Técnico estreia no Botafogo contra o Luverdense, em igualdade sem gols, no Nilton Santos, depois de três anos, 11 meses e quatro dias do AVC que afastou do futebol
À exceção do resultado, a volta de Ricardo Gomes ao futebol foi perfeita. É o que o próprio treinador do Botafogo disse após o 0 a 0 com o Luverdense, na tarde deste sábado, no Estádio Nilton Santos . Com o empate, o Alvinegro se manteve na liderança da Série B do Brasileirão, mas graças a tropeços de rivais, como o América-MG e o Náutico – durante um momento da partida, o time chegou a ocupar a terceira colocação na tabela.
– Foram três anos, 11 meses e quatro dias. Isso é muita coisa. Estava com saudade, mas esse é o nosso dia a dia. É perigoso quando você fica impossibilitado de trabalhar. Gostei de tudo, só não gostei do placar. Nem poderia. Por isso o dia terminou mal. O importante eram os três pontos. Nos empates com Criciúma e Luverdense foram quatro pontos perdidos em casa, e isso estava fora de qualquer planejamento – disse o comandante.
Confira o que foi abordado na entrevista coletiva de Ricardo Gomes.
AnáLise do jogo
O time esteve organizado no primeiro tempo, mas sem encontrar espaços. Só criou uma jogada antes do intervalo e não aproveitou. Acho que faltou mais movimentação. No segundo tempo começamos bem e depois caímos. Perdemos a compactação, e ficou um jogo bem largo, poderia acontecer de tudo. O adversário passou a ter espaço. Da parte defensiva eu gostei, mas temos que trabalhar muito a parte ofensiva, do meio para a frente.
Vitória pessoal no passado
Estou feliz por voltar ao trabalho, mas só o fato de estar no Botafogo me faz sentir a mesma coisa. Trabalho por isso. Sinceramente, minha cabeça está em outra. O único sinal da parte física é o joelho, que não tem nada a ver com o acidente (AVC). Estou feliz, mas não é por hoje. Quando o juiz apitou o (início do) jogo, minha preocupação passou a ser outra. Não vou ficar remoendo o que passou. Minhas preocupações agora são outras. Principalmente não perder mais quatro pontos em casa.
Cobrança sobre jovens da base
O jogador formado no Botafogo conhece a grandeza do clube. Mesmo com 19, 20 anos, está preparado para dar a resposta. Se eles foram escalados é porque têm condições.
Pressão da torcida por resultados
Isso acontece pela grandeza do Botafogo. Poderia ter perdido a liderança, então a pressão vai aumentar. Se alguém não consegue conviver com isso num grande clube, então é melhor ficar em casa. Pode ser da comissão ou jogadores... Não tem como escapar. É trabalhar, e trabalhar bem.
Mudanças para a próxima partida
Perdemos quatro pontos em casa, então é preciso pensar numa alternativa. Mudar drasticamente não vai acontecer. Vou pensar em algumas coisas, mas bem simples.
Estreia de Neilton
A qualidade é inegável, mas tem que confirmar isso no Botafogo. É habilidoso, veloz e sabe do jogo. Isso mostrou no Santos e no Cruzeiro. Agora precisamos ver suas atuações. Ele precisa passar essa barreira.
Ricardo Gomes não gostou do resultado de empate do Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress) |
Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE
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