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sábado, 16 de maio de 2015

René revela bronca no intervalo e puxão de orelha em Pimpão


Técnico elogia bons momentos de toque de bola do Botafogo na goleada diante do CRB, mas erros o fazem alertar a equipe alvinegra






O Botafogo goleou o CRB por 4 a 1 neste sábado, no Nilton Santos, e manteve os 100% de aproveitamento na Série B. O placar, porém, não foi o suficiente para o técnico René Simões apenas elogiar o time depois do confronto. O treinador revela ter ficado aborrecido com a postura da equipe em parte do primeiro tempo e também com a expulsão do atacante Rodrigo Pimpão na segunda etapa. (assista acima aos melhores momentos do jogo)

- Acho que até fazermos o primeiro gol, estava bonito de se ver. Na beirada do campo, eu estava me sentindo um torcedor privilegiado. Fizemos um gol e machucou muito ir para o vestiário daquele jeito. A bola pune, amigos. Eu estava realmente muito aborrecido, principalmente porque tomamos dois cartões bobos - disse o treinador. 

René Simões à beira do campo durante a goleada alvinegra (Foto: Vitor Silva / SSPress)
O Botafogo foi para o intervalo com quatro cartões amarelos recebidos: Marcelo Mattos, Carleto, Willian Arão e Rodrigo Pimpão. A advertência do atacante ocorreu por conta de um carrinho aplicado em Gleidson, aos 35 minutos. Depois, aos 25 da segunda etapa, por reclamação, o jogador foi expulso e deixou o Botafogo com um a menos.

- Já falei o que tinha de falar para ele. Já tinha falado sobre esses carrinhos. Sobre a expulsão, a bola estava na lateral, ali o resultado não interessa se a bola seria nossa ou não. Não vale uma expulsão. Poderíamos estar na liderança. Isso faz toda a diferença.




Na hora do cartão vermelho de Pimpão (assista ao vídeo acima), o Botafogo vencia por 4 a 0 e ficava na liderança da Série B. Porém, ao sofrer o gol logo depois, empatou em saldo de gols e gols marcados com o Sampaio Corrêa, que leva a melhor por ter menos cartões.

Abaixo outros tópicos da entrevista de René Simões:

Arbitragem

Não costumo não falar de arbitragem. Não quero falar da arbitragem do jogo. Quero falar da situação geral que está se criando pela CBF. Vocês sabem que não falo com bandeira ou com o árbitro durante o jogo. Mas estou proibido de parabenizar os árbitros após os jogos. Não se pode mais cumprimentar a arbitragem. Não pode haver excessos. Vi hoje muita confusão, não má intenção.

Opção por Sassá e Daniel Carvalho

O Sassá estava muito bem na partida. Ele fez a melhor semana de treinos desde que cheguei aqui no Botafogo. Fechou o meio, atacou... O jogador me obrigou a escalá-lo. Isso aconteceu com o Daniel Carvalho, que fez uma semana exuberante. Se o Daniel tinha gás para jogar 45 minutos, que fossem os 45 minutos iniciais.

Formação com três atacantes

Hoje foi uma opção porque o Paulo César (lateral do CRB)ataca muito e precisávamos de alguém para segurar ele. Com o Sassá, ele não conseguiu atacar. Agora vamos analisar os números. Quando escalamos três atacantes, às vezes você perde na quantidade numérica no meio de campo. É preciso uma sincronização, ou vocÊ perde o meio de campo, o que é preocupante

Copa do Brasil

Temos que administrar e pensar como vamos administrar cada jogo 

Homenagem a Nilton Santos antes de a bola rolar (Foto: Divugação / Botafogo)

Homenagem a Nilton Santos

Acho muito legal. No Brasil valorizamos pouco os ídolos. Não achamos legal o patrimônio histórico. Damos pouca importância. Não damos valor. Quero parabenizar o Botafogo por eternizar quem já é eterno. Tive a oportunidade conhecer hoje os filhos e a neta do Nilton Santos e dizer para ela: “Uma pena você não ter visto seu avô jogar”. Eu vi. É impressionante o que esse senhor jogou futebol.

Torcida

Quem não trabalha com futebol não consegue imaginar a diferença de se jogar dentro e fora de casa. Os números mostram que entre 67% e 70% dos jogos o mandante ganha. O torcedor está vindo junto. A torcida comprou a ideia. Nesses dias, um torcedor me parou na rua e disse: “Eu tenho a impressão que o Botafogo vai fazer gol o tempo todo”. Tem coisa melhor do que isso? Quero sempre encher esse estádio, fazer tremer e botar medo em que vier jogar aqui. Acho que o simples fato de mudar o nome de Engenhão para Nilton Santos já foi muito bom.

Estreantes

O Camacho entrou muito bem. O Lulinha também entrou muito bem. Ele é um jogador que conheço bem. É um meia-atacante que faz a beirada, mas não preciso me preocupar com a recomposição no meio de campo.

Por Felippe Costa e Marcelo Baltar Rio de Janeiro/GE

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