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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Presidente entrega dossiê que discute contratos da gestão Assumpção


Carlos Eduardo Pereira e Conselho Fiscal transmitem a Deliberativo relatório que analisa empréstimo junto à Odebrecht e até aluguel de casa próxima ao Engenhão




Carlos Eduardo Pereira lê relatório emn reunião do
conselho na última quinta (Foto: Gustavo Rotstein)
Em reunião realizada na noite da última quinta-feira, a diretoria do Botafogo entregou ao Conselho Deliberativo um relatório no qual detalha contratos firmados pela administração anterior. O documento é resultado de uma investigação de Conselho Diretor e Conselho Fiscal, que tem como objetivo dar mais subsídios para que o clube analise o processo de exclusão do ex-presidente Maurício Assumpção do quadro social.

Antes de entregar o dossiê nas mãos de Jorge Aurélio Domingues, presidente do Conselho Deliberativo, o presidente Carlos Eduardo Pereira leu os principais pontos da investigação, que tem como base o questionamento a diversos contratos estabelecidos pelo Botafogo na gestão de Maurício Assumpção. Entre eles o relativo à venda do zagueiro Dória para o Olympique de Marselha, no ano passado. Muitos, de acordo com a auditoria interna, foram feitos sem assinatura de testemunhas e sem que ficassem claros a finalidade e o objeto dos contratos.

Outro alvo de investigação é o contrato de empréstimo junto à construtora Odebrecht, no valor de R$ 20 milhões. Segundo o relato exposto por Carlos Eduardo Pereira aos conselheiros, o acordo dava como garantia os direitos econômicos de 88 jogadores, além de porcentagens da bilheteria do Engenhão e de futuros contratos do estádio, como publicidade, naming rights, entre outros. Esta dívida, segundo o atual conselho diretor, já está em R$ 23 milhões.

Além disso, vem sendo analisado o empréstimo de R$ 3 milhões feito junto a empresários paulistas, com o Botafogo pagando 10% de comissão a intermediários e que, segundo o presidente, não teve seu objetivo claramente identificado.

- Existem indícios de que o valor foi usado única e exclusivamente para a quitação de salários de funcionários do círculo de “amigos da praia” do ex-mandatário - explicou Carlos Eduardo Pereira no relatório entregue ao conselho deliberativo, também assinado pela presidente do Conselho Fiscal, Leila Freitas Soares.

Também estão sob investigação contratos de patrocínio que destinariam 1% para o beach soccer e até o aluguel de uma casa no bairro do Engenho de Dentro – no valor de R$ 1 mil por mês – que serviria para depósito de material de torcidas organizadas.

No entanto, será a Junta de Julgamento e Recursos o poder responsável por analisar o pedido de expulsão de Maurício Assumpção. A primeira reunião do órgão para discutir o assunto deverá ocorrer na próxima quarta-feira. O ex-presidente terá o direito de se defender das acusações feitas pelo Conselho Diretor.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

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