compensação. Vamos analisar tudo — disse o presidente Carlos Eduardo Pereira, evitando criar polêmica.
Na tarde de sexta-feira, uma reunião envolvendo Pedro Paulo, secretário executivo do governo, Carlos Eduardo Pereira e representantes do Consórcio Engenhão, da Secretaria de Obras, da Secretaria de Conservação e RioUrbe, definiu os termos no quais o estádio será devolvido.
No encontro, ficou acordado que, até o dia 31, as obras do entorno serão concluídas. No dia 28, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) fará uma vistoria para liberar o Engenhão para os jogos. Se tudo for aprovado, o consórcio vai começar a retirar alguns materiais do canteiro de obras e a Comlurb limpará a área.
Fonte: O Globo Online
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