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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Botafogo vê acordo pela venda de Dória como 'descalabro' de antiga gestão e pensa em cobrar custas do processo de dirigentes





A venda do zagueiro Dória, em 2014, ao Olympique de Marselha, virou uma grande dor de cabeça para o Botafogo. A diretoria deparou-se com um contrato onde os pagamentos foram acordados em espaços longos de tempo. E, para piorar, não definiu punições ou contrapartidas a possíveis calotes.

Nesta segunda, o clube entrou com um pedido na Fifa para cobrar apenas a primeira parcela da venda do ex-zagueiro alvinegro, no valor de 1 milhão de euros (R$ 3,6 milhões). Antes, a diretoria considerava a possibilidade de cobrar o valor total da venda, de 6 milhões de euros (mais de R$ 20 milhões). Mas, ao analisar o termo de transferência, percebeu que um "calote" não possibilitava ao clube este tipo de ação.

- Ao me deparar com o contrato verifiquei mais um descalabro da gestão anterior. Não foi previsto o vencimento antecipado, bem como a incidência de qualquer multa, por força do atraso no pagamento de qualquer parcela - lamentou o vice jurídico do clube, Domingos Fleury.

A venda de Dória prevê o pagamento de quatro parcelas. A primeira deveria ter sido depositada na conta do clube no último dia 1º de julho, fato que não aconteceu. A segunda está datada para o mesmo dia, só que de 2016, mas no valor de 2 milhões de euros. A terceira, também de 2 milhões, tem data para 1º dezembro de 2016. A última, de 1 milhão de euros, só será paga no dia 1º de julho de 2017.

Como o contrato da venda não prevê qualquer multa ou contrapartida sobre um calote, o Botafogo terá de entrar na Fifa para cobrar cada uma das parcelas da venda, tendo de gastar 5 mil francos suíços, cerca de R$ 18 mil, para dar entrada em cada processo. Caso esse fato se concretize, a diretoria estuda cobrar esses custos dos ex-administradores do clube.

- É um assunto ainda a ser analisado. Se o clube tiver de pagar 5 mil francos suíços para cobrar 1 milhão de euros, quando poderia pagar o mesmo valor para cobrar o valor total da transferência, o clube irá buscar, sim, o devido ressarcimento da gestão anterior - disse Fleury.

Por Nelson Lima Neto

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