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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Assediado por empresários, Jobson tem futuro discutido pelo Botafogo


Dirigentes começam a conversar internamente sobre possibilidade de renovação. Representante afirma que foco do jogador está somente no campo




Depois de fazer a diferença contra o Bangu, Jobson foi
assediado por empresários (Foto: Gustavo Rotstein)
Poucas horas depois de marcar um gol e ser um dos destaques da vitória do Botafogo sobre o Bangu, Jobson começou a receber ligações. Alguns amigos o parabenizara. Outros, que se diziam empresários, tinham a mesma promessa: a possibilidade de buscar no mercado clubes interessados numa possível transferência. Mas mesmo com seu contrato perto do fim – junho de 2015 –, o atacante deu a todos a mesma resposta. Seu interesse no momento é somente jogar futebol, deixando as outras questões com Rodolpho Cezar, seu advogado e representante.

Tudo isso tem como motivo não perder o foco, algo que Jobson sabe que lhe faltou em diversas oportunidades ao longo de sua carreira. Agora, a dois dias de completar 27 anos, o atacante sabe que os próximos meses serão decisivos para o futuro. Futuro esse que espera ser no Botafogo. Enquanto isso, o clube, timidamente começa a discutir de forma interna se vale a pena, ou não, estender o vínculo do jogador.

Nas primeiras conversas, os dirigentes cogitam que a renovação até dezembro de 2015 é a possibilidade mais palatável, já que por mais que o comprometimento e o bom desempenho desde a pré-temporada mostrem que pode ser uma peça importante, Jobson ainda é motivo de desconfiança. Por enquanto, a ordem no Botafogo é observar com calma a sequência do jogador na temporada.

- Essa situação do Jobson será tratada com muito carinho. Ele vem mostrando um comportamento diferenciado e um desempenho muito bom dentro de campo. Sabemos, inclusive, que o Jobson tem potencial para fazer ainda mais. De qualquer maneira, vamos fazer tudo no momento certo - afirmou o vice de futebol do Botafogo, Antônio Carlos Mantuano, que como vice geral do clube, de 2009 a 2011, acompanhou de perto a chegada do atacante a General Severiano, principalmente seus altos e baixos.

Do lado de Jobson, o momento é também de cautela. Assim como o atacante, seu representante deixa claro que não será feita qualquer pressão ao Botafogo por uma definição, por mais que sejam inevitáveis as especulações à medida que o futebol do atacante fica em evidência.

- Da noite para o dia o futebol nos apresenta esses detalhes, essas peculiaridades. Hoje o assédio em cima do Jobson está grande, isso é normal, mas nenhuma atitude será tomada sem antes escutarmos o Botafogo. Essa será sempre a nossa prioridade. Fico tranquilo com tudo o que acontece porque ele está completamente focado, e não serão essas promessas lunáticas que irão atrapalhá-lo. Ele tem consciência de que realizou apenas uma boa partida que precisa render mais a cada jogo - ressaltou Rodolpho Cezar.

Com o carinho da torcida e a expectativa dos dirigentes, cabe a Jobson mostrar que tem cabeça e pés para dar continuidade à sua história no Botafogo.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

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