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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Hoje banco, amanhã titular: atletas do meio vivem gangorra na luta por vaga


Fernandes, Tomas, Rodrigo Lindoso e Camacho são exemplos de que não existe titular absoluto no Botafogo de Ricardo Gomes




Rodrigo Lindoso contra o Macaé: titular depois
 de sequer ficar no banco de reservas
(Foto: Vitor Silva/SSPress)
Uma hora antes de a bola rolar, uma surpresa: Rodrigo Lindoso seria titular na partida contra o Macaé na última terça-feira. No jogo anterior, contra o Boa Esporte – assim como nos demais – o volante sequer estava no banco de reservas. Esse é o Botafogo de Ricardo Gomes. Principalmente no meio-campo, a disputa é igual para todos. Aqueles que aparentemente não têm oportunidades não deixam de ser observados nos treinamentos e, quando mostram evolução, são utilizados nas partidas.


Um dos destaques da arrancada do Botafogo nas últimas sete rodadas, Fernandes é outro exemplo. Depois de mostrar um futebol promissor no primeiro semestre, o apoiador de 20 anos caiu no ostracismo ainda sob o comando de René Simões. Ele passou mais de um mês sem disputar uma partida logo após a chegada de Ricardo Gomes e voltou a ter oportunidades. Primeiro, entrou no segundo tempo dos jogos contra Atlético-GO e Mogi Mirim, cumpriu suspensão contra o Paraná e foi titular contra Boa Esporte e Macaé, sobre os quais marcou gols.


Execrado pela torcida na eliminação da Copa do Brasil, para o Figueirense, Tomas parecia fadado à geladeira até o fim da temporada. Mas ele precisou de quase dois meses – desde a derrota por 1 a 0 em casa, que também determinou a queda de René Simões – para voltar a vestir a camisa do Botafogo numa partida. E logo como titular (contra o Atlético-GO), no segundo turno do Brasileiro. O meia começou três jogos seguidos e, entrando no segundo tempo, marcou um gol na vitória sobre o Mogi Mirim. Na partida seguinte, cobrou o escanteio que originou o gol do empate com o Oeste, quase nos acréscimos. Tomas ainda não se firmou, mas continua a ser uma das escolhas do treinador.


Camacho foi uma das contratações do Botafogo para o Campeonato Brasileiro e logo teve oportunidade de entrar no decorrer de algumas partidas. Mas o volante também precisou aguardar quase dois meses, entre início de julho e fim de agosto, até voltar a ser utilizado. Nas última sete rodadas disputou cinco partidas, sendo três como titular.


Com essa gangorra, Ricardo Gomes manda uma mensagem clara: no Botafogo não há espaço para acomodação, e aqueles que se destacarem no dia a dia terão oportunidades. Rodrigo Lindoso mostrou ter entendido o recado:


- Cheguei um pouco abaixo dos companheiros. O Ricardo sempre deixou claro isso nos treinos, e passei a trabalhar mais forte. A chance chegou e pude ajudar a equipe. Mas não quero parar por aqui - disse.


Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro/GE

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